Capítulo 100

3.7K 338 199
                                    

  

        Mais uma noite em claro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

        Mais uma noite em claro.

Carrego olheiras enormes nos olhos. Nesses dias que Christian está internado mal consegui dormir, não tenho sono algum.
Ando muito preocupada; Já tem quase uma semana desde o acidente e ele sequer deu algum sinal de que acordaria.

O médico ainda não disse que ele está fora de perigo, o caso dele ainda não é estável, há muitos riscos... E eu tenho tanto medo de perde-lo e a cada dia esse medo cresce mais e mais.

Eu não posso.

Seu corpo não responde.

É tudo culpa minha!

Eu nunca deveria ter duvidado de nada. Se eu tivesse acreditado nele, no seu amor, nada disso estaria acontecendo! Eu deveria ter confiado na palavra dele.

***

— Anastásia, você precisa comer. — Insiste.

— Não consigo. — Eu sinto meu estômago se apertar só de olhar para comida. Não estou conseguindo comer direito, não sinto fome e quando como não sinto o gosto da comida. A culpa pesa tanto.

— Você precisa.

— E se ele... — Aperto os olhos. — Mãe, a culpa é minha! Ele saiu pra beber por minha causa, ele estava tão bem, nós estávamos tão bem... Mas eu estraguei tudo!

— Ana, não. Você agiu mal? Sim, muito. Você deveria ter agido sim com maturidade, vocês deveriam ter conversado como dois adultos que são, pensando nos sentimentos um do outro. Mas nós não somos perfeitos. E esse sentimento de culpa não faz bem. Calma, as coisas irão se acertar. Não perca a esperança, a fé. Christian vai acordar e tudo ficará bem.

— E se ele não quiser mais nada? Se ele... — Eu choro.

Christian pode não me perdoar. E não me aceitar mais, como eu fiz um dia.

— Ana, o amor sempre vence no fim. — Contei a minha mãe sobre absolutamente tudo, ela está a par de tudo. Contei que Christian se declarou, que estávamos tentando, contei como estraguei as coisas... Eu precisava desabafar com alguém e precisava de um ombro amigo para poder chorar. — E não vai ser diferente com vocês.

— Eu tenho medo.

— Chega? Chega de viver presa nesse medo. Vocês se amam e é o que importa. As coisas irão se acertar. Christian irá ficar bem. — Ela me puxa para um abraço. — Vai dar tudo certo.

***

— Mamãe, o meu papai, cadê o meu papai? — Phoebe pergunta ao entrar no meu quarto. Estou me arrumando para ir ver Christian. — Ele não me ama mais?

— Não, meu amor. — Faço sinal para Phoebe se aproximar. — Ebe, ele nos ama, muito.

— Cadê ele? Foi embora?

— Não. Ele não foi embora. — E não vai. Ter fé.

— Por que o papai não veio mais me ver? Eu quero que ele venha me ver.

— As vezes as pessoas se enganam e são más, por uma mentirinha. O papai não tem uma namorada. Era uma mentira.

— Então as coisas feias que ela disse também eram mentirinha? — Eu sinto raiva só de imaginar o que Suzana disse.

— Sim. Ela mentiu.

— Por que?

— As pessoas mentem pra fazerem coisas ruins. Com intenções ruins.

— Mamãe, eu sinto falta do papai.

— Eu também, meu amor, eu também.

Christian faz muita falta. 

***

— Christian. — Eu acaricio seu rosto com as pontas dos dedos. Eu sinto calafrios, a sensação é muito estranha, ele parece estar dormindo, mas seu rosto não esboça nenhuma expressão.
Seu rosto está terrivelmente pálido e com alguns pequenos machucados. Os equipamentos bipando a seu lado provam que ele ainda está aqui e que ainda há esperanças, estou me agarrando a isso.

Por mais que ele ainda esteja flutuando na inconsciência seu coração ainda bate, no ritmo certo.

— Oi. — Eu seguro sua mão. Nós estamos sozinhos no quarto, consegui convencer Grace a ir para casa e tomar um banho, ela não sai daqui, só fica ao lado dele. — Desculpa. — Eu digo isso todas as vezes que venho aqui, durante todos os quarenta minutos que tenho para ficar aqui com ele, é tão pouco comparado a antes, mas é o que me resta. — Eu sinto muito pelo que disse. Eu fui cruel. — Muito cruel. Eu falei como se não fizesse questão, como se não me importasse e não é verdade, eu me importo, muito, de verdade. —  Espero que você me perdoe algum dia. — Ele tem a escolha em suas mãos: De não me querer sequer por perto. 

E isso me aterroriza muito.

Eu te amo. — Eu nunca vou me cansar de dizer isso e vou dizer quantas vezes forem necessárias. — Por favor, acorda logo. — Eu não contenho as lágrimas. — Eu preciso de você aqui, Phoebe precisa de você... Abre esses olhos lindos. — Eu me inclino sobre ele e encosto meus lábios nos seus. — Acorda, por favor.

O inesperado acontece; Eu sinto sua mão apertar a minha.

— Christian. — Eu sorrio entre lágrimas e olho para seu rosto. Aos poucos seus olhos vão abrindo. Ele olha para meu o teto por um tempo, sua visão desfocada, ele pisca algumas vezes e seus olhos param no meu rosto.

Eu senti falta desse olhar.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


















Christian acordou!
Com alguma sequela? Será?! 👀

Kisses kisses bye!

❤️









A Aposta |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora