-Noah-
Fomos até a cozinha e ficamos esperando ela terminar de cozinhar. A casa tinha uma sala de jantar, mas parece que eles não tinham costume de comer lá
- Com o que você e seu marido trabalham? – Lu perguntava
- Ele é advogado e eu sou nutricionista! – Minha mãe falava – E você e seu marido?
- Ele é médico cirurgião e eu tenho um café na cidade, não sei se conhece Dance Café? – Ela falava e eu levantava a cabeça
- Nossa esse lugar tem a melhor comida da cidade! – Minha mãe me fuzilava com os olhos e a moça dava uma risada – Depois da sua, é claro mãe
- Obrigada! E tenho certeza que sua comida é incrível também! – Lu falava dando uma risadinha e olhando para mim
- Você e sua família deveriam jantar um dia lá em casa! – Minha mãe falava
- Com certeza! - A moça dizia- Enfim eu sou professora de dança lá!
- Isso é muito legal! Você só tem ela de filha? – Minha mãe olha para a pequena que está do outro lado da cozinha sentada em um sofá embutido em frente a uma janela, brincando.
- Na verdade tenho mais uma! Mas elas não são minhas filhas – Minha mãe olhava confusa – Não é claro que são! Digo que não são de sangue, a mãe delas morreu quando Valentina nasceu e aí conheci o pai delas, mas considero elas minhas filhas!
- E você nunca tentou ter filhos? – Minha mãe se tocava da pergunta – Desculpe fui inconveniente
- Tudo bem, minha genética não é muito boa para ter filhos, precisaria de tratamento, então nunca fui atrás, me contento com as minhas meninas – ela dizia dando um sorriso
Nesse momento um cachorro entra pela porta dos fundos e AI MEU DEUS, era ele, o cachorro das passeadas, como não percebi antes? Que burro! Mesmo bairro, uma coleira na entrada, uma garotinha pequena que aparentava ter 6 anos. Dentre todas as casas eu nunca imaginei que iria parar na casa da menina que eu nunca tinha visto face a face e que eu admirava as tardes!
- E onde está sua filha mais velha? - Minha mãe falava me tirando dos meus pensamentos e me fazendo prestar mais atenção
- Ela foi com o meu marido, ela adora essas coisas! – Lu dizia
- Viu Noah – Minha mãe me olhava – Não ia ter só gente adulta! Eu disse que você deveria ter ido- Eu revirava os olhos
- Se eu fosse ninguém consertaria o fogão! – Eu dizia
- É para isso que precisavam das ferramentas? – A moça perguntava
- Sim – Eu respondia
- Você sabe consertar um fogão? - A pequena se aproximava
- Claro que sei! – Eu a olhava bem – Porque?
- É que você não tem cara de quem sabe fazer isso – ela dizia sem se importar e minha mãe e Lu riam
- Ei eu sou inteligente ta? – Olhava a menina
- Se você diz.... Se precisar de ajuda eu entendo de engenharia – Eu olhava confuso e minha mãe olhava Lu e Lu revirava os olhos dando risada
- Teremos uma futura engenheira na família – Lu falava isso dando um beijo na testa da menina
- Eu já disse para a Bibi que ela vai ser a astronauta e eu vou com ela, caso o foguete quebre! – Ela dizia da forma mais natural como se estivéssemos entendendo tudo
- Sua irmã quer ser astronauta? – Minha mãe perguntava
- É o que parece, ela vive perdida nas estrelas! Na verdade, ela gosta tanto das estrelas.........Ops não posso contar- A menina fala tampando a boca, parecendo que percebeu que estava falando de mais, assim ela desce da mesa para colocar o dog para fora....
- Nossa quanta comida! – Eu digo e meu estomago já estava quase saindo para fora, ela fez Gazpacho e colocou umas torradas para acompanhar
- É que eu achei que eles chegariam para o jantar – Lu dizia
- Mas teve uma fila na estrada – Minha mãe completava e Lu assentia com um sorriso
Durante a janta eu fiquei pensando se não tivesse a fila, eu teria conhecido aquela menina que eu queria tanto ver a face. Ou se eu tivesse ido com meu pai poderia encontrar ela lá. Depois que comemos ela serviu de sobremesa um mouse de morango, que estava uma delícia. Nos então conversamos mais um pouco e Valentina me puxou para mostrar o Dog, enquanto eu brincava com ela tentei retirar informações da irmã dela, mas a menina era esperta e não falou nada! Affff!
- Vamos indo – Minha mãe e Lu iam até a porta
- Foi um prazer dona Luciana – Eu falava
- Lu, por favor – Ela dizia com um sorriso
- Claro, a comida estava maravilhosa! – Eu dizia
- Vocês têm que ir lá em casa – Minha mãe falava – Domingo que vem, pode ser? Um jantar também, prometo que o fogão estará funcionando – Minha mãe levantava as mãos para cima em juramento e nós riamos
- Domingo então – Luciana respondia
- Tchau Valentina – Me abaixei para ficar de sua altura e ela me deu um abraço
- Agora você vai poder perguntar para a minha irmã o que quer saber dela! – Ela falava me deixando em pânico e saia dando um beijo em minha mãe. Meu Deus, se aquela menininha abrisse a boca e falasse para a irmã dela que eu perguntei dela, ela acharia que sou louco, estou preocupado! Mas agora é esperar até domingo, eu finalmente vou conhecer ela!
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Clichê Adolescente
Roman pour AdolescentsBorboletas no estômago. Eu achei que nunca fosse sentir isso, talvez um nervosismo, pernas bambas, mãos suadas, mas isso não...e, principalmente, por ele, a pessoa mais inesperada. Contudo, acho que todos estamos destinados a passar por algo inesper...