Capítulo 12

92 22 3
                                    

27/05/**

Sinto que minha cabeça vai explodir a qualquer momento. Eu não sei como fui deixar isso acontecer. Eu saí por três semanas e uma avalanche de problemas se acumulou em minha porta. Não sei como reverter isso se não a vendendo.
Mas devo correr o risco de ser vítima de um golpe?
Devo dar uma chance ao Senhor e a Senhora Perry?

Por que, Mike, por que você não me conta o que seus amados pais estão aprontando?

Será se devo ir nesse encontro?

Sinceramente, não sei o que fazer...
(Logo abaixo, com um círculo, um desenho sombrio e alguns números).

Terminando de ler o que pareceu um pedido de ajuda, Halley guardou o caderno de volta no baú.

— E então? — Jungkook quem perguntou. Estava encostado na parede do quarto enquanto observava Rowgson empurrar o baú para baixo de sua cama. Seu dedo já tinha um curativo mal feito, mas o suficiente para impedir que sangue escapasse.

Halley olhou para ele, mas não disse nada por uns segundos.

— Talvez... os pais dos Mike não sejam confiáveis. — sua voz soa um pouco carregada, mas foi mais para si mesma do que para ele. — Era isso que queria que eu soubesse?

— O curativo. — falou Jungkook, acrescentando que podia fazer um novo para ela. — Esse está mal feito.

Halley deu uma olhada discreta em direção à ele, sem paciência para discussões ou para tentar iniciar uma conversa.

— Às vezes eu penso que você está aqui porque vai me ajudar, é o que quero acreditar. Mas não precisa de muito pra saber que você não vai, não. Você nem sequer se importa.

Jungkook olhou para baixo e balançou minimamente a cabeça, dizendo num tom culpado:

— Eu estar aqui já quer dizer que me importo.

— Não se importa, não. Porque se importasse, Kookie, já teria...

— Se for pra me julgar sem saber de nada, não me chame desse nome... risível.

— Rá! — debochou Halley. — Pensa que eu não sei que você gosta, Kookie?

— Aigoo!

— Aigo o caramba! — e ela já ia até a sua cama, jogando no chão algumas daquelas almofadas antes de se deitar. — E não fica me olhando com essa cara não. Não tá me assustando. E se que saber, tá bem fofo.

— Fo... Fofo?! — ele pareceu ofendido. — Está me ofendendo, Halley?

— Desliga o abajur aí, por favor. — disse ela por baixo da coberta, com somente o nariz para o lado de fora.
— E sim, tô te ofendendo.

— Aish! — resmungou, mas em seguida pigarreou enrijecendo o tronco, dizendo em um tom que era para ser educado: — Fiz o seu jantar.

— Você, o quê?! — Halley gritou perplexa, e o lençol foi parar bem longe da cama.

BEWITCHED • JEON JUNGKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora