Me perdoa?

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Regina estava na exposição na galeria de Londres, quando escutou seu nome, aquela voz fez seu corpo todo se arrepiar, e suas mãos tremerem, ela pensou que fosse desmaiar, não queria acreditar, que aquela voz fosse dela, a mulher que mais fez ela sofrer nesse mundo. 

— Regina! A mulher chamou novamente.

Ainda de costas ela sentiu a mão em seu ombro, não queria se virar, porque sabia que assim que olhasse nos olhos daquela mulher, a qual insistia em chamar  o seu nome, ela iria desmoronar ali mesmo. " Não vou chorar,não vou chorar" Pensou enquanto se vira de frente para a mulher, a qual sorriu gentil para ela. Regina pensava que se não conhecesse muito bem a mulher que sorria para ela, até se deixaria enganar pelo sorriso gentil em seus lábios. 

— Regina quase não reconheço você, está tão! tão! 

— Adulta... Adulta! — Suspirou fundo. — Cora. 

— Você está linda.

—  Obrigada, mas o que faz aqui? 

— Eu vi seu nome na revista, e quis vir te ver. 

— Sério mesmo?! 

— É claro Regina, você é minha filha! 

— Acho que não! Mas fique a vontade, eu já fiz tudo que tinha que fazer aqui. 

— Regina. 

Cora chamou mas Regina apenas continuou a andar, mesmo que seu desejo fosse confrontar sua mãe alí mesmo, ela sabia que não podia,e não iria conseguir, ver aquela mulher, a fez  lembrar de toda dor que já sentiu. Mas ela sabia que não queria nem podia conversar com Cora, então deu algumas instruções para os funcionários da galeria, e foi embora direto para casa que a empresa alugou para ela. 

 No outro dia bem cedo, Regina não queria se levantar, aquela cidade era fria demais, seus pés estavam gelados ela pensou em correr no parque,mas frio do jeito que estava ela não teve coragem nem de abrir a porta do quarto, voltou para debaixo das cobertas e acabou dormindo novamente. Acordou assustada com o tocar frenético da campanhia, se levantou rápido, vestiu algo mais quente e foi abrir a porta, nesse momento ela se arrenpdeu de não ter olhado pelo olho mágico. Engoliu seco e disse: — Cora?!O que faz aqui? 

— Eu trouxe rosquinhas, por favor me deixa entrar estou com muito frio.— Disse tremendo. 

Regina suspirou e disse:
— Melhor você voltar pra sua casa Cora! 

— Eu não posso! Enquanto não me ouvir...Regina sou sua mãe! 

— Agora se lembra de mim! O que aconteceu perdeu a memória durante todos esses anos?

— Perdi. 

— O que ? 

— Isso mesmo que ouviu,vai me deixa entrar. 

Regina estava com muito frio já estava incomodando. Das duas uma ou ela deixava a mulher entrar ou batia a porta na sua cara, e Regina foi muito bem educada, e sabia que a mulher não deixaria ela em paz. Deu passagem para ela. 

— Obrigada filha. 

— O que quer? Por que eu não acredito que perdeu a memória! 

— Eu só quero falar com você pedir perdão. — Cora disse olhando para Regina, e observou a pequena cicatriz por cima de  seu lábio. — Ficou bem pequena! 

Regina levou a mão até a boca tampando a cicatriz. 

— Não cubra, ela te deu um certo charme. Disse se aproximando dela. 

Foi quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora