Garotinha da tempestade

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Regina bateu a porta de seu apartamento,ela não se lembrava como chegou ali, só sabia que estava em casa, jogou suas coisas no sofá, tirou os sapatos, e olhou para seu pequeno apartamento, que agora parecia tão grande, as paredes parecia mais claras e sem graça. Ela sentiu seu corpo pesar sentia cada pedacinho dele, engoliu seco, agachou encostando no sofá, se sentou no chão com as pernas esticadas, pegou em sua bolsa uma caixinha, a qual ela tinha comprado um dia depois do casamento,ela abriu e se lembrou do dia que foi a joalheria. 

Flashback

— Eu quero esse aqui. Disse apontando para um anel lindo, com uma pedra azul. 

— Este é lindo, ele vai adorar. A moça da loja disse. 

— Não é ele, é ela...a mulher mais linda que eu conheci... quando ela me disser que me ama vou fazer o pedido,será que estou sendo boba? 

— Fazemos coisas bobas todo o tempo, então que seja besteira de amor,pra que melhor...ela é uma mulher de sorte. 

— Sim, ela tem medo das três palavrinhas, mas sinto que ela vai falar em breve. 

— Eu tenho certeza, e se ela não disser eu digo. A moça piscou para Regina que apenas sorriu. 

Flashback off 

Ela olhava para caixinha, sua respiração descompassada, seus olhos cheios de lágrimas,tantas que já escorria pelo seu rosto. Apertou a caixinha e seu choro veio carregado de dor, Regina chorava igual a uma criança, chorava como se estivesse sentindo a pior dor da sua vida, respirava pesadamente e seu choro saia pela sua garganta, ele não era silencioso, como nos filmes de romance que ela tanto adorava, ele era alto e doloroso, ela tentava controlar mas não conseguia, então chorou, chorou tanto que sentia que não tinha mais lágrimas. No outro dia Regina não teve coragem de ir trabalhar, ela escutava seu telefone tocar mais não quis atender, sabia que era um dos rapazes da galeria, e ela não queria dar satisfação pra ninguém, se levantou do chão com dificuldade, estava um pouco dura por ficar na mesma posição toda a noite, e ainda não dormiu. Caminhou até seu quarto tomou um banho, e se deitou, olhou para o teto do quarto, tentava dormir mas sua cabeça não parava, seu corpo estava quente, e ela sentia frio. — Ótimo agora vou ficar doente. Disse com raiva. 

Na galeria Gideon e Archie estavam preocupados com a amiga, ela sempre avisava quando não ia trabalhar, e para aumentar a aflição dos dois ela não atendia ao telefone, ligaram até para o porteiro do prédio dela e ele disse que bateu mas ninguém abriu, os dois foram até sua casa, o porteiro abriu com a chave reserva, e deixou os dois a sós. 

— Podíamos ter ligado para Emma, talvez elas estejam juntas. Archie disse. 

— Bom já estamos aqui. Gideon disse entrando no quarto. 

Quando viu Regina deitada, de lado chamou seu nome algumas vezes,mas a mesma não respondeu,se aproximou com calma, ele sentiu medo de ter acontecido alguma coisa com ela. 

— Regina meu amor. Disse sacudindo ela. 

Regina apenas gemeu. 

— Ufa pelo menos ela está viva. Archie disse sorrindo. 

— Regina, acorda. — Tocou na testa dela— Archie ela tá ardendo, vamos levar ela ao médico. 

— Sabe que ela odeia hospitais né! 

— Verdade,mas. — Pensou um pouco.— Já sei a mãe da Emma.

— O que tem ela? Archie pergunta confuso. 

— Ela é enfermeira, e a Gina disse que a loira cuidou dela uma vez, lembra? Com a ajuda da mãe. 

— Verdade ela é enfermeira...mas e o número? 

Foi quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora