C15

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"Não da pra apagar as pessoas da sua mente."
— How I met your mother.

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× STILES STILINSKI ×


Caminho de um lado para o outro, agitado com o que aconteceu com Alexander na estufa e com a reunião que Jocelyn quis fazer a essa hora da noite como os mais velhos, era coisa demais em sua cabeça e começava a doer por isso. Não havia se passado nem vinte minutos corretamente e minhas mãos suavam com a mísera possibilidade de toda essa merda de profecia começar agora, o nervoso e medo de voltar a Beacon Hills e não podemos esquecer que eu precisava falar com Alexander sobre o lance na estufa.

Minha mão vai direto aos lábios, um gesto simples, que me fez corar ao lembrar do acontecido e pode sentir as borboletas em minha barriga. Não era nada parecido com o que Lydia causava por estar perto, ou Malia ao sorrir e eu pode a observar, ou Danny quando me ofereceu sexo.
Não, nenhum deles se comparava a sensação que o beijo me causou, no prazer que fez todo meu corpo arder e formigar até a ponta dos pés, como se intensificou quando o beijo ficou mais profundo. Nenhum beijo que tive chegou aos pés daquele, e nem foram muito, e principalmente não com um cara.

A porta do meu quarto no instituto de repente abriu, meu corpo tenso paralisou no lugar, esperando que fosse Alexander ou torcendo para não ser, ainda estava decidindo isso quando a pessoa se revelou. Arthit.
Entrando e batendo a porta como se o quarto fosse seu, os olhos tão frios e duros que pareciam cortantes, mas o sorriso em seu rosto não fazia jus ao olhar. E reparei o quão bonito o garoto fada é, mesmo judiado pelas noites não dormidas e a magreza em seus ossos revelada, ele tinha aquele charme que poderia fazer qualquer pessoa se curvar diante dele ou ter o desejo de morrer por ele sem sequer pensar nisso. Principalmente usando aquela roupa formal e justa, as coxas fortes apertadas pela calça e camisa branca de linha que está muito bem passada, junto com uma jaqueta de couro.

— Obrigado. - Agradece Arthit, me deixando um pouco confuso. — Você se esquece de bloquear a coisa toda e eu acabo na sua cabeça...

Arthit aponta para a cabeça com um assobio leve, e a compreensão desce sobre mim como se o mundo tivesse me dado seu peso, as minhas orelhas ganham um tom avermelhado e um sorriso um pouco mais amplo puxa o canto dos lábios do meu Parabatai. E por um segundo inteiro pude ver um brilho em seus olhos do garoto que conheci.

— Você... - Mordo o lábio inferior.

— Sim, quer conversar ? - Pergunta, seu tom mais seco.

Assinto e passo a mão no cabelo um pouco envergonhado pela idéia de Arthit está ciente dos pensamentos que tive, era uma das merdas da ligação e a minha barreira era mais fraca que a dele, o ouço se mover no quarto e volto a realidade a tempo do casaco vir em minha direção.

— Mas estamos saindo. - Fala, saindo do quarto.— Vamos precisar de um pouco de ar fresco se vou te ouvir falar de Alec e espero que não tenha que lida com argumentos de "eu não sou gay" e blá blá blá, os héteros são sempre tão reprimidos...

Ele sai do quarto, resmungando algo incoerente sobre como todo mundo seria melhor se os héteros parassem de reprimir suas merdas homofóbica por causa do que acreditam ser uma coisa certa, enquanto o sigo pelo corredor e logo chegamos ao andar de saída, Arthit correu os dedos nas lâminas serafim e me entregou uma delas, junto a um par de facas para arremessos que coloquei nos meus coturnos.

— Pensei que só íamos do lado de fora. - Falo, observando quando ele joga a alça da bolsa de arco e flecha no ombro. — Mas, onde vamos ?

— Vamos para o Taki's Diner. - Arthit diz com sorriso ao passar por mim e ir para a porta. — Tenho um encontro com Raphael Santiago.

STALEC × WHAT IF ?Onde histórias criam vida. Descubra agora