Capítulo XXIII

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Fui no carro  do Peter, porque já estava combinado, ele tinha motorista, então ficamos atrás conversando sobre o imóvel.
Cheguei na casa, o John já estava lá.
Tinha um olhar estranho, pra mim.
Mas o Peter era bem calmo, e cavalheiro, pegou na minha mão, pra descer do carro.
Tinha um ar de príncipe, primeiro as damas, etc e tal . Nisso o John morria, dava pra ver seu desconforto com tudo.
Ele falava do imóvel, com uma precisão incrível, convencendo ele a olhar outros imóveis a venda.
Eu ajudava com detalhes femininos.
Enquanto o Peter, me olhava sem discrição nenhuma.
Fazia questão de colocar a mão em minhas costas, e me levar onde queria conhecer na casa.
O John quase perdia o ar, mas soube se controlar.
Quando acabamos de mostrar a propriedade, falei que voltaria com o John, então o Peter concordou.
Fiquei de ligar pra ele, e agendar outros imóveis.
Antes de ir, deixou um beijo molhado, em meu rosto.
Achei que nesse momento, o John iria socar a cara dele, mas ele virou de lado parecendo  contar , não entendi bem.
Se cumprimentaram formalmente.
John voltou a casa novamente,
andava pela sala pra lá ,e pra cá rápido, como se tivesse contando passo rápidos.
Olhei e perguntei, o que está fazendo?
Ele parou olhou para mim abrindo e fechando a mão, parecia não está bem.
Cheguei mais perto, e perguntei você está bem?
John?
Ainda não , mas vou ficar!
Ele desviava o olhar não me encarava.
Você está com raiva de mim John?
Fiz alguma coisa?
Então ele parou na minha frente olhou em meus olhos e falou.
Preciso pensar Carolina, acho melhor você me dá um tempo .
Me deixa sozinho, só um pouco. Pediu um pouco sério demais para meu gosto.
Me virei e sai para o jardim da casa, deixando ele no estresse dele.
Senti uma paz me tomar assim que olhei para as árvores, tirei as sandálias, e pisei na grama aquilo era muito relaxante.
Fiquei pensando, o que o John tinha acabado de passar, eu não saberia lidar, com tal sentimento.
O ciúmes, o machismo, tudo que ele estava controlando dentro dele, era visivelmente complicado, mas ele se manteve inalterado.
Senti um tipo de dó dele, ter que sentir tudo isso, por minha causa, sinto que ele estava mesmo se controlando porque não queria me perder.
Ele era bom, apesar de preconceituoso.
Era carinhoso e muito apaixonante.
Não sei o que fazer, ele vai sofrer comigo, é o meu jeito.
Eu vou sofrer se terminar com ele, apesar de pouco tempo, sinto que estou apaixonada, como vamos viver assim?
Está tudo, tão confuso!!
Depois de algum tempo, John não aparecia, resolvi deitar sobre a grama .
O sol refletia sobre as folhas das árvores, e uma brisa gelada, folhas se movia enquanto pássaro cantavam entre elas.
Fechei meus olhos, e senti o silêncio, ao fundo .
Abri meus olhos, ao sentir alguém deitar ao meu lado.
Ele calado pegou minha mão.

Preconceito (Em Breve Será Retirado)Onde histórias criam vida. Descubra agora