Capítulo 4

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   Eu estou muito nervosa para fazer isso, acho que é o medo de dar errado, desci as escadas e fui falar com meu pai, já estava todos em sua posição.

- Pai? Posso falar com você - Eu pergunto já com o coração na mão.

- Claro - Ele diz pegando uma fatia de bolo.

- É que eu estava pensando, você e mamãe sempre quis que eu fosse uma caçadora de seres sobrenaturais como vocês, e eu quero começar a treinar para ser uma, já que agora eu já tenho 18 anos - Eu falo e ele me encara.

- Hmm... E o que você quer fazer? - Ele diz e eu reúno todas minhas energias para conseguir falar.

- Quero torturar Noah Scott, afinal eu tenho que aprender - Eu falo e sua expressão fica fria.

- Não, de jeito nenhum, treine atirar ou algo do tipo mais torturar não - Ele fala se sentando na cadeira.

- Papai, por favor, eu nunca fisso isso - Eu falo tentando o convencer, afinal tinha que persistir.

- Não, você não vai torturar ninguém, eu já falei - Ele diz em um tom mais severo.

- Papai que isso, por favor - Eu falo e ele se levanta.

- Eu já falei que não, e não ouse contestar comigo - Ele diz e se retira da cozinha.

   Eu subo as escadas me amaldiçoando por ter planejado este plano, chego no meu quarto e imediatamente pego meu celular e ligo para Kalel.

- Oiê?

- Deu errado ele não vai me deixar "torturar" Noah.

- Ah meu Deus, vou entrar.

- Que?? Espera, como assim?. - vejo a chamada ser encerrada e logo alguém bate na porta.

   Desço as escadas e vou até a porta quando abro vejo Kalel, e eu fico me perguntando o que ele estava fazendo alí?, Sou interrompida dos meus pensamentos quando meu pai chega na sala.

- Olá, Kalel.

- Oie, Sr. Hall.

- Não sabia que era amigo da minha filha, entre.

- Obrigado. - Kalel diz entrando e ficando do meu lado.

- Então, Sr. Hall, eu e Anne estávamos pensando, queremos ser grandes caçadores como os nossos pais, então tivemos a ideia de começar a treinar, queremos saber se podemos dar uma visitinha para o Noah.

- Eu tinha falado com Anne sobre este assunto faz poucos minutos, e eu decidi que é melhor vocês deixarem isso, treine outras coisas como atirar, lutar entre outros.

- Ah que isso Sr. Hall, deixe-nos torturar Noah, queremos ser caçadores como vocês, eles são monstros merecem isso - As palavras de Kalel saíram quase cuspidas de nojo desta atitude, e imediatamente pude sentir por um segundo raiva vindo de Kalel.

- Ok, tudo bem vocês podem ir, vou pegar a chave para vocês - Meu pai levanta sorrindo como se tivesse adorando a situação, imediatamente senti nojo por ser filha dele, ele era um monstro.

   Kalel me olha sorrindo e eu retribuo o sorriso, pude sentir felicidade vinda dele, tínhamos conseguido.

- Conseguimos - Sussurra Kalel.

- Sim. - sussurro de volta.

   Meu pai chega na sala com a chave e nos entrega, então descemos para o porão, enquanto Kalel abria a porta eu mandei uma mensagem para Hanna avisando que tínhamos conseguido entrar no porão, entramos lá dentro, e eu não acreditava no que eu estava vendo, tinha teia de aranhas por todo canto, o porão cheirava a mofo, pude ver vários materiais como martelo, facas, machado, acônito, armas entre outros, podia ver Noah amarrado com a cabeça baixa, sangrando muito, e parecia estar morrendo.

- V-veio me t-torturar mais? Já não e-está bom? - Escuto a voz de Noah trêmula e falha, ele parecia não estar aguentando mais.

- É seu dia de sorte Noah, viemos te salvar. - Kalel diz arrebentando a corda com seus próprios punhos.

- C-como assim?? - A voz de Noah sussurrou novamente.

- Poupe sua voz Noah, quando você descansar você conversa conosco - digo abaixando para olhar em seus olhos.

   Ajudo Kalel a levantar Noah, e vamos o arrastando para fora do porão e então avistamos Mason e Hanna encostados no carro, e então eles já abrem a porta do carro e colocamos Noah lá dentro, e então eu e Kalel voltamos para o porão.

- Preparada? - Kalel me pergunta.

- Pra ser sincera, não - digo nervosa.

   Então Kalel segura minha cabeça e bate ela contra o ferro e imediatamente sinto uma forte dor, e então ele bate de novo e de novo, tínhamos que ter certeza que eu ia ficar bastante machucada porque como os lobisomens, vampiros, coiotes e outros eu também me curava, só que me curava bem mais lento ou seja ia demorar umas 2 horas para me curar, e já era o suficiente para meu pai me achar no porão, e então Kalel me amarra e sai pela porta dos fundos a fechando, agora era só dizer que Noah fugiu e me bateu e me amarrou, e depois levou Kalel.

   Já se passava uns 40 minutos e nada do meu pai, então ouço a maçaneta da porta girar e por sorte era meu pai, ele corre até mim me desamarrando e tirando a fita de minha boca depois me ajuda a levantar e me leva para o meu quarto.

- Vai tomar um banho, depois eu preciso que me conte exatamente o que aconteceu - Ele diz parecendo arrependido de ter nos deixado "torturar" Noah.

- O-ok - forço uma voz trêmula.

   Entro no banheiro ligando o chuveiro e então pego meu celular ligando para Hanna.

- Anne?

- Deu certo?

- Deu estamos na casa agora Noah está descansando, e Kalel está andando pela floresta, já eu e Maison estamos vigiando Noah e esperando ele acordar, e aí deu tudo certo?

- Sim, vou tomar um banho, Tchau.

- Tchau.

   Desligo o celular e vou tomar banho, tomo um banho bastante demorado, pensando em tudo que aconteceu e como tudo tinha saído como planejado, menos a parte de convencer meu pai a  deixar eu torturar Noah e Kalel teve que ajudar, desligo o chuveiro, me seco, troco minha roupa e saio do banheiro vendo meu pai sentado na cama me esperando para mim contar como tudo aconteceu.

   Passado uns 30 minutos de explicação e perguntas do meu pai finalmente ele ficou convencido com minha história e isso era bom, eu não estava com fome então eu escovei meus dentes e deitei, mais antes de dormir liguei para Kalel.

- Oiê Anne, espero que tenha convencido seu pai.

- Oiê, ele acreditou sim.

- Que bom então estamos mais perto de conseguir reunir todos.

- Kalel, porque precisamos de tanta gente? Afinal é só uma Deusa.

- Não é só a gente que tem companhia, ela também tem amigos.

- Então não é só ela?

- Não.

- Ela e mais quantos então?

- Uns 3 ou 4, mais ela não vai dar as caras facilmente em Chicago os amigos dela vão chegar na cidade primeiro ou seja temos que dar conta dos amigos dela primeiro.

- Hmm... Mais qual é o rosto da Deusa e dos amigos dela?

- Este é o problema pode ser qualquer pessoa, pode ser uma pessoa da escola, temos que ficar atentos a qualquer pessoa.

- Meu Deus vai ser muito difícil.

- Por isso mesmo pedi sua ajuda.

- Tenho que desligar Kalel, vou dormir.

- Boa noite

- Para você também.

   Desligo a chamada e logo sinto meus olhos pesarem e então eu apago.

•Cantinho da escritora•

Espero que estejam gostando, estou com um bloqueio criativo terrível e olha que eu mal comecei, votem e comentem bastante, desde já Thank you ❤✨.

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