Epílogo

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"Porque qualquer amor, por mais simples que seja, será sempre inesquecível."
— Mário Quintana.

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× ARTHIT HOORNE ×
(Um ano depois)

São cinco da manhã e quatro dias depois de voltar a Tailândia. Três dias desde que meu irmão, Singto, tentou me convencer a larga minha faculdade de Medicina e fazer Engenharia. E dois dias trabalhosos e noite mal dormidas desde que mudei ao apartamento a 10 minutos do campus, a qual minha transferência foi aceita.
Meus olhos mal haviam se fechado quando o som do celular tocando me faz soltar um grunhido frustrante entre meus lábios, me fazendo se esticar para capturar o celular no criado mudo com meus olhos ainda fechados, o aparelho gelado me causa calafrio e o puxo rapidamente para perto, afim de ver quem está ligando.

📳 (Lua)

Leio por entre os olhos entreabertos e bloqueio sua chamada, colocando o celular no vibratório e deixando o aparelho de lado, voltando a afundar o rosto no travesseiro. Tento ignorar a sua vibração constante e tenho a respiração lenta para pode embarcar em um sono profundo, mesmo que o meu coração pule duas batidas mais rápidos desde que vi sua foto na tela do celular.

BUM BUM BUM
Sobressalto na cama assustada com o barulho que vem da porta quando estou a segundos de apagar em um sono profundo, me sento e encaro a porta com os olhos embaçados com o sono e um bocejo vindo logo em seguida.
O celular volta a vibrar sobre a cama e alcanço ele com facilidade, vendo o nome de Singto antes de encerrar a ligação e o som estrondoso começar mais uma vez na porta. Empurro os meus lençóis, chutando as pernas para fora e vou até a porta pisando duro.

Abro a porta.

— Se ligou e a pessoa não atendeu, não bata na porra da maldita porta continuamente! - Vocefiro com raiva, sono e qualquer outra coisa. — Não vai mudar nada a menos que você esteja morrendo ou queira seu nariz achatado por meu punho, sugiro que pare!

Então percebo, que as 12 horas de sono que tive nessa nova semana acabaram de me deixar numa dessas situações que ninguém quer estar nem em seu pior pesadelo, já que meu irmão não está parado na frente do apartamento, mas tem alguém na porta do vizinho da frente.

Shyia Arthit!! Como diabos você sai despachando raiva sem olhar para quem vai receber ? Me dou um tapa mental.

Olho para o chão e passo a mão em meu cabelo escuro, logo erguendo meu olhar a bela imagem do garoto que está ali na frente, ele está com raiva e de pijama, segurando alguma refeição em uma sacola, para duas pessoas. E meu Deus, ele é lindo, os seus olhos puxadinhos e estreito que tem um olhar assassino que suaviza aos poucos, o modo que o pijama é só um samba canção curto com uma camisa muito larga para ele.
Meu coração bate tão forte que dói, tentando me dizer algo que não consigo entender, meus olhos estão fixos sobre ele e ele me encara como se fosse uma aparição que ele quer matar e beijar ao mesmo tempo, mas está escolhendo qual faz primeiro. E Deus me perdoe, mas ele pode fazer ambos que não vou reclamar nem por uma linha, sinto algo escorrer por minhas bochechas e levo minha mão ela, percebendo que estou chorando.

— Hei, você está bem ? - Pergunta ele, sua voz firme, mas trêmula.

Havia uma dor e amor em seu tom, o que me querer chorar ainda mais por isso, embora eu não tenho motivo a fazer isso. Aquilo era ridículo, mas a tristeza e o medo ainda estão sobre os meus ossos, tinha sido assim no ultimo ano desde acordei naquele hospital.

— Me desculpe, eu... - Um soluço rompe meus lábios. — Eu acho que não dormir está me afetando.

O garoto assente, deixando a sua sacola pendurada na maçaneta da porta e então dando uns passo na minha direção, meu coração para com seu ato seguinte e meus olhos se chocam em surpresa. Ele limpa minhas lágrimas derramadas com seu polegar, um sorriso de canto, e seu toque é tão macio e trêmulo.

STALEC × WHAT IF ?Onde histórias criam vida. Descubra agora