Capítulo 24

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   Acordei com meu corpo inteiro doendo, minha cabeça estava parecendo querer explodir, estava em um tipo de cabana, e então lembrei da noite passada, parecia ter parado no tempo ontem, demorou demais para passar o tempo.

   Olho para a janela e julgando pela luz que estava lá fora já era bem tarde, me levanto da cama e um arrepio passa pelo meu corpo, eu estava descalço e o chão extremamente frio, olho para a minha esquerda e vejo uma porta, vou até ela a passos calmos e lentos e a abro, era o banheiro, tomar banho me pareceu uma ótima idéia.

   Entrei na ducha fria de água e tomei um bom banho, quando me cobri com uma toalha que estava ali me lembrei que eu não tinha algo para usar além das minhas roupas sujas, caminho até o quarto e vejo um vestido amarelo, me visto e então volto para o banheiro fazendo minhas higienes matinais, logo depois desembaraço o meu cabelo e vou até a janela.

   O dia estava triste, parecia que ele sabia o que eu sentia, imediatamente me vem a mente o que meus amigos estariam fazendo agora, estariam tentando arranjar um jeito de me achar e me tirar daqui ou estariam pensando porque eu fiz isso, ou então eles nem estão ligando, me obrigo a afastar esses pensamentos e tentar me tirar dali.

   Procuro alguma porta de saída, mais sem saída, tento quebrar a janela, mais fracasso, procuro algum celular ou algo que eu podesse me comunicar com eles, mais sem sucesso e então desisto.

   Volto até a cama me sentando na mesma e me perguntando, onde estaria Airelle?, talvez ela estivesse tentando fazer um acordo com meus amigos ou talvez matando alguém de Chicago, teorias e mais teorias passavam por minha mente agitada, sou interrompida quando vejo um corvo pousar na janela, me lembro de Airelle dizendo que o corvo era o animal preferido dela, talvez ela estivesse o enviando para ver se eu não tinha fugido, mais então outro corvo pousa na janela só que este segurava uma carta em seu bico, a janela abre um pouquinho e o corvo joga a carta e a janela fecha novamente com os corvos voando para longe.

   Observo a carta caída no chão, só podia ser mais problemas, vou até ela e a pego voltando para cama e me sentando, vejo o que estava escrito no papel "Da morte, com amor", literalmente da morte mesmo, retiro a carta do envelope e começo a ler.

   "Querida Anne, estou ocupada agora sujando minhas mãos de sangue, mais tirei um tempinho para conversar com você, como você já deve ter tentado sair, não tem saída e nem entrada, se você acha que eu vou te machucar você não poderia estar mais certa, sim eu vou, mais como um gesto de boa ação vou te dar uma amiga para você poder conversar com ela e não se sentir solitária, mais ela é uma humana, a e em questão da comida eu vou tentar ir aí toda noite colocar um prato de comida para você comer de manhã, bom, tem livros no criado mudo.

PS.Boa sorte!"

   Amasso a carta sentindo a raiva correr pelo meu sangue, se ela estava tentando me irritar, ela conseguiu, como ela vai colocar uma humana aqui comigo?, o que ela fez pra merecer ficar aqui presa nessa cabana ridícula??

P.O.V. Mansão, Kalel.

   Como assim ela nos deixou desse jeito?, Aceitar ir com a Deusa já é demais, porque ela fez isso?, O relógio marcava 13:46, não estava com fome e muito menos vontade de conversar, ainda estava absorvendo o que o Thomas nos contou ontem a noite, Kimberly já está melhor ainda bem, Hanna não quebrou nenhum osso, Thomas esta bem mais e a Anne??, Eu não consigo compreender! Ela só pode estar querendo cometer suicídio!.

   Tento me acalmar, respirar fundo, mais é uma tentativa falha, sou distraído quando vejo um gatinho preto fofinho entrar em meu quarto, ele vem até mim e se deita em meu colo ronronando, sorrio bobo, gatinhos realmente são perfeitos!, Vejo a porta se abrir e Lucy passar por ela com uma expressão um tanto preocupada, ela e Hanna estão tentando me convencer a comer desde cedo, mais eu simplesmente não consigo, parece que a vontade que eu tinha de comer foi embora junto com Anne.

- Tá tudo bem? - Eu pergunto focando em sua expressão.

- Não muito, mais você tá péssimo, porque ao menos não come? - Lucy fala vindo até mim.

- Não sinto fome - Falo indiferente desviando o olhar para o gatinho em meu colo.

- Ao menos não sente vontade de beber sangue? - Lucy fala e eu nego repentinas vezes com a cabeça.

- Se você não beber sua bebida vermelha você morre - Ela fala virando meu rosto para olhar para ela.

- Você não tá doente tá? - Ela fala me olhando como se tivesse tentando ver algo.

- Não - Eu falo e dou um leve sorriso.

- Você a ama! - Ela fala e sorri surpresa e eu a encaro com dúvidas.

- Eu amo? - Eu pergunto e ela ri.

- A Anne! Eu nunca duvidei mesmo - Ela fala e minha expressão muda para surpresa.

- Como tem tanta certeza? - Eu pergunto e ela faz uma bola de fogo com as mãos.

- Tá, já entendi - Eu falo voltando minha atenção para o gato.

- Não se preocupe, nós vamos achar ela e a trazer em segurança, e depois vamos expulsar a Deusa para o inferno, onde ela pertence, mais pra isso acontecer você precisa comer! - Ela fala ainda tentando me convencer.

- Tudo bem, eu vou caçar algo para mim beber - Eu falo e ela sorri vitoriosa pegando o gatinho do meu colo.

- Preciso dar um banho nele - Ela fala saindo do quarto.

   Respiro fundo as palavras de Lucy ecoam pela minha cabeça, eu espero que a gente consiga, estou com saudades Anne.

•Cantinho da escritora•

Eu sei que ficou pequeno mais tenha calma, eu quero fazer capítulos mais pequenos para poder ter mais capítulos ou se não acaba no 30 kk eu quero que tenha pelo menos 50, avaliem e comentem bastante, Thank you so much, Bye ✨.

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