Capítulo 78

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     Desligo meu computador e saio da sala

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     Desligo meu computador e saio da sala. Quando chego aos elevadores, mando uma mensagem para Sara, ela diz que Phoebe já está dormindo. Sorrio. A campainha de um dos elevadores toca, entro no indicado, mas quando vou apertar o botão para o último andar ouço uma voz;

— Espera! — Christian entra no elevador. — Obrigado.

Parece perseguição...

Reprimo a vontade de revirar os olhos, quando as portas do elevador se fecham posso notar seus olhos sobre mim, isso me incomoda, de alguma forma.

Ignora, Ana.

De repente as luzes desligam e o elevador parece parar, logo após um pequeno tremor.

Não acredito.
Era só o que faltava.

— Isso é sério? — Sussuro.

— Parece que estamos presos aqui. — Olho para Christian com uma cara de poucos amigos. É óbvio que estamos presos aqui.

Pego meu celular na bolsa.

Sem sinal. — Mil vezes merda.
Jogo meu celular dentro da bolsa.

— Meu celular está descarregado. — Guarda o celular no bolso da calça. — Vamos ter que esperar...

Deslizo minhas costas pela parede do elevador e me sento no chão.

Por que tinha que faltar luz logo agora?
Eu só queria chegar em casa logo. 

Christian tenta puxar assunto, o que me deixa ainda mais irritada.
Preferia se eu estivesse sozinha aqui.

— Se você ficasse quieto seria muito melhor. — Alfineto.

— Ana... Eu só queria, não sei, tentar fazer o tempo passar mais rápido. — Ele se senta, do outro lado do elevador. — Mas tudo bem, posso ficar sem dizer nada, se é assim que você quer...

— Sabe o que você poderia fazer também? Ficar longe da minha filha, seria excelente!

Nossa filha, e não, não vou ficar longe dela só porque você quer, tenho direitos como pai. — Se levanta.

— Direitos? Você não tem direito nenhum, nunca esteve lá para cumprir os "deveres", então não tem direitos. — Me levanto ficando cara a cara com Christian. — Estava ocupado demais fazendo o que você sempre fez... — Sinto meu estômago embrulhar. — Sua vidinha nunca mudou, já a minha mudou muito, eu passei anos me dedicando a minha filha, cuidando dela, sempre fui eu! Você nunca participou de nada!

— Esquece o passado! Eu estou aqui agora, quero e vou participar! O que tenho que fazer para você acreditar nisso? É a nossa filha!

— É minha! — Insisto, Christian parece ignorar, porque continua falando.

— Eu sei que errei muito você, com vocês, mas estou aqui agora, e quero participar da vida de Phoebe... Sei que fui um babaca com você no passado, me perdoa por isso, por aquela aposta idiota que nunca deveria ter acontecido...

— Cala a boca! — Não quero que ele fale daquela merda, eu nunca mais quero que me lembrem daquela humilhação, daquele jogo tão baixo e nojento.

— Não, Ana... — Ana? — Eu fui baixo, agora sei, você não merecia nada daquilo. Eu agi mal.

— Você não tem o direito de falar sobre isso. — digo rangendo os dentes. — Você não tem moral pra isso.

Não tem...

— Eu sei que não tenho direito sobre muitas coisas, mas mesmo assim eu quero, assim como quero seu perdão... Ficar perto da nossa filha, de você...

Espera.
O que?
De mim?
Quem esse... Esse... Imbecil pensa que é?

— Me perdoa por tudo... E por isso... — Christian segura meu rosto com as mãos e quando menos espero seus lábios se juntam aos meus.

Não consigo me mover, ou pensar em me afastar, apenas permaneço parada, em um transe, congelada...

Aposta.
Aposta.
Aposta...

Christian.
Christian.
Christian...

E se repete por diversas vezes, as palavras indo e vindo.

Acorda! — Meu subconsciente grita.

Empurro Christian com tudo, ele bate as costas na parede do elevador, concentro força em minha mão e a acerto com tudo em seu rosto.

— Nunca mais, nunca mais... — Minha voz sai trêmula.

Não demonstre fraqueza.

Você não tem o DIREITO! — Friso.

Suspiro aliviada quando a luz do elevador volta.

— Nunca mais! — Repito ajeitando minha bolsa e em seguida saindo do elevador, pisando duro.

Pre-preciso ir pra casa, agora.

***

Chego em casa com as mãos trêmulas, minha cabeça parece pesada, e eu só consigo pensar no que aconteceu no elevador.

Eu senti um mix de sentimentos — se revirando dentro de mim, de diversas formas —, depois do que aconteceu, conhecidos e desconhecidos...

Tanto medo do desconhecido.

Aquilo não vai voltar a acontecer, não pode voltar.

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Christian tentou roubar um beijo ganhou um tapa! 😂
Ana fez certo?

Kisses bye! ❤️


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