Capítulo 17

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Ponto de vista de Meredith

Quando abri a porta vi imediatamente no rosto de Andrew que ele estava a beira de ter uma crise. Mandei uma mensagem para Bailey falando que ele não estava bem e que eu iria ficar em casa com ele. Não falei nada para as crianças, seguimos nossa rotina normal, mas depois de deixar as crianças na escola seguimos para o consultório da Dra. Tunner, a psiquiatra do Andrew. Na mesma clínica ficava também a psicóloga que o acompanhava. Então ele fez uma sessão com a psicóloga primeiro e eu aproveitei para falar com a Dra Tunner, contei para ela sobre as provas e as propostas que Andrew estava recebendo e que tudo isso o estava deixando realmente ansioso. Quando Andrew terminou o atendimento com a terapeuta, a Dra. Tunner o chamou e receitou um outro medicamento para que ele tomasse por apenas alguns dias para controlar a ansiedade do período, ao menos até passar as provas, depois ele voltaria a consultá-la.

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Ponto de vista de Andrew

Eu e Meredith fomos para a clínica e eu conversei com a minha psicóloga, eu já tinha falado para ela sobre a prova e as propostas de trabalho e o quanto isso estava me deixando ansioso. Ela me fez ver que eu deveria conversar sim com a Meredith, mas que no momento eu deveria me concentrar na minha prova, que era o mais importante.

No dia seguinte eu iria para Boston, e resolvi que não pensaria então em outra coisa que não fosse a minha prova, afinal se eu não passasse provavelmente nem teria mais proposta nenhuma.

Eu e Meredith saímos da clínica, e eu senti que a terapia e o remédio estavam fazendo efeito, eu estava mais relaxado. Voltamos para a casa de Meredith e eu consegui comer melhor. Ela sugeriu que eu dormisse, e deitamos na cama juntos. Eu deitei em seu peito e senti seus dedos acariciando meus cabelos até adormecer.

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Meredith era a calmaria em meio ao caos, segundo Miranda Bailey. E essa frase de fato a definia, e agora ela era a minha calmaria. Ela ficou comigo o tempo todo até eu ir para Boston, ela se ofereceu para ir comigo, mas eu recusei, afinal aquilo era algo que eu precisava fazer sozinho, e eu também tinha os meus amigos residentes. Eu não tinha uma turma como Meredith teve, eu não tinha uma pessoa como Cristina Yang, mas eu tinha amigos, e alguns bons, nós nos ajudávamos, e eu ouvi um deles em especial prometendo a Meredith que ficaria de olho nos meus sintomas, pois ele também tinha um irmão bipolar e sabia como era. Não que eu precisasse de alguém de olho em mim, mas saber que eu poderia contar com um amigo era reconfortante.

Na manhã antes da viagem Meredith me contou que quando fez a sua prova estava com gripe estomacal que tinha pegado de Zola. Nós rimos bastante enquanto ela me falava sobre a cara de seus avaliadores quando ela vomitava no lixo e continuava respondendo as perguntas como se não tivesse nada. Ela ainda me contou a história de Alex, que perdeu a primeira parte da prova porque voltou para Seattle por causa de um paciente que ele estava acompanhando a tempos. Como Jackson tinha descoberto que sua mãe e Richard tinham dormido juntos e que ela estava na sala ao lado da sua como avaliadora e o desconcentrou. Além de como April reprovou porque ficou nervosa por perder a virgindade com Jackson no dia anterior à prova. Ela tinha contado que só pensava em como tinha decepcionado Jesus e ficou falando sobre isso com seus avaliadores.

Definitivamente, eu estava mais tranquilo, não só pelas risadas, mas afinal, era bom saber que os grandes médicos em quem eu me espelhava também enfrentaram dificuldades no início de suas carreiras, mas que apesar de tudo superaram e agora eram grande inspiração para tantas pessoas, inclusive para mim.

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