Cap. 18 - Egoísta

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Oiiii docinhooosss! Como estamos?! Acho que à essa altura vcs já devem saber que eu não gosto de capítulos pequenos, mas estou aprendendo que alguns deles são assim e msm que eu tente arduamente, não posso mudar isso. Então vos apresento o menor capítulo da fic e por incrível q pareça eu n to surtando e acho q isso é ótimo. Tô evoluindo kkkkkkk. De qualquer forma espero que gostem!!

{Palavras: 2.133}

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• Zayn •

— Oh! Uau! Eu adorei seu cabelo. Ficou muito legal. — Me disse animada, mas não consegui corresponder à altura.

— Obrigada, doutora. — Olhei em volta. Estávamos em um parque e a doutora estava mais colorida e radiante que o pôr do sol. — Por que estamos aqui?

— Queria fazer uma sessão diferente. Sei que está fugindo de casa como o diabo foge da cruz e eu já estava pensando em mudar um pouco o ambiente então, bum! Uni o útil ao agradável.

Eu não...

— Não precisa mentir para mim. É completamente aceitável sua opção. Lá é como uma redoma de lembranças que te sufoca, não é? — Me virei tão rápido que meu pescoço estralou.

— Você virou vidente, doutora? — Eu nunca vi ela rir tanto e por algum motivo eu estava quase sendo contagiado. Eu nem imagino como estaria nesse momento se não estivesse fazendo terapia e pensar que, no início, eu nem queria.

— Ah, Zayn. — Doutora Kiara limpou as poucas lágrimas que se formaram nos seus olhos. — Eu não precisei ser vidente para perceber isso, querido. — Sua voz tinha o tom que me fazia sentir compreendido, era estranho. — E não se esqueça que aprendi a analisar alguns comportamentos humanos também. — Adicionou risonha.

— Alguns?

— É. Outros eu realmente tento, mas não consigo entender. A mente do ser humano é uma loucura. — Quando ela fala esse tipo de coisa acaba parecendo mais uma pessoa comum do que um especialista no assunto.

— É verdade. — Desviei os olhos para contemplar o entardecer espelhado no lago do Echo Park, simulando uma literal aquarela com os tons pastéis de azul, rosa, amarelo, laranja e até roxo. A brisa suave do crepúsculo dispersando um pouco do calor de um dia de Verão.

Eu não tinha notado o silêncio até que a doutora decidiu quebra-lo. — Nossa, isso é tão lindo. — Elogiou, se acomodando em um banco e me incentivando a também fazê-lo. — Uma qualidade de hoje? — Começou a me encarar. Eu ainda não tinha me acostumado ao olhar clínico dela, me deixava um pouco desconcertado.

— Mesmo não estando muito... bem, eu fui muito simpático com meus clientes e fiz o meu máximo para que eles não percebessem o que estava acontecendo comigo. Tentei ser o mais profissional possível. Foi muito difícil.

— Ah, eu te entendo.

— Que nada! Pra você deve ser muito pior. Tudo bem um cara quieto te tatuando, mas uma psicóloga? Deve ser muito pior.

— É... de fato. Mas quando estou em uma sessão eu sempre tento focar mais nos problemas das pessoas, porque, geralmente tenho soluções para eles, mas não tenho para os meus. Lembra o que eu disse sobre não compreender algumas ações humanas, essa é uma delas.

— Ou... você sabe como resolver seus problemas, mas prefere fingir que não, porque é mais fácil lidar com o dos outros do que com os seus. — Foi minha vez de usar o olhar clínico contra ela.

• 1968 • {Ziam}Onde histórias criam vida. Descubra agora