Foi quase sem querer

Eu não vou deixar você!

Emma caminhava de lado para o outro, seu nervosismo era quase palpável, sua mãe foi até ela e fez com que a mesma comesse e bebesse algo, porque desde cedo ela não comia nada, nervosa pela cirurgia de Regina. 

— Emma minha filha fica mais calma, está deixando todo mundo nervoso. Mary disse, abraçando a filha de lado. 

— Todo mundo, menos a Cora...como pode uma mãe estar tão calma, quando a filha está aberta em uma mesa. Emma disse fuzilando Cora, a qual continuou com a cabeça baixa, evitando olhar para ela. 

— Família de Regina Mills? 

Emma ao ouvir o médico chamando o nome da morena, literalmente correu até ele, e disse: — Então doutor como tá ela? 

— A cirurgia correu bem, logo vamos encaminhar ela para o quarto, e vocês podem ir vela, mas no máximo dois por vez, para não cansar a paciente. 

Emma concorda com o que o médico disse, e observou Cora se aproximar do médico, e dizer:

— Então doutor,e meu filho, o que vai receber o órgão? 

— Bom, ele ainda está em cirurgia, assim que o retiramos o rim da sua filha, imediatamente ele foi direcionado para sala de cirurgia do menino, então acredito que vá demorar um pouco ainda,mas não se preocupe seus filhos são fortes, e os dois ficaram bem. 

— Ok doutor vou ficar aguardando por notícias. 

Após algum tempo, depois da saída do médico, uma enfermeira apareceu chamando pelo nome de Emma. 

— Emma Swan! sou eu. Disse ao eu ouvir seu nome. 

— A senhora, Mills está chamando. 

— Mãe quer entrar comigo? 

Emma disse se levantando, e olhando para mãe. 

— Não meu amor pode ir você, terei muito tempo ainda para ver  ela. Mary disse sorrindo gentil. 

— Moça, e eu ela chamou? Cora Mills, sua mãe! Cora disse se levantando. 

— Não senhora ela apenas requisitou a  presença de Emma! 

Emma nada disse apenas, acompanhou a enfermeira, para ela era difícil acreditar em qualquer preocupação sincera da parte de Cora, principalmente depois de tudo que Regina havia contado. Ao chegar na porta do quarto, ela pode ver um sorriso genuíno, nos lábios da morena, assim que notou sua presença, esticou sua mão para que ela se aproximasse, a mulher logo atrás dela disse: — Senhora precisa se higienizar primeiro, mesmo sendo um quarto particular, ainda é UTI então lave as mãos e passe o álcool, depois pode entrar. Emma concordou e fez o que a enfermeira pediu,ela não queria que Regina corresse nenhum risco, mesmo pequeno. Voltou para o quarto, e se aproximou da cama, ficando ao lado da morena, que sorriu e disse: 

— Está aqui desde cedo?! 

— Sim,eu não sai enquanto não recebi notícias suas, e pude vir te ver é claro. Disse segurando timidamente a mão da mulher. 

— Emma não vou quebrar pode segurar minha mão com vontade!— Disse e sorriu, logo foi com a mão no abdômen.— Aí, acho que você não vai poder me contar piadas por esses dias. 

— Sorte a sua que eu não sei contar piadas. Disse apertando um pouco mais forte a mão de Regina. 

— Todo mundo sabe contar, nem que seja uma piada ruim.— Regina disse sorrindo de leve. — Agora estou curiosa para ouvir você contando piadas. 

Emma pensou um pouco e disse: — Se eu contar, você promete que não ri? 

— Olha é a primeira vez que ouço uma proposta como esta, e sim eu prometo tentar. 

Emma pensou um pouco, tentava lembrar de alguma piada, e apenas duas lhe veio a cabeça,e ela disse: — Eu lembrei apenas de duas! 

— Então conta as duas. 

— Ok, é assim...tinha uma mulher loira dentro de uma canoa, ela remava, e remava, de um lado do outro, mas não saia do lugar, uma outra loira passava na calçada, e gritou." É por causa de pessoas como você, que nós loiras somos tão mal faladas, e eu só não vou aí te dar uns bons tapas, porque não sei nadar. 

— Essa piada é horrível. — Regina disse, e começou a rir, tentando controlar sua risada que lhe causava dor. — Emma você é loira, e conta isso, vai conta a outra, pra eu escolher qual é pior. 

— Que bom que eu te faço feliz, mas se controle.— Disse se sentando na beirada da cama.— Tinha um homem, que estava em pé de frente para cerca de uma fazenda, ela fazia xixi, e dizia. " Como é bom, mijar no que é da gente!" Um outro homem se aproximou e disse sério. " Como assim no que é da gente? Essa fazenda é minha" o  homem virou para ele, mostrando que estava bêbado e disse sorrindo." Que sua fazenda o quê, estou falando das minhas botas!" 

Regina começou a sorrir muito, Emma sorriu junto e disse: — Regina essas piadas são horríveis, como pode achar tanta graça?! 

— São os efeitos dos medicamentos, e anestesia que ainda está no organismo dela.— Disse a mulher que passou pela porta assustando, as duas. — E você não deveria fazer ela sorrir assim, pare ou terei que pedir que se retire! 

Regina ao ouvir ficou séria e disse: — Não por favor, ela não vai mais contar piadas ruins. 

— Senhora gostaria de saber se sua mãe será sua acompanhante? A enfermeira perguntou. 

— Não ela não vai ficar comigo! Regina disse triste. 

— Então quem irá? Só preciso para colocar no relatório, e se. 

— Eu, eu vou.— Emma disse interrompendo a enfermeira, e virando para Regina. —  Eu não vou deixar você sozinha, não se preocupe com nada.  

Regina não pode protestar, e não quis já que estava adorando a loira ali com ela, a enfermeira pegou os dados de Emma, e logo saiu do quarto. Após quase uma hora naquele quarto Emma já dava sinais de seu cansaço, Regina que tinha acorda a poucos minutos disse: — Emma tudo bem você ficar aqui, mas precisava descansar um pouco! 

— Eu estou cansada sim, mas estou ótima não se preocupe. 

— Regina tem razão minha filha, vá que eu fico com ela. Mary disse entrando no quarto. 

Emma após, algumas insistência, das duas ela cedeu, e foi para casa, pelo menos para tomar um banho. Após sua saída, Mary ficou conversando com Regina. — Parece serena, cansada um pouco, mas tem certa calma nos seus olhos! Mary disse sorrindo. 

— É que eu me sinto bem!... Sabe ter ajudado aquele garoto, que eu mal conheço, me deixou mais leve. Mas, e ele teve notícias? 

Mary sorriu e disse: — Sim, a cirurgia foi um sucesso, e ele já está no quarto, depois se você quiser eu te levo lá, está em um aqui quase em frente. 

— É eu fico feliz! Regina disse, e seu semblante mudou para algo mais triste, ao ver sua mãe passar em frente ao seu quarto, e se quer olhar  para o mesmo.