— Como você se sente? — A voz da minha mãe soa profissional.
Eu precisava vir aqui, depois desses últimos dias, dessa pressão toda que venho sentindo, precisava ter uma sessão, para dizer tudo que estou sentindo, como estou me sentindo...
Eu preciso disso.
Mesmo não querendo.— Eu... — Olho para minhas mãos. — Sinto como se eu precisasse defender minha filha de tudo, como se ela fosse apenas minha. Ela é meu presente, por ter aguentado tudo, um presente valioso, eu tenho raiva quando alguém que pode ameaçar machuca-la aparece.
— Você acha isso bom? Essa proteção toda. — Especifica.
— Não sei... Mas eu preciso proteger ela. — digo pensando na necessidade que tenho de proteger Phoebe, uma necessidade que vem de dentro e cresce a cada dia.
— De que? De quem? — Encolho os ombros.
— Dele. — Olho para seu rosto por alguns segundos antes de abaixar a cabeça novamente. — Christian. — Sinto meu corpo tremer. — Ele me fez mal, e vai fazer pra ela, eu não quero que a minha filha sofra, nunca. Não quero que ela sinta o que eu senti. Ele não pode chegar perto dela, não é justo, ele não tem esse direito. — Só de pensar na remota possibilidade, de ver Phoebe sofrendo, sinto meu coração partido em milhões de pedacinhos.
— Por que?
— Christian me machucou muito, como ninguém nunca tinha feito antes. — Olho para minhas mãos, vendo os machucados, que eu mesma causei com as unhas, com a visão turva pelas lágrimas. — Ela é um bebê. Meu bebê.
— Tudo bem. — Anota algo no pequeno caderno que tem em mãos. — Bom... Você precisa entender que Phoebe não é sua, você não pode tratá-la como um objeto, ela é uma criança, não uma propriedade, sua propriedade. — Fecho os olhos e balanço a cabeça. — E você sabe que seu maior medo não é Christian machucar Phoebe, você sabe qual o seu maior medo. Você usa Phoebe como desculpa, para tudo. — Oscilo. — Isso não é nada bom.
Não.
Eu sei, ou não...— Semana que vem quero te ver aqui de novo.
— O que? Mãe, você disse que seria apenas uma vez.
— Semana que vem, Anastásia. Você precisa e sabe disso.
***
— Se comporta tá, meu amor? — Phoebe concorda. Olho para minha filha, analisando-a, ela está tão linda para o primeiro dia de aula; Cabelos presos em uma trança e com o uniforme escolar.
Na semana passada minha mãe e Grace a matricularam em uma escolinha, meio período apenas, por conta da idade, apenas durante a manhã, como era em Nova York. — Seja gentil com seus novos coleguinhas.
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A Aposta |Concluída|
FanfictionAté onde Christian Grey seria capaz de ir por uma aposta? Anastásia Steele ou Ana, como gosta de ser chamada, é uma jovem gentil e romântica, ''a apostada". Christian Grey é um safado, mulherengo, seu lema é "pegar e não se apegar", não se importa...