Mary observava Regina, que dormia inquieta, ela falava coisas que Mary não entendia bem.
— Não por favor...não tive culpa. Regina falava e gemia,com a mão no abdômen.
Mary ao perceber se aproximou dela checando sua temperatura, a febre tinha passado, chamou ela pelo nome, mas Regina só gemia não queria acordar. Ela percebendo que Regina estava tendo um pesadelo, disse acariciando seus cabelos: — Ei vai ficar tudo bem, a culpa não foi sua.
Quando ela falou, Regina parou de mexer e suspirou fundo,se ajeitando melhor na cama.
Mary se levantou depois de alguns minutos, ela estava cansada, pois passou toda a noite alí, e já era quase nove da manhã, ela estava com fome, foi até a cozinha preparou um café, e comeu pão integral que tinha ali. Ela caminhou pela casa observando alguns detalhes da decoração, que ela adorou, sentou no sofá suspirando fundo, e viu uma pequena caixa em cima da mesinha de centro, pegou e abriu receosa, e era bem o que ela pensou que seria, um anel de noivado. — Ah menina, entendo você agora. Disse e voltou para o quarto.
Regina estava acordada olhando para o teto,ela se assustou um pouco com a presença de Mary e disse: — O que faz aqui?
— Bom você estava passando muito mal ontem a noite,Archie ou Gideon,não me lembro pediu minha ajuda.
— Assim! Obrigada...não precisava ter vindo.
— É, eu sei mas quis vir assim mesmo, pois é a Regina que todo mundo ama.
— Nem todo mundo. Disse baixo.
Mary sentou ao seu lado da cama e disse: — A minha filha Regina ela te ama, só que ela não sabe como é estar feliz em uma relação, por isso sempre tenta sabotar,mesmo que sem perceber...não estou justificando os erros dela, eu apenas tento entender.
— Talvez terapia ajuda no caso dela.
— Talvez ela não seja a única que precise de ajuda profissional!
— O que quer dizer com isso?
— Vem vamos você precisa comer alguma coisa.
— Eu não tô com fome?
— Vamos assim mesmo.
As duas foram para cozinha, Mary observou Regina por alguns minutos e disse: — Você não deve se lembrar de mim? Eu também não me lembrei de você...Regina lembra se do acidente que sofreu junto com sua irmã?
Regina mudou completamente o semblante, mostrando que aquele assunto a incomodava bastante, ela apenas consentiu.
— Eu cuidei de você. — Viu que Regina não falava nada, suspirou fundo.— Tudo bem esse assunto deve ser doloroso pra você, me desculpa...mas às vezes conversar é bom, por exemplo agora, você está sofrendo,mas não fala sobre o que...quem está te fazendo sofrer.
— Eu não quero falar sobre sua filha. Disse séria.
— Ela também tá sofrendo, longe de mim defender o que ela fez,mas não acha que vocês merecem uma última conversa, para esclarecer as coisas.
— Olha Mary eu agradeço você cuidar de mim, mas não quero falar com você sobre sua filha.
— Você tá muito machucada né?! E essa dor aí já vem de anos,ou estou enganada?
Regina engoliu seco, olhou para mulher que segurava sua mão sobre a mesa, a fim de trazer conforto, ela pensou que deveria ser assim que alguém com uma mãe se sente, completamente confortada, e esse pensamento deixou ela mais triste, seus olhos marejaram, Mary ao perceber, passou a mão sobre seu rosto acariciando e disse: — Ei me desculpe eu não queria deixar você mais triste, não falo mais sobre esse assunto,ou qualquer outro.
— Não...não tem problema, é que.— Suspirou fundo, segurando o choro.— Eu senti, deixa pra lá.
— Regina pode confiar em mim, me diz o que sentiu tem haver com o seus delírio, pedindo pra não abandonar você?
— É tem sim. Disse triste.
— Quem abandonou você?
Ela sorriu triste, e disse: — Minha mãe, ela foi embora junto com minha irmã, quando eu tinha 8 anos, ela pelo menos me deixou em algum lugar seguro, ela me deixou com uma senhora que eu gosto muito,até hoje eu visito ela.
— Sinto muito querida.
— Eu também...sabe foi muito ruim, mais pela minha irmã, foi quase um ano sem ver a Zelena, mas conseguimos convencer minha mãe a deixar ela viver com a gente, para o meu pai não importava se ela era filha biológica dele, o que importava era que ele a amava.
— Mas porque sua mãe foi embora?
— Foi por uma oportunidade que ela não podia perder.— Fez aspas com os dedos.— Era mais importante que a família dela,mas ela sempre foi ausente.
— Mas ela visitava você e sua irmã ?
— Sim, umas cinco vezes por ano, depois foi diminuindo, três, duas,uma… ela veio no aniversário de 15 anos da Zelena, lembro que estávamos tão feliz esse dia, principalmente Zelena.
— Quanto tempo não vê sua mãe?
— Eu parei de contar quando fez sete anos, mas já deve ter uns 11.
— Meu Deus, é tempo demais pra ficar longe de um filho!
— Minha mãe não pensa assim.— Suspirou fundo.— Depois do acidente, eu lembro que ela não quis mais falar comigo...lembro,no meu aniversário de 12 anos, eu ficar acordada até tarde esperando a ligação dela.— Engoliu seco — ela sempre ligava, mas aquele ano ela não ligou, pensei que ela estivesse muito ocupada,mas só depois de não receber quatro ligação seguidas,que percebi que ela não queria falar comigo.— Disse chorando.— Quando eu tinha 16, em uma viagem com meu pai,encontrei ela,mas sabe quando você tem um colega que não vê a anos, e comprimenta por pura educação, e sente que no fundo não conhece ele...foi assim que eu senti com minha mãe.
Mary abraçou forte Regina que chorou muito, apesar de sentir bem com aquele abraço.
Mary segurou o rosto de Regina entre as mãos e disse: — Independente do que acontecer entre você e minha filha, saiba que tem em mim uma amiga, sempre estarei aqui. Disse dando um beijo na testa dela.
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Foi quase sem querer
FanfictionEmma ao responder um anúncio de jornal, vê sua vida mudar completamente,ela que era acostumada a ter o controle de tudo,se vê totalmente sem ele. E para seu desespero ou não, ela ainda se apaixona,pela anunciante... Essa história é inspirada no fil...