Até onde Christian Grey seria capaz de ir por uma aposta?
Anastásia Steele ou Ana, como gosta de ser chamada, é uma jovem gentil e romântica, ''a apostada".
Christian Grey é um safado, mulherengo, seu lema é "pegar e não se apegar", não se importa...
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- Ainda me lembro da minha primeira decepção amorosa. Foi horrível! Ele era um completo babaca, me fez chorar como uma boba apaixonada. Mas, bom, eu superei, com você não vai ser diferente.
- Eu não quero falar sobre isso, tia. - Sempre me desvio desse assunto, sempre que posso...
- Pare já de me chamar assim! - Me joga uma almofada. - Isso me faz parecer velha, você sabe que não gosto disso. - Revira os olhos. - Ainda estou no auge dos meus trinta, no auge da minha juventude. - Ajeita seus cabelos curtos e claros. Ela realmente não gosta que eu a chame assim, que eu ou Ethan, mas gosto de provoca-la. - Anastásia. - Ela usa meu nome completo para me provocar, Jenna sabe que não gosto que me chamem de 'Anastásia', não assim. Agora sou eu quem reviro os olhos. Acerto a almofada que estava em meu colo em Jenna, que ri divertidamente.
- Eu não quero falar sobre isso. - Volto ao nosso assunto inicial.
- Nós não precisamos falar exatamente sobre... Eu só acho que continuar chorando pelos cantos não vai resolver nada.
- Eu não ando chorando pelos cantos.
- Ana, sério? - Rolo os olhos.
Tá, ela tem razão, as vezes eu meio que fico chorando...
- Você é linda, parece que engoliu um grande melão? - Brinca. - Sim, mas é linda. Deixe isso para trás e siga sua vida.
- E meu pai? Como posso seguir minha vida se meu próprio pai não me dirige a palavra? Ele mal me olha!
- Já tentou conversar com ele? Me refiro a uma conversa de verdade.
- Ele não vai me ouvir. Vai me deixar falando sozinha como das outras vezes.
- Tente. Coloque as cartas na mesa e diga tudo que pensa e sente. Você só vai saber se tentar.
Ela tem razão. Preciso ao menos tentar.
***
- Pai. - Minha voz sai trêmula e arrastada.
Estou nervosa demais.
Ponho as mãos suadas dentro dos bolsos do casaco moletom de cor escura.
Seus pés giram lentamente para trás, ele para de frente a mim, me encarando.
Pelo menos está olhando para meu rosto, o que não acontece tão diretamente a dias, incontáveis dias.
- Eu quero conversar. - Minhas pernas balançando para frente e para trás, para frente e para trás, cada vez mais rápido.
A bile subindo cada vez mais em meu interior.
Ele arranha a garganta e através de seus olhos posso ver que ele espera que eu diga algo. E então prossigo, mesmo com medo.
