Só está deprimida

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Emma e Regina se falavam quase todos dos dias por mensagem, telefone, chamada de vídeo. Naquela noite não foi diferente, as duas conversavam,mas alguma coisa incomodava Regina,ela não conseguia prestar atenção no que Emma falava, a mesma percebeu e perguntou preocupada. — Tá tudo bem Regina parece meio aérea?

Regina apenas consentiu, e se lembrou de uma coisa que havia acontecido aquela tarde. Ela estava tranquila em um dia normal de trabalho, observou um rapaz apreciar um quadro, ela se aproximou e perguntou se o rapaz tinha gostado da obra. 

Ele disse que havia amado, que poderia dar um desse para sua mãe. 

— É alguma data especial? Regina pergunta curiosa. 

— Não, é que ela tá meio triste esses últimos meses, meio irmãozinho tá doente, e ela está movendo montanhas para que ele fique bem. O rapaz disse triste. 

— Ela parece ser uma mulher incrível. 

— E ela é, eu nem sou filho biológico dela, quando se casou com meu pai eu já tinha quase dez anos, e ela me amou como se eu fosse realmente dela, agora estamos passando por um momento difícil, e queria dar um pouco de alegria pra ela, já que arte é uma das suas coisas favoritas. 

— Então deveria dar o quadro com uma dedicatória, você pode escrever! 

— Eu não sou muito bom com as palavras.

— Duvido muito, dá pra ver nos seus olhos que ama muito a sua mãe, só colocar palavras que venha do seu coração. 

— É você tem razão.  

— Qual o nome dela? Para que possamos fazer um cartão bem bonito. Regina perguntou,mas se arrependeu no mesmo momento, quando escutou aquele nome. 

— É Cora. Cora Mills! Minha mãe, a propósito sou Lucas. Qual seu nome? O rapaz disse com a mão esticada, mas ao perceber que não iria receber um comprimento,recolheu sua mão, e disse: — Tá tudo bem moça? 

Regina engoliu seco,e disse: 

— Desculpe, é que preciso ir, os rapazes ali vão te ajudar, preciso ir. Disse saindo quase correndo dali. 

— Regina! — Emma chamava seu nome,mas parecia que ela não estava ali sua mente vagava, e Emma percebeu que não era uma lembrança boa. 

— Sua mãe tem procurado você? 

Regina suspirou pesadamente, e disse triste: — É ela tem sim,mas aconteceu... descobri na verdade, e isso me deixou mal...Emma será que podemos falar outro dia? 

— Claro Regina quando quiser eu estarei aqui por você. 

— Obrigada...e até mais.

 Disse desligando,a chamada. 

Emma do outro lado ficou preocupada com Regina, mas ela não podia fazer muita coisa, ela conversou com Gideon e Archie tentando descobrir o que mais além da mãe de Regina estava incomodando ela,  mas os  dois não sabiam mais que ela. Emma quis ir até Regina mas Archie pediu que ela não fosse, ele conhecia muito bem a amiga para saber que ela não ficaria feliz com uma surpresa, que pelo menos Emma avisasse antes. 

Os dias foram passando, Cora veio até Regina a mesma não quis saber da mãe, ela estava esgotada física e mentalmente, sua cabeça não parava, seu corpo não conseguia descansar, ela estava quase enlouquecendo, pensava que a qualquer momento iria explodir. Aquela tarde, Regina estava em uma reunião, e ela não se sentia bem  seu corpo estava frio, sua cabeça rodava, ela sentou se e pediu para um de seus colegas terminar a reunião, o rapaz olhou para ela e se assustou com sua palidez, mas antes que ele consiga falar algo, segurou a mulher sobre a cadeira, Regina estava desmaiada, ela foi levada para o hospital, e lá fizeram alguns exames, e colocaram ela no soro, afinal precisava se hidratar. Uma enfermeira se aproximou da sua cama para checar se ela estava bem, e achou um tanto intrigante seu sobrenome, ela chamou o médico, o qual logo entrou no quarto, e disse: — Está tudo bem com a paciente? 

Foi quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora