STALEC × WHAT IF ?

C25

"Quando você sair da tempestade, não será mais a mesma pessoa que era quando entrou."
— Fonte: desbotando.

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× KAI KORAPAT ×

Estação de trem.
Isso com certeza não parece uma estação de trem e não existem nem os trilhos para um trem passar, mas meu olhar continua preso na placa de embarque na parede que começa a mudar com rapidez até parar em Beacon Hills, algum tipo de escala estranho. Um vento sopra forte vindo do túnel escuro e olho para aquela direção, minha cabeça doía como se quisesse me manter em um estado inconsciente.
Giro em meus calcanhares, olhando ao meu redor com atenção até ver alguém conhecido sentado em um dos bancos daquele lugar, encarando o nada como se fosse tudo que podia fazer. Joss.

Levo a mão a cabeça com uma dor que começa a bater forte para me impedir de lembrar, caminho em direção onde Joss está e paro a sua frente mesmo assim, me agachando e tocando seu rosto com a ponta dos dedos para traçar a maçã acentuada em seu rosto. Os seus cílios longos e espessos, deslizo o indicador em seu nariz e Joss torce um pouco ele com inquietação. E então algo clica em minha cabeça, me fazendo olhar em direção a placa novamente.

O que estamos fazendo aqui ?
Um som alto estoura nos ouvidos com a tentativa de lembrar e sinto dor em minha cabeça, me fazendo encolher um pouco no lugar, meus batimentos aceleram e o som me machuca ao lembrar do acontecido na delegacia. A Caçada Selvagem.
Ouço o relinchar de cavalos serem altos, mas não consigo me mexer de onde estou com a dor que embala a minha cabeça, cascos batem no chão agora mais próximos e os braços de alguém me pegam, me puxando para longe e batendo meu corpo contra a lateral de algum banco.

— Tudo bem. - A voz tem um timbre forte e calmo, que faz o meu coração acelera, diz. — Eu te peguei, baby...

Sinto o calor atravessar meu corpo com aquela mão apertando em meu lado de modo protetor e possessivo, meus olhos ganham foco imediato com a familiaridade e ergo a cabeça para encontrar aqueles olhos negros com íris prateadas, mas onde suas pupilas deveriam estar queima em um tom alaranjado como fogo.
As lágrimas tocam meus olhos e se derramam por meu rosto como um alívio para a dor que senti por toda noite, em como precisei segurar a Joss com força e me impedir de me quebrar, um sorriso culpado puxa o canto de seus lábios e o seu polegar passa por minhas bochechas para as limpar.

— Sol. - Murmuro.

— Oi, baby...

Sua mão desliza para meu pescoço, deixando pequenas faíscas quentes por minha pele antes de afundar os dedos em meu cabelo, me puxando para perto de si. Arthit me abraça os ombros com força e enterro o meu rosto em seu pescoço, agarrando a sua camisa com medo de ser apenas uma miragem em meio minha dor, o seu corpo é mais quente do que me lembro e o seu aperto mais firme que antes também.

— Você está aqui...

— Eu estou aqui, baby. - A sua voz tem uma dor crua e forte, suas mãos me apertam contra si. — Senti tanta falta de vocês. E não vou deixar que vocês vão para longe de mim nunca mais, não enquanto viverem...

O empurro, fazendo com que Arthit se afaste o bastante para meu punho bater com força contra seu rosto, um grunhido de dor deixa seus lábios ao golpe.

— Eu vou te matar! - Rosno.

O idiota me olha e está preste a dizer alguma coisa sobre isso quando o puxo pelo colarinho, batendo minha boca contra a sua e lhe arrancando um gemido surpreso, Arthit reage rápido e suas mãos agarram minhas laterais do meu rosto, nos guiando em um beijo de saudade que arrepia e queima meu corpo até o fôlego faltar.