STALEC × WHAT IF ?

C14

"Palavras não descreveriam tudo"
— The Blacklist.

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× STILES STILINSKI ×
(Um mês depois)

A tristeza pulsou em mim antes que o medo e a raiva pudessem chegar, o cheiro de sangue e fogo se espalhou bruto por meu corpo que me sufocou os pulmões que começavam a lutar por ar, tudo me apertando como se eu realmente estivesse lá. E em um lugar, alguma parte racional de mim ou mais ou menos isso desde que as trocas das Runas de Parabatai com Arthit aconteceram, me mostrou a imagem dele próximo a um rio de sangue segurando o corpo de uma garota que reconheci ser sua irmã.
Sua Katana de cabo de couro branco caída para o lado quando um grito agonizante de dor rompeu dos seus lábios, estremecendo o chão a meus pés e empurrando as pessoas que os cercavam com uma força invisível, a lua cheia brilhou intensa e prateada como seus olhos antes de derramar uma proteção viva a seu redor que impedia o fogo de chegar a si, mas ao mesmo tempo a escuridão pegou sua parte.

Eu acordei, meu corpo sendo jogado para fora da cama como se quisesse me lembrar que isso não pertencia a mim, contive o impacto rapidamente e me levantei. Mechas de cabelo me grudou na testa, o suor escorrendo como se acabasse de percorrer toda uma maratona, meus pulmões chiou em busca de ar e tossi.
A fumaça ainda parecia presente em minha pele, o cheiro forte de sangue me causava ânsia, e ao invés de ir ao banheiro me vi sair do quarto e jogar o corpo sobre a porta da frente. Com minhas mãos trêmulas consegui gira a maçaneta, invadido o quarto mal iluminado e destruído, cambaleio até junto a cama, onde Arthit se agarra aos lençóis como se a dor pudesse ser contida.

Tusso, cruzando os poucos passos que nos separavam e caindo sobre a cama pesadamente, ele começava a se debater e precisei segurar os seus pulsos antes que ele me atingisse a cara quando me inclinei.

— Arthit!

Minha voz parecia distante até para mim, meu coração batia nas costelas com a conexão com ele, aperto seu ombro que foi deslocado durante o treino com a mão livre e seus olhos se abrem, e se esse tipo de coisa não viesse acontecendo com frequência desde a cerimônia de Parabatai eu teria saltado para longe.
Seus olhos prateados me saudaram e ele rapidamente se livrou de minhas mãos para se sentar na cama, culpa esmagando seus ossos, e eu podia a sentir como fosse a minha e parecia queimar na pele. Sangue manchou os seus lençóis brancos quando se moveu, abrindo todas cicatrizes que foram feitas por chicote sobre suas costas.

— Me desculpa. - Sussurra Arthit, passando a mão no cabelo para os tirar da testa. — Eu fiz de novo...

Tento transmitir tranquilidade e um pouco de calma quando ele me olha, suas mãos ainda estão trêmulas e a respiração ofegante. Tem sido assim nas últimas quatro semanas, isso se ele conseguisse dormir por mais de 16 horas durante toda ela.

— Não tem como controlar.

Ele assente, exausto, os seus olhos tinham profundas marcas de olheira e os ossos marcavam o corpo com a perda excessiva de peso. Ele sequer conseguia comer sem vomitar nos últimos dias, qualquer coisa podia ser rejeitada por seu corpo, mas isso não o deixava fraco fisicamente além da aparência.
O último mês se mostrou uma longa temporada no inferno a qual ele não queria falar sobre e o estava fazendo se perder cada vez mais, e Magnus se limitou em dizer que os anos com as fadas havia feito ele ter transtornos de múltiplas personalidades, a qual ele controlava bem a parte ruim de si mesmo, mas no último mês elas se mostraram bem conflituosas.

— Você quer ficar comigo o resto da noite ? - Pergunto, alcançando sua mão.

— Não. - Diz ele, puxando sua mão para longe da minha e saindo da cama. — Desculpe por te acordar de novo, você pode sair, não vou mais incomodar.