Capítulo 18

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Rowgson já estava arrependida de ter vindo.

Queria poder voltar atrás ou que Kookie estivesse aqui ao seu lado para lhe dar mais confiança. Mas ele desapareceu antes que ela pudesse pedir para que ele a acompanhasse, ciente que receberia um não ou vácuo.

A mulher já estava em frente àquele edifício lustroso, olhando para ele e se perguntado para onde foi toda aquela coragem que exibiu para o Kookie a pouco.

Queria voltar para casa e se trancar no quarto à espera do milagre que a tiraria daquela situação. Queria estar com ele porque, na presença dele ela teve coragem, teve determinação, e a vontade de fazer barraco, no entanto tudo evaporou quando ela saiu do apartamento. O que era muito estranho.

Pensava sobre isso já dentro do elevador rumo ao andar que Mike uma vez lhe disse que era o correto. Sua sorte que ainda se lembrava de quando ele lhe mostrou o prédio aquele dia, de quando lhe ensinou em resumo como funcionava cada setor, principalmente quando lhe mostrou como usar o elevador.

Quando chegou em seu destino pensou em desistir, porém foi impedida por forças desconhecidas de recuar. Procurou pelo rosto de Mike entre os desconhecidos; todos estavam bem ocupados digitando, lendo e relendo uns papéis, andando de lá para cá, atendendo os telefonemas. Era um ambiente nada saudável para alguém como ela, que foi logo correndo pedir informação a alguém antes que ficasse maluca.

E não demorou nadinha. Ela já estava andando pelo corredor que a levaria até o seu escritório, reclamando a todo momento daqueles benditos tênis que apertavam os seus dedinhos enquanto queria saber o porquê de Mike estar em sua sala.
Não ouviu errado, foi o que a mulher falou.


" Ele está no seu escritório", informou a loira a quem Halley pediu informação.

" — No meu escritório, por quê?"

" Ele está lá desde sua ausência, Senhorita Rowgson. Posso ajudá-la em algo mais?"

Halley se negou a acreditar. Mike havia dito que já estava cuidando da editora quando ela sumiu, porém ela não imaginava que ele fosse ocupar o seu lugar. Sentiu algo estranho, não sabia explicar, mas sentiu. Revolta.

De longe, viu a mesa da secretária vazia e sentiu um frio na barriga, levando seus olhos até a porta do seu escritório. Pensou em esperar caso ele estivesse em reunião ou sabe-se lá o quê, mas então pensou: "eu sou a dona daqui, posso interromper se eu quiser."

E foi o que ela fez. Colocou a mão na maçaneta da porta conferindo se estava destrancada e só depois de um pouco de relutância, a abriu. Halley ouviu risadas, ouviu os estalos de beijos molhados, até pensou em ter ouvido um gemido, mas só entendeu o que acontecia quando olhou mais à frente.

— Não acredito — sussurou.

A primeira coisa que seus olhos capturaram foram as costas magras de uma mulher e mãos grandes segurando-a com firmeza. Eles estavam de roupas, mas faltava bem pouco para as lançarem longe.

Rowgson não soube nem o que dizer e como reagir, e esse seu silêncio só fez com que eles pensassem que ainda estavam sozinhos e continuassem com aquela pegação sem pausas para respirar. Joyce o beijava com tanta vontade, nem deixava o homem respirar direito.

E pensar que ela também já o beijou daquela maneira. Várias e várias vezes. 

Negou com a cabeça.

BEWITCHED • JEON JUNGKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora