Capítulo 13- Graças ao fogão

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-Noah-

Estou morto de fome! Eu já disse para minha mãe para nos pedirmos uma pizza, mas não ela insiste em seguir uma alimentação saudável, pois é ela é nutricionista, acho que não mencionei isso né? Enfim, as vezes isso é um saco, tipo em casa ela não deixa comer nada que ela não tenha preparado ou que saiba que é algo saudável, então na minha casa não há enlatados, nem besteiras e eu não posso comer pizza quando ela está lá, poxa isso é super chato! E sabe porque eu estou com fome? Por causa do maldito fogão, parece que ele soltou uma peça, tipo tinha que ser agora, bem agora? Tinha! Eu sei consertar, claro! Que foi? Eu fiz curso de mecânica nas férias e manjo tá! (Narrador: depois dizem que ele não é convencido, ai pai!). Ai você deve estar se perguntando, então porque eu estou aqui reclamando e não consertando o fogão? Simples, não tem ferramenta! Uma casa enorme, que não tem uma garagem com ferramentas! Mas é obvio que não vai ter, já que meus pais sempre chamam alguém para arrumar, porém é um domingo e são 20:00 da noite, ninguém está disponível nesse horário! Eu estava prestes a sair de casa, porque minha fome era maior que a ira da minha mãe, mas......

- Filho vem! – Ela dizia saindo pela porta

- Ótimo, finalmente vamos comer! - Meu estomago dava pulinhos

- Não, vamos na casa da vizinha ver se ela tem ferramentas! – Minha mãe falava como se fosse obvio

- Mãe se eu não comer meu estomago vai me engolir – Tá isso ficou estranho

- Meu amor eu não fiquei duas horas naquela cozinha para largar a comida pela metade e ir comer besteira! – Minha mãe amava cozinhar e é obvio que ela não iria jogar a comida fora, principalmente para substituir por besteira, então a solução era aceitar e tentar aquietar meu estomago – E outra já é bom conhecer a vizinhança, estamos aqui a um bom tempo e não falamos com ninguém.

- Tá – Eu dizia revirando os olhos

Depois de um pequeno tempo batemos na porta de uma casa. Era uma bela casa, tipo muito bonito, acho que tanto quanto a nossa, era branca e tinha uma entrada espetacular e possuía uma varanda onde tinha um balanço

- Olá – Uma mulher bem bonita, aparentando ter a mesma idade da minha mãe abria a porta – Posso ajudar ?

- Prazer meu nome é Priscila! Moro no fim da rua – Minha mãe dizia estendendo a mão

- A claro, é a vizinha nova né? – Minha mãe assentia – Entre! – Nós entramos na casa, ela era muito parecida com a nossa, era enorme! Tinha uma hall de entrada e no lado direito era possível ver um armaria com alguns casacos, tinha alguns sapatos no chão e uma coleira. Mais adiante tinha uma sala de visita e adiante era possível ver uma porta que tinha trilhos onde levava para uma sala de TV

- Gostou da vizinhança? – A mulher perguntava se sentando em um sofá na sala de visita e assentindo para fazermos o mesmo – Aproposito sou Luciana

- Gostei sim, é bem calma, acho que precisávamos disso – Minha mãe me olhava – Esse é meu filho Noah

- Prazer – eu dizia dando um sorriso e a moça dava um também

- Desculpe o incomodo, mas vim até aqui porque preciso de ferramentas, eu não tenho – Minha mãe dizia revirando os olhos

- A claro - a moça dava uma risadinha - Até pouco tempo também não tínhamos, as coisas não costumam mais quebrar, mas ai o ar condicionado estragou e já viu – Ela dava uma risada – Enfim, vamos até a garagem, creio que meu marido guardou lá.......

- Nossa onde será que os homens guardam essas coisas? – Ela dizia procurando e nós ajudávamos – O pior é que ele não atende o telefone...... Achei – Ela nos entregava a caixa

- A muito obrigada – Minha mãe dizia pegando a caixa e assim o telefone toca e a mulher atende

- Oi, sim.... não, agora não precisa mais. Tá! Que horas vocês vão chegar? 11? Assim, ok. Beijos, amo vocês! – Ela dizia desligando o telefone – Era ele, está na estrada e por isso não viu, ele foi para uma conferencia – Ela dizia revirando os olhos

- A de Carmelo ? – Minha mãe perguntava

- Sim, essa mesma! – A moça respondia com um sorriso

- Meu marido também! – Priscila

- Sério? Que legal! – Lu falava, nessa hora....

- Mamãe, mamãe, mamãe..... – Uma menininha aparecia na garagem e Luciana a pegava no colo

- O que foi meu amor? – Ela acariciava o rosto da menina

- O fofucho deixou uma surpresa no jardim! – A menina falava escondendo o rosto

- Ai deus, esqueci de levar ele para passear! – A mulher fazia uma cara de decepcionada – Depois eu resolvo isso

- Quem são eles mamãe? – Ela apontava para nós

- Estes são Priscila e o filho dela Noah! – Nos sorriamos para a pequena – Essa é Valentina

- Prazer – eu sorria para a menina e nós íamos andando até a sala, até que.......sim, aquilo era Gazpacho, conheço o cheiro de longo, aí que delícia. Ele vinha da cozinha, provavelmente ela estava preparando antes de chegarmos

- Bom nós já vamos indo, Obrigada Luciana! – Minha mãe dizia

- Me chame de Lu! Fiquem para o jantar, estou fazendo Gazpacho! – Isso acertei, meu olfato nunca erra!

- Obrigada, mas tenho.....- Minha falava, mas foi interrompida

- Por favor! – A pequenina que estava no chão falava

- Está bem! – Minha mãe respondia e meu estomago dançou Macarena na hora 

Clichê AdolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora