BEWITCHED • JEON JUNGKOOK

Capítulo 24

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Halley não foi capaz de mover um só músculo, nem piscar ela teve coragem, pois aquilo poderia dissipar a fraca ilusão que estava tendo. Kookie diante de seus olhos, enfermo mas vivo. Era uma ilusão, certo?

— Não vai entrar?

Ouvir a voz da garota foi como levar um choque. Choque de realidade. Seus olhos ardiam, seu peito implorava por ar, a garganta doía. De repente, não sentia o chão sob seus pés. Não conseguia falar. Não conseguia reagir em nada. Mas estava feliz.

Um lágrima abandonou seus olhos. E aquilo a fez piscar várias vezes. Kookie ainda estava lá.

Segurou firme no batente e engoliu saliva com dificuldade, finalmente conseguindo esboçar a primeira reação: um sorriso com milhões de palavras.

Foi como ver alguém que ama depois de muito tempo longe.

Halley correu até ele como se ele fosse sumir a qualquer momento, e se ajoelhou em sua frente pondo as mãos sobre seu rosto conferindo se era mesmo ele ali ou se era só uma ilusão. Sua ação até assustou a garota Anne que optou por não dizer nada, já que estava bem claro que ela de alguma forma o conhecia.

Halley tocou seu rosto, suas bochechas pálidas, depois as mãos, os braços, em seguida quis tirar o lençol para ver seu torso, mas desistiu quando viu que ele estava sem camisa. Olhou para Anne e sua voz falhou na primeira palava, precisando ter que esperar um pouco para conseguir continuar:

— Consegue ver ele?

Anne franziu o cenho obviamente respondendo que sim, desconfiada do que estava presenciando.

Rowgson fechou os olhos agradecendo internamente por isso, muito aliviada.

Ele não era mais um fant...

Ninguém mais a veria conversando com o nada. Agora vai poder pedir desculpas a ele, pois era por culpa sua que ele estava fora de seu corpo agindo como se tivesse morrido. Precisava saber qual era o real estado de seu corpo. Precisava fazer com que ele voltasse para ele e acordasse, para que ela pudesse lhe pedir perdão cara a cara.

Será que ele a perdoaria? Será que acordaria?

A primeira pergunta é difícil de responder; a segunda tem sua resposta positiva: ele vai acordar. Vai acordar, porém não será o Kookie ali.

Não será ele.

— Tá chorando? — indagou Anne, ouvindo Rowgson fungar em seguida. Halley limpou os resquícios de lágrimas e forçou um sorriso olhando para ela por cima do ombro. Disfarçando.

— Ele é meu... amigo. Estava desaparecido e acabei de encontrá-lo. Mas não sei se fico feliz ou se me preocupo...

— Seu amigo? — Halley respondeu que sim, retornando a buscar algum sinal de machucado no corpo do rapaz. Felizmente, nada. — E eu que não acreditava em coincidência...

— Há quanto tempo ele tá aqui?

— Uns dois meses, talvez?

— Tudo isso? — murmurou perplexa. — Não, não. Vou levá-lo daqui. Ele precisa ir para o hospital, precisa fazer exames pra saber se tem algum--

Anne a interrompeu, com algo que a deixou indignada:

— Sinto muito, Halley, mas nem você nem ninguém pode levar ele daqui.

— O quê?! — Halley disse, talvez alto demais, se erguendo do chão para encarar a garota. — Ele tá mal e não pode continuar aqui, isso só vai piorar ainda mais o estad---