Após poucos dias de recuperação, Regina foi convencida por Cora a se encontrarem, em um pequeno restaurante perto do seu condomínio. Regina, Emma, Mary e David, iam até esse encontro, os dois mais velhos sentados nos bancos da frente, com Mary dirigindo, e Emma e Regina logo atrás.
— Você está bem? Emma pergunta ao notar o semblante sério de Regina, que apenas consentiu, permaneceu em silêncio, ela não estava nada bem, quem olhasse para seu rosto, pensaria que estivesse com uma terrível dor de estômago, mas talvez ela estivesse, afinal Cora poderia causar uma gastrite em qualquer um. A viagem foi mais rápida, do que Regina queria, logo eles estavam parados em frente ao restaurante, a morena olha para Emma com olhos cheio de súplica, ela não parecia uma mulher adulta, e sim uma criança, que iria ser castigada,por alguma coisa errada que fez. Emma segurou em seu rosto, e ofereceu seu melhor sorriso, e disse terna:
— Você não quer entrar lá, né?
— Eu não quero me desculpa fazer todos vocês virem aqui! Regina disse triste.
Mary olhou para trás e disse:
— Se quiser eu vou e falo com ela?
— Quer que eu vá, com minha mãe e fale com ela? — Regina consente. — quer que eu diga algo específico?
— Eu não sei...diga apenas que não tô pronta pra ouvir as desculpas dela, foram tantos anos, ela se quer ligou, agora eu só não consigo.
— Tudo bem eu digo. Emma deu um beijo na testa dela, e saiu do carro acompanhada da mãe,as duas foram em direção a entrada, e logo avistaram a Cora sentada, balançando a perna. Emma se aproximou sentou e disse: — Cora tudo bem?
Cora olhou em volta mas não viu a filha, voltou seus olhos para as duas mulheres na sua frente e disse: — Tudo sim mas cadê a Regina?!
— Ela não veio, pediu pra dá um recado. Emma disse séria, ela não escondia que não gostava nenhum pouco da Cora.
— Ela não vem ?
— Não! — Mary disse séria, olhando fixamente para Cora.
— Me diz qual seu problema com a Regina, porque eu tenho dois filhos lindos, e faria qualquer coisa para manter eles por perto e feliz, e você só faz mal para sua filha!
—Meu problema com a Regina?— suspirou bebendo um gole do suco,— eu não sei, quando fiquei grávida nunca consegui sentir ela, igual senti seus irmãos, Regina só se mexia na minha barriga quando o pai, ou a irmã conversava com ela, nunca tivemos uma ligação, depois que ela nasceu, Regina era linda, não tinha visto bebê mais bonito que ela, pensei que poderia me conectar, mas não aconteceu, depois da morte da Zelena, nunca mais consegui olhar pra ela como antes.
— Tá me dizendo que nunca amou de verdade sua filha?!—
— Mãe!— Emma disse fazendo sinal com a cabeça, Regina estava logo atrás dela junto com David, a mesma virou se e saiu do restaurante,o mais rápido que seu corpo conseguiu.
— Me desculpa filha, eu não tinha visto ela. —
— Tá tudo bem...mãe será que você! —
— É claro. Mary disse se levantando,e saindo do restaurante.
Emma se ajeitou na cadeira, e olhou para Cora, com uma raiva até então desconhecida pela mesma, ela sentia que tinha que proteger a Regina, mesmo que de sua própria mãe, ela suspirou fundo e disse: — O que você queria com ela?
— Eu só queria agradecer tudo que ela fez, pelo meu filho. —
— Você entendeu que até agora, a única coisa que tem feito é machucar a Regina!...eu não sei como é ter um filho, mas sei como é ter uma mãe, e você não é uma, pelo menos não pra Regina… então como um ato de bondade, não se aproxime dela, se for apenas pra fazer mal, ela pode não dizer,mas ela sente muito — disse com a voz embargada,— quando você rejeita ela, e sente mais ainda, porque não entendi o que ela fez de errado pra que você não ame ela. —
— Eu não vou fazer isso, ela é minha filha, se ela não quiser me ver que venha me dizer.—
Emma apertou os lábios, se aquela não fosse a mãe da mulher que ela ama, já teria dado um soco na sua cara, ela respirou tentando não gritar,sorriu forçado e disse:
— Você acabou de ferir ela aqui, se realmente se importasse com ela, não estaria discutindo comigo, e sim teria corrido atrás dela, e dito, que tudo foi um engano, que você a ama, e não iria mais deixar ela só...nunca mais. —
O brilho das lágrimas, presa nos olhos de Emma, que ela tentava não derramar, fez Cora perceber que aquela mulher amava sua filha, ela sentiu raiva de se mesma por não conseguir fazer o mesmo, e a distância que agora existia entre elas, foi imposta pela própria Cora, que não entendia o porquê, mas não conseguia sentir pela filha,o amor genuíno, que toda mãe diz sentir, e isso só fazia mal para Regina, talvez ir embora fosse o melhor, mas antes ela queria pedir perdão.
— Você tem razão, eu só faço mal a ela, mas queria me desculpar primeiro. —
— Certo, vai hoje a noite no apartamento dela, e pode perdão. —
Emma saiu do restaurante, com um sentimento terrível, ela queria chorar, mas tinha medo de fazer, e não sabia como a Regina estava, ela sentia que tinha que ser forte por ela. Mas ela não encontrou Regina mal, como ela pensava, ela estava triste visivelmente triste, é claro, e tinha muita raiva ali,Regina se calava quando estava com raiva, e seus olhos tinha dor,mas acima de tudo ódio.
David deixou as duas em casa, mas fez elas prometerem que ligaria por qualquer motivo, elas concordaram. Ao entrar em casa Regina foi direto para o banheiro, tomou um banho demorado, ao sair Emma pode notar o vermelho de seus olhos, que poderia ser da água,mas não acreditava que fosse .
— Tá tudo bem? Perguntou apreensiva.
— Tô ótima. Disse ríspida.
Emma saiu para preparar algo para elas comerem, ela não sabia como lidar com aquela Regina, estava sendo muito difícil, mas pensava que para Regina era ainda pior.
****
A campainha tocou, Emma foi abrir, quando viu a figura da mulher parada na sua frente, se amaldiçoou mentalmente, por ter convidado aquele mulher para dentro da casa de Regina, a quem ela queria tanto proteger.
— O que ela faz aqui?! Regina pergunta ao ver Cora parada no meio de sua sala.
— Eu só vim pra termos uma última conversa, e serei franca, com tudo que me perguntar! —
— Só quero saber uma coisa!—
— Qualquer coisa.
Regina respirou pesadamente, e disse: — O que a Mary disse no restaurante é verdade? Disse com os olhos marejados.
Cora demorou alguns segundos para responder, e aquilo fez Regina ter certeza, de que era verdade. — Regina eu. —
— Tá tudo bem Cora, só por favor não me procure mais, pra nada. Regina disse interrompendo Cora.
— Me Perdoa? Cora disse triste.
— Tá tudo bem. Regina disse saindo da sala e indo em n direção ao quarto, Cora foi embora, e Emma se aproximou da cama, viu Regina deitada, de costas para porta, quando ela ficou no braço da morena, a mesma se virou com o rosto todo molhado, e com a voz trêmula carregada de dor, uma dor que Emma não poderia imaginar, ela disse: — Por que ela não me ama? —
Emma abraço Regina, a qual chorou, fazendo a loira chorar junto, alisando seus cabelos, e costas, ela não disse nada para Regina, afinal ela não tinha palavras para consolar a mulher, apenas abraçou e tentou demonstrar o amor que sentia por ela.
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Foi quase sem querer
FanfictionEmma ao responder um anúncio de jornal, vê sua vida mudar completamente,ela que era acostumada a ter o controle de tudo,se vê totalmente sem ele. E para seu desespero ou não, ela ainda se apaixona,pela anunciante... Essa história é inspirada no fil...