PRÓLOGO

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Quando estamos na casa dos vinte e poucos anos, temos vários amigos para curtir as baladas e claro, as mulheres, mas quando chegamos aos trinta, esses amigos parecem achar a mulher certa para casar, pelo menos foi assim com os meus, e começam chegar, aos baldes, os convites para casamentos.

Me sentia feliz, pois com a fama, o meu acesso a mulheres de todos os tipos só aumentou. Eu ficava com uma por dia, às vezes até mais que isso, e era feliz assim, realizado profissionalmente e emocionalmente não me sentia preso a ninguém.

Entretanto, esse ano parece que aqueles velhos amigos que casaram, combinaram e todos estão tendo filhos. Enquanto eu continuo curtindo, como se tivesse com meus vinte e cinco anos, mas, ao contrário do que eu esperava, isso começa a me incomodar. Passei então a analisar as mulheres com quem saio, e me decepcionei uma vez após a outra, pois quase todas eram fúteis e vazias, exatamente como eu. Nenhuma parecia ser capaz de ao menos ser sincera ou espontânea e se submetiam a todos os meus gostos e caprichos para me agradar, mal sabiam que agora eu procurava exatamente o oposto.

Hoje, ao acordar do lado de mais uma, que mal me lembro o nome, me sinto um fracassado, mas não um fracassado qualquer, aquele que parecia ter todo o ouro do mundo nas mãos, e que por fim descobriu que na verdade, o ouro era de tolo, e me pego desejando, de todo coração, conhecer alguém especial.

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