STALEC × WHAT IF ?

C1

"Os piores momentos são os melhores para saber quem está do seu lado."
— Elite.

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Esse capítulo é uma reprise da 4T episódio 4 - O benfeitor.
Para quem não lembrar é basicamente onde Scott morde Liam para o salvar e o amarra com fita na casa dele.
Eu vou reprisar esse episódio e mudar algumas coisas.

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STILES STILINSKI

São seis da noite e quatro dias depois de meu pai deixar claro que me vê se culpar por tudo que aconteceu está matando ele aos poucos. Três dias desde que soube que a alcatéia foi ao México após Derek sumir, aparentemente eu não saberia disso se não fosse por Malia, a única que parece confortável ao meu lado.
Dois dia desde que decidi que todos estão melhor sem mim ou minha ajuda, onde percebi que para meu próprio bem é melhor me dá um tempo, longe do sobrenatural e todo lance paranormal que me levou a sentir culpa a cada minuto do dia. Um dia trabalhoso e mais uma noite mal dormida desde que me vi começar a embalar algumas das minhas coisas e doar outras para deixar Beacon Hills por uma longa temporada. Quanto a Luke, ele vai me hospedar em sua casa até o final desse ano letivo, e de acordo com ele, vou ser muito bem vindo em sua casa pelo tempo que precisar.

Meus olhos mal haviam se fechado desde que me vi decidido a ir embora e o som do celular tocando me faz soltar um gemido rouco entre os lábios ao perceber que cochilei dentro do armário vazio, me fazendo ter que esticar meu corpo dolorido para alcançar o celular em cima da mesa de trabalho bagunçada.
O chão frio estremece meu corpo e puxo o celular antes de me sentar na beira da cama onde minhas malas estão cheias de roupas, suspiro ao ver meu identificador.

📳 (Scott McCall)

Leio por entre os olhos entreabertos, bloqueio sua chamada e coloco o celular de lado, deixando meu corpo cair no minúsculo espaço vazio na cama e puxo o travesseiro ao rosto para bloquear os raios de luz da lua que entram pelo vidro da janela do quarto. Ignoro o toque do celular e ajeito meu corpo na cama.

BUM BUM BUM
Sobressalto na cama assustada com o barulho que vem da porta de casa quando estou a segundos de apagar por completo, sento e minha cabeça gira com a rapidez.

— Stiles! - Scott grita.

O celular volta a tocar sobre a cama e o alcanço com facilidade, vendo o nome de Scott antes dele encerrar a ligação e o som estrondoso recomeçar mais uma vez na porta. Empurro os lençóis, chuto as pernas para fora e pego o celular tocando, indo até a porta da frente pisando duro.

Abro a porta.

— Se você ligou e a pessoa não atendeu, não bata na porra da maldita porta continuamente, não vai mudar nada a menos que você queira um taco com freixo na sua bunda, sugiro que pare! - Vocefiro com o humor alterado pelas noites em claro.

Scott me encara por um segundo, mas então suas mãos estão na cabeça em nervosismo, as roupas tem sangue e suas mãos estão trêmulas. Suspiro.

— O que está errado ? - Pergunto diretamente.

— Preciso da sua ajuda. - Pede.

Franzo a testa, irredutível a sair do lugar, meu rosto mostrava a incredulidade dos dias isolados da sala de aula ou refeitório, parte minha culpa e parte do grande alfa genuíno.

— Por que eu deveria te ajudar ?

Scott levo o olhar ao chão com algum sentimento que não me dou o trabalho de decifrar pois estou ocupado vendo que suas roupas estão amassadas demais para ter saído da cama ou ter transado com alguém. O sangue nas mangas da camisa não ajuda muito e o terror em seus olhos era visível ao temor de seu desespero interno.