Fecho a porta da minha sala e me sento no sofá, apoio as mãos nos joelhos e deixo todas as lágrimas presas banharem meu rosto.Não.
Não.
Não.Ele não tem direito sobre Phoebe.
Christian não tem direito nenhum sobre a minha filha.
Ela é completamente minha.
Só minha.Olho para minhas mãos, as marcas de unhas cada vez mais profundas.
O que está acontecendo comigo?
Eu nunca deveria ter voltado para Seattle.
Pisar os pés nessa cidade foi a pior decisão que tomei, para minha vida, para vida da minha filha.Não quero que Christian se aproxime da minha bebê.
Ela é apenas minha.
Sou a única que tem direitos sobre Phoebe e assim sempre será.
Eu não vou compartilhar a guarda, não vou aceitar que ele participe da vida da minha filha.
***
— Mamãe! — Phoebe corre até mim, jogo minha bolsa no chão e fico de joelhos para abraça-la. Sinto seu cheirinho de bebê, e a aperto em meus braços.
Faço um grande esforço e consigo segurar as lágrimas, não quero chorar na frente dela.
— Mamãe eu senti saudade. — Beijo suas bochechas e a puxo para mais um abraço. — Muitão.
— Ana?! — A voz da minha mãe soa preocupada. — Amor, o vovô está sozinho, vai brincar com ele. — Solto Phoebe que sorri e sai correndo pelo corredor, indo em direção ao escritório do meu pai.
— Mãe, ele... Ele... — Fico de pé e me jogo nos braços da minha mãe, que me acolhe em um abraço.
— Oh, meu amor, o que aconteceu? Me conta.
— Mãe, ele quer ficar perto da minha filha, mãe. — digo com o rosto banhado de lágrimas.
Eu odeio chorar!
— O que?
— Ele disse que a minha filha também é dele, e que quer assumir a paternidade. — digo com a garganta seca. — Eu não vou deixar, não quero que Christian chegue perto dela, ele não tem esse direito.
— Ana, você sabe que as coisas não funcionam assim, não sabe?
— Ele não vai chegar perto dela, eu não vou permitir que isso aconteça, eu não quero.
— Calma. — Minha mãe me envolve em um abraço. — Calma.
***
Agarro mais Phoebe, beijo sua testa, enquanto observo seu peito subir e descer lentamente, em uma respiração continua e calma.
Eu me machuquei, ele me fez mal, e eu não quero que a minha bebê se machuque, eu não quero que ele machuque ela.
Ele se aproxima, faz a minha filha se apegar e depois?!
Diz que foi apenas por um tempo? Que só queria saber como é ser pai?!
Se afasta e faz a minha filha, sofrer!?Ele não tem o direito de chegar perto dela.
Phoebe não precisa de um pai, não precisa dele, Christian nunca fez falta, minha filha nunca sequer pronunciou a palavra; pai, pediu ou perguntou por um.
Ainda não...
Agora ela pode ter quatro anos, e não ter se dado conta, mas um dia ela vai crescer e vai perguntar por um...
Não!
Ela não vai!Não vou permitir que ela sinta falta, minha filha nunca vai sentir falta de nada, ela não vai se machucar, nunca, eu não vou deixar que isso aconteça.
Christian é a porra de um egoísta.
Ele só me usou, mas não vai usar a minha filha.
Nunca.
Acaricio o couro cabeludo de Phoebe que sorri, de olhos fechados, sonhando.
Limpo a lágrima que sem perceber rolou por minha bochecha, com a ponta do dedo indicador.
Beijo novamente a testa de Phoebe, dando beijos em suas bochechas.
Meu bebê.
Encosto minha testa na sua.
Minha filha não precisa de um pai, ela tem a mim.
Eu sou a mãe e o pai.
Phoebe não vai sentir falta.
A Ana pode estar sendo imatura, mas ela está com medo... 🙁
No próximo capítulo vocês vão "entender" o que aconteceu com o Christian... 🙃Kisses kisses bye!
❤️❤️❤️
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A Aposta |Concluída|
FanfictionAté onde Christian Grey seria capaz de ir por uma aposta? Anastásia Steele ou Ana, como gosta de ser chamada, é uma jovem gentil e romântica, ''a apostada". Christian Grey é um safado, mulherengo, seu lema é "pegar e não se apegar", não se importa...