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"Qualquer coisa em excesso pode destruir uma pessoa. Escuridão demais pode matar, mas luz demais pode cegar."
- Cidade dos Anjos Caídos - Os Instrumento Mortais.

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ALEC LIGHTWOOD

Observo com cuidado o garoto de orelhas pontigudas e cabelos negros que refletem ao sol da tarde, os olhos brilhando em um intenso prateado enquanto maneja sua Katana com a habilidade de um guerreiro medieval, o sorriso é charmoso nos lábios e os contornos acentuados de seu rosto lhe deixam com uma aura de anjo. A luz que ultrapassa os vidros da sala de treino banha sua pele alva como leite, encantadora, balanço a cabeça.

 A luz que ultrapassa os vidros da sala de treino banha sua pele alva como leite, encantadora, balanço a cabeça

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— Não use seus truques comigo, Arthit. - Resmungo.

A manipulação instável desmorona e lanço meu corpo sobre o dele com a lâmina desativada para lutar, sua Katana defende meus ataques com movimentos rápidos e precisos, o choque das duas lâminas ecoando na sala de modo brusco. Recuo e giramos em uma dança calculada, observando o modo que seu coração bate forte pela veia em seu pescoço e a respiração é pesada, seus movimentos estão mais lentos já que estamos nisso a mais de 4 horas seguida.

— Cansado ? - Pergunto, girando a Serafim em minha mão com um sorriso presunçoso.

— Um pouco. - Responde.

Entro em posição e semicerro os olhos, dando sinal para que ataque, desvio dele assim que o faz e giro nos calcanhares, sendo pego de surpresa quando seu cotovelo me atinge o estômago com força. Bambeio com a dor do local lesionado, estremecendo meu corpo, dando tempo para Arthit se estabilizar e me levar ao chão com facilidade.
Grunho ao atingir o solo cru.

— Vinte. - Pontua o mais novo em desagrado, e acredite, não é porque está perdendo.

— Tempo. - Peço.

Giro no chão com um gemido rouco e olho o teto da sala de treinamento, deixando meu corpo dolorido pelas quatro horas de treino relaxar no piso frio, minha respiração pesa em meu peito e as dores nos ossos onde Arthit bateu sem ter nenhuma piedade reclamam mesmo com o calor do corpo.
Entretanto, a dor é um apresso aos meus pensamentos inquietos e o desgosto de ter meu coração partido pela quinta vez.

Tudo bem que a primeira vez não devia ter contado já que Jace é como um irmão adotivo, além de Parabatai, e todo sabem que Parabatais não podem ter um relacionamento. Mas ainda assim não impediu que doesse quando ele conheceu Clary, ele foi o meu primeiro amor e pelo amor do anjo... Não deveria ter sido. Jace é um narcisista.
Não, seu gênero não importa, afinal o amor vai além da sexualidade e do ato sexual em si, está mais para o fato de se sentir bem e confortável ao lado da pessoa que comece a nutrir algo mais forte e incapaz de controlar, porque acredite ou não, o amor é incontrolável.

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