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MILLIE POV

Acordo e abro meus olhos lentamente e percebo que estou num quarto de hospital ao olhar o redor.

-Você acordou meu amor!-diz minha mãe entrando no quarto.-Olha eu sei que para você ainda está muito estranho tudo isso, mas o policial David vai ter que te fazer algumas perguntas.-diz a mais velha e logo entra um homem no quarto que aparenta ter 45 anos.

Assim que ele se aproxima de mim eu automaticamente me encolho e lágrimas começam a cair de meu rosto.

-Sai daqui por favor.-digo entre soluços; e se ele fizer igual Joseph, Jacob e Romeo?

-Ei! Calma garota! Eu não vou fazer nada para te machucar, eu vou só ajudar você! Pode confiar em mim.-diz ele se aproximando de mim.

Olho para os meus pais que estavam no canto do quarto e eles me dão um olhar de confiança.

-Tudo bem...-digo ainda receosa me ajeitando na maca.

-Eu vou fazer algumas perguntas para você, tudo bem?!-pergunta e eu apenas acinto.-Você conhecia aqueles garotos?-o policial pergunta pegando uma caneta e um bloquinho de seu bolso.

-Sim, eles estudavam na mesma escola que eu.-digo ao homem em minha frente.

-E eles já te fizeram alguma coisa na escola?-pergunta o chefe de polícia.

-Sim, de umas semanas para cá eles sempre me batiam, me socavam, e me abusavam verbalmente-digo e pude ouvir meus pais suspiraram em surpresa.

-E, o que aconteceu lá naquele galpão?-ele me pergunta olhando em meus olhos.

-Eu estava voltando da escola e eu tive a sensação de que tinha alguém me seguindo, quando eu olhei para trás não tinha ninguém, e quando eu me virei para frente de volta eu senti alguém colocar um pano em meu nariz por trás me fazendo ver tudo preto. Quando eu acordei eu vi Jacob, Joseph e Romeo; eu pedi para eles me soltarem daquela cadeira velha e da corda, mas Romeo apontou uma faca para mim e me ameaçou, logo depois os três pegaram várias facas e começaram a me esfaquear em todos os lugares do meu corpo possíveis. Isso durou mais ou menos 6 dias; e daí depois, no restos dos dias eles me estupra...-não consegui terminar a frase pois comecei a chorar a lembrar de tudo aquilo; logo sinto alguém me abraçando, era a minha mãe. Tempo depois que eu me acalmei eu consegui falar de novo-E até vocês me acharem eles faziam isso e me esfaquearam, mas daí o...-não termino de falar assim que me lembro dele.-O Finn! Ele levou um tiro! Cadê ele? Ele está vivo?-pergunto desesperada.

-Filha, Finn está em cirurgia, o tiro que ele levou, fez com que a bala ficasse muito profunda e como os médicos demoraram para tirar ele teve uma hemorragia.-diz minha mãe e eu começo a chorar, se ele morrer eu não vou conseguir sobreviver, ele é meu tudo, quando eu vi ele naquele galpão eu esqueci de tudo, parece que só existia eu e ele, e mais ninguém, eu não ligo mais para aquela aposta eu só quero o meu Finnie bem.












Quatro dias se passaram, eu já recebi alta, mas eu vim para o hospital pois hoje o Finn vai poder receber visitas, eu estou tão nervosa para reencontrar ele, eu não sei o que eu vou falar, não sei o que eu vou fazer. Lilia e Noah me contaram sobre a aposta e que Finn acabou se apaixonando por mim, eu de início não acreditei, mas os safados gravaram escondido o Finn falando com eles sobre a aposta e como ele estava arrependido e como me amava.

-Senhorita?-a enfermeira me desperta de meus pensamentos.

-Sim?! Me desculpe, eu estava distraída.-dou um sorriso sem graça para a mulher que aparentava 38 anos.

-Tudo bem. O paciente Finn Wolfhard está no andar 11 no quarto 353-responde a mais velha.

-Okay, muito obrigada!-falo e vou andando rápido em direção ao elevador.

Assim que chego no quarto dele, bato na porta e quem atende é Mary.

-Oi querida, entre por favor.-diz ela me abraçando.

-Oi Millie, venha aqui minha querida!-diz Eric me chamando para um abraço.

-Eai Millie, como você está?-pergunta Nick.

A verdade é que eles me tratam como a filha mais nova deles e Nick como a irmã que ele nunca teve; eles me conhecem a 12 anos.

-Finn vai acordar daqui a pouco, vem meninos vamos sair e deixar eles a sós.-diz Mary para seu filho mais velho e seu marido.

Me aproximo dele e me sento em uma poltrona ao lado de sua maca, seguro sua mão direita enquanto sua mão esquerda está com soro; ele está com aquelas roupas de hospital, com um curativo em seu ombro direito e ele conseguiu ficar mais pálido do que ele já era.

-Ei meu amor, eu te amo muito viu, olha sem você minha vida fica sem graça e meu mundo para.-digo com lágrimas em meus olhos.

-Eu também te amo.-escuto uma voz rouca e baixa dizer, eu reconheceria essa voz de qualquer lugar e distância, era ele.




vcs deveriam me agredecer, pq eu ia matar ele, só não matei pq eu não quero ninguém apedrejando a minha casa👉🏻👈🏻

I Hate Love You-fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora