Até onde Christian Grey seria capaz de ir por uma aposta?
Anastásia Steele ou Ana, como gosta de ser chamada, é uma jovem gentil e romântica, ''a apostada".
Christian Grey é um safado, mulherengo, seu lema é "pegar e não se apegar", não se importa...
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O gosto do uísque nunca me foi tão amargo como agora. Comprei uma garrafa de uísque em um bar qualquer, Gail não sabe, mas isso não importa, eu preciso esquecer toda merda de alguma forma; Fui rejeitado mais uma vez. Por que não beber para esquecer? — Para tentar. Eu depositei tanta confiança no pedido, tanta confiança que Ana enfim diria "sim", e que eu enfim conseguiria ser feliz por completo, mas mais uma vez ganhei a porra de um "não".
A campainha toca, deixo a garrafa de lado e me levanto do sofá.
— Ana? — Ela me olha de cima a baixo. Seus olhos vermelhos e inchados. Ela andou chorando?
Por que?
— É verdade? Você realmente ia me procurar?
O que ela sabe? Como ela sabe?
— Me responde Christian. Você pensou em ir atrás de nós?
Abaixo minha cabeça.
Eu ia... Eu deveria ter ido.
— Como você sabe? — pergunto em um murmuro.
— Grace me contou. — Minha mãe, claro. — Christian, se você... — Ela funga. — Tudo podia ser diferente. — Eu fecho a porta.
Eu sei que sim; Eu poderia ter acompanhado o crescimento de Phoebe, poderia até estar com Ana, nós dois juntos, criando a nossa filha a muito mais tempo, mas não...
Eu fui um covarde. Me deixei levar.
— Mas não fui... Eu consegui estragar tudo.
— Sim, você não foi. — Ana sussura.
— Como eu poderia ir? Você não imagina como eu estava! — Grito. — Não era bom suficiente pra você, pra vocês! — É a verdade.
— Como você sabe? Christian, como eu desejei, eu desejei que você fosse nos procurar. Mas você não foi! Você não fez nada!
— Foi pro bem de vocês.
— Você não pode decidir isso! — Agora é Ana quem grita. — Não podia... — Ela murmura. — Eu precisava de você lá! Odeio admitir isso, mas eu precisava!
Eu sei que sim... Eu também precisava.
— Você estragou tudo, Christian. — Seco suas lágrimas.
— Me perdoa, Ana? Por favor. — Não importa quantas vezes eu tenha que pedir isso, mas não vou desistir, posso ouvir muitos não's, mas não vou desistir. — Por tudo. Por ter sido fraco. Por ter feito o que fiz com você, com vocês. — Só de lembrar o que disse a Ana, por diversas vezes, sinto meu coração se apertando a cada palavra que lembro, atitude. — Eu juro nunca te magoar, eu vou tentar ser bom pra você, pra nossa filha. — Seguro o rosto de Anastásia com as mãos. Seus olhos vermelhos e marejados. — Me perdoa, nos dê essa chance.
— Christian, tudo que você disse... Eu ainda lembro. E se voltar a acontecer? Se você partir meu coração novamente? Como eu fico? E depois?
— Ana, eu mudei. — Pelo menos tenho tentado, a cada dia. — Eu mudei pensando em você, na nossa filha.
Ana fecha os olhos, quando ela os abre posso ver medo.
— Eu tenho medo. — Sussura.
— Me perdoa? — Sussuro com os lábios próximos aos dela. — Estou apaixonado por você, Ana, e o que sinto é sincero, é verdadeiro, bem daqui. — Seguro sua mão e coloco sobre meu peito, onde ela possa sentir meus batimentos cardíacos acelerados. — Me perdoa? Vamos tentar, começando do zero. Dessa vez sem mentiras, sem apostas...
Ana me pega de surpresa quando me beija, sua mão trêmula agarra a minha, o beijo tem um gosto salgado, pelas nossas lágrimas.
— Eu não quero sofrer. — diz ainda chorando.
— Eu juro nunca te fazer sofrer. — Não mais. — Nada daquilo vai se repetir, nunca mais. As coisas vão ser diferentes, como você quiser que sejam. — Beijo sua testa e suas bochechas, antes de beijar seus lábios. — Eu fui um imbecil no passado, mas aquele Christian morreu, Ana. — Nunca deveria ter existido.
— Eu não vou conseguir esquecer de tudo...
— Eu sei que não. Eu me sinto o pior dos homens quando lembro de tudo que te fiz, de tudo que te falei. Mas eu estou aqui agora, disposto a te provar que mudei e que nada, nunca mais, vai se repetir, nunca mais, eu juro. Me dê essa chance de provar? Por favor, me deixe fazer essas lembranças serem apenas simples lembranças. Quero fazer todas as feridas abertas desaparecerem, todas as suas, minhas... Sem mais lembranças ruins. — Eu digo chorando. Quero tanto essa chance. Provar que quero dar o melhor pra ela, por ela, ser o melhor. — Me perdoa? — Encosto minha testa na sua. — Me perdoa, Ana, me deixe privar que tudo que disse é verdade. — Tudo é a mais pura verdade. — Por favor.
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Vocês dariam uma chance ao Christian? De verdade. Ele merece?! 👀
