Suficientemente discretos, eles passaram por despercebidos em grande parte do caminho que precisavam percorrer até a praça, onde o movimento de pessoas crescia cada vez que se aproximavam mais, mesmo tendo alguns cujo os hábitos não haviam mudado em nada; seus comércios jaziam abertos, sua caminhada pela manhã prosseguia como sempre.
Mas quando chegaram aos limites da praça, porém, a decepção os cercou e fez com que os três parassem de correr.
— Não — lamuriou Valentin. — Chegamos tarde.
— Para onde podem ter ido?
Não havia mais nada, nem ninguém. Tudo estava deserto, como se nunca tivesse havido uma movimentação do Oficio tão grande quanto aquela daquele dia.
— Estão em muitos, podemos nos separar e encontrar o grupo.
— Eu concordo.
— Eu também — mesmo certa do que tinha visto, Innamabel não poderia prever que aquilo aconteceria, por isso precisou correr, no sentido oposto ao dos companheiros pela cidade.
Aquilo a lembrava da infância também. Quando corria pela rua do comercio e fugia da irmã mais velha, se divertindo entre as barracas cheias de guloseimas e frutas bem frescas, além dos brinquedos de madeira que tanto gostava.
No entanto, a sua própria incursão havia sido em vão quando, duas horas depois, ainda não havia notado nada. E isso por ter ousado espiar pela porta de algumas igrejas, tentar notar algo no comportamento das pessoas.
Mas nada.
Foi como se eles tivessem desaparecido no ar.
E aquilo a desacreditou de que encontraria algo mais. No fim, quando reencontrou os companheiros no mesmo lugar de onde haviam saído, Valentin estava estupefato pelo o que tinha acontecido.
— Eu não entendo — disse ele, desgostoso. — Como podem ter desaparecido! Eles tinham que estar em algum lugar! Ninguém desaparece assim do nada, sobretudo estando em um grupo.
— Acalme-se, Valentin. Talvez tenhamos perdido algo, algum detalhe, algum lugar que não tenhamos vasculhado. Inna, você viu ou ouviu algo mais durante a aglomeração?
— Não! Tudo o que vi foi a glorificação do Senhor diante a obra daqueles feiticeiros.
— Não pode ser um ritual de sacrifício — supus Dália.
— Eles não teriam todo esse trabalho para depois expor sua obra diante de todo o vilarejo. Seriam discretos.
— Eles falavam em purificação.
— São virgens, certamente não se entregariam a quaisquer homens.
— A não ser que o intuito não seja entrega-las, mas sim usa-las como parte de algum feitiço.
— Mas para o que precisariam de seres humanos? — perguntou a jovem.
— Para descobrir algo sobre o Sigilo de Agamir.
— A senhora Gertruida é capaz de realizar feitiços, não?
— Alguns... por quê?
— Por que não indagamos sua capacidade de localizar os feiticeiros?
— É uma boa ideia. Retornamos ao convento.
— Vão indo na frente, encontrarei minha irmã para saber como está e precavê-la de quaisquer eventuais intemperes.
Mesmo com a cabeça cheia de preocupação, a jovem não parou sequer um segundo de olhar ao redor por todo o caminho que traçou de volta para casa. Sabia ela que qualquer coisa que pudesse flagrar naquele momento seria mais útil do que, de repente, pensou ela, ter deixado a procissão tão às pressas ao invés de ficar para descobrir mais!
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Sirus: Os Outros Vampiros (Vencedor #TheWattys2020)
Vampire[VENCEDOR DO PRÊMIO #THEWATTYS2020 EM PARANORMAL!] Infeliz em vida e atormentada na morte, Innamabel Gertsner reencarnou, trazida por forças das trevas, após o seu fim precoce e misterioso que pode estar ligado a desavença com os homens da sua vida...