Capítulo 13

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07 de setembro.

Estava um silêncio no ar, mas um silêncio confortável. Era como se ambos vivessem juntos naquele apartamento há muito tempo.

— Leva dinheiro — JungKook sugeriu. Estava deitado no sofá da sala, admirando as próprias mãos.

Rowgson estava na cozinha, seus cotovelos apoiados sobre o balcão de mármore. Tomava café com leite e comia alguns biscoitos enquanto lia aquele livro que recebeu da senhora Marilyn Perry.

— E eu nem te disse que ia sair.

— Mas você está arrumada. Eu acho que tá.

— Acha? — Halley se desencostou do balcão para olhar para si mesma. Desanimou. — Tá tão ruim assim?

— Falta cor — Ele sorri divertido, seu corpo recebe a ordem e fica sentado numa posição confortável para a coluna machucada. — Você gosta de preto. Já pensou em combinar com um vermelho? Ou branco? E que tal um azulzinho?

Halley azedou a cara.

— Tá querendo me irritar, não tá? Ah, mas não vai, Kookie. Mas não vai, mesmo. Hoje, não.

— O jeito que você fala... — ele estala a língua no seu da boca, decepcionado. — Quer saber de uma coisa? Minha intenção não foi te irritar. Só fiz uma sugestão. Eu não sou um cara mal, Halley.

Rowgson riu ao lembrar daquele pesadelo, do momento em que as mãozinhas dele lhe empurravam lá de cima.

— Você me empurrava de um penhasco — ela enfatiza. — E olha, espero mesmo que esse pesadelo não seja um aviso.

Jungkook suspirou a fitando brandamente, mas com ar de reprovação.

— Você está me confundindo.

— Confundindo?

— De novo.

— Será que pode me expli...

— Não ia sair?

Halley ficou inconformada, mas deixou quieto. Lavou a xícara e o pires, enxugou a mão e pegou as chaves, saindo do apartamento.

Do lado de fora, antes de dar o primeiro passo, ela ouviu algo que a deixou meio para baixo.

[...]

Rowgson enfiou suas mãos nos bolsos do casaco e partiu mesmo que não tivesse uma direção. Ela não sabia para onde ir, mas estava sentindo que tinha que ir. Então, antes que fosse para o lado esquerdo, virou para o direito. Iria para o centro da cidade.

Depois de muito andar, a mulher finalmente desacelerou seus passos.
Ela estava ouvindo naquela barulheira toda da cidade uma melodia bem agradável. E quis saber de onde vinha.

Em frente uma floricultura, ela viu a cabeleira ruiva. A garota estava sentada em um pequeno banquinho e segurava um violão. Ela cantava também, mas sua voz era quase inaudível. Halley teve que se aproximar mais para tentar ouvir.

BEWITCHED • JEON JUNGKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora