[42] O SACRIFICIO NOBRE

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Taú e Dália esforçaram ainda mais, mas os príncipes eram incomensuravelmente mais fortes e com um rugido demoníaco, todos foram soprados para trás e reprimidos, assim como a carne de seus ossos foi parcialmente separada.

A Corrente se desfez e quando menos esperavam, viram quando a grande espada se lançou desde o chão, girando descontrolada. Innamabel se arrastou, mas quando deu por conta, os ventos úmidos e afiados que laceravam os seus olhos e sua pele amenizaram e ela viu quando a sua frente, Taú caiu ajoelhado e ouviu-se uma risada a frente.

Ela se arrastou, com a pele esfolada. Os companheiros os notaram, mas nada poderia ser feito.

— Não — murmurou ela.

— Não... — Valentin mordeu os lábios até que sangrassem.

Ele olhou para cima e pressionou a lamina, gemendo baixo.

— Vocês veem — começou o príncipe. — Servos de Huru não conhecem a morte... adoram-na como seu príncipe.

— Não há sofrimento, nem lagrimas, nem dor — completou a princesa, dando um único passo à frente.

— Taú – Valentin tocou-lhe o rosto.

— Você... você me salvou — disse Innamabel.

Ele engoliu em seco, tendo ele pulado na frente da espada mortal que a atingiria em cheio naquele instante.

— Você... é digna... da vitória... Innamabel.

Ela sentia que choraria a qualquer instante, mas quando a emanação de poder cresceu quando o príncipe ergueu a Cabaça e ela flutuou, liberando através de sua tampa uma sombra densa que foi aspirada pelos príncipes, eles se puseram em alerta. Eles riram e ergueram as mãos, bem quando uma aura branca se ergueu de seus corpos como flamas intensas e os dois uniram as mãos, transformando-os em outra coisa, ainda mais abominável do que o que estavam a ver a sua frente.

Valentin pôs-se de pé, enquanto que Innamabel segurou o cabo da espada e muito dolorosamente a removeu do corpo de Taú, que guinou antes de, ouvindo o choro de Dália, tornasse ao pó em um amontoado de chamas.

Ela esfregou os olhos e ladeou com Valentin, arfando pelo nariz enquanto viam a criatura surgia a sua frente.

Uma quimera; uma criatura hibrida com cabeça e anca de leão e uma cabeça de dragão e uma cauda de cobra, trajado em pelos laranjas vibrantes que mais se pareciam agulhas.

— Por Taú — ela rogou.

Dália aproximou-se também.

— Por Taú — disse, afetadamente.

E os três marcharam contra a abominação que agora protegia a Cabaça que emanava sombras pelas suas bordas e essas sombras eram palpáveis, serviam de alimento para a grande quimera que cuspiu fogo aos seus pés, forçando-os a se espalhar e rodear a fera que acompanhou com um rugido. Valentin rolou quando ela usou as garras e golpeou por baixo. Dália deu a volta e o agarrou pela cauda, mas a tal cauda era uma grande serpente que sibilou e a mordeu no ombro, prontamente necrosando a sua pele.

Innamabel recolheu a amiga quando ela tropeçou para trás e afastou a cauda de cobra gingando a espada duas vezes. A quimera usou as duas patas e pulou sobre Valentin, estando agora próximo ao seu rosto, com seu terrível hálito, a terrível magia que sustentava ambos os príncipes dentro, dispostos a lutar pela vinda de seu rei.

Aproveitando-se daquilo, Dália içou a sua corrente e enlaçou a cauda de serpente para que, no instante seguinte, Innamabel a golpeasse por trás e pudesse lacera-la com um golpe preciso que fez sangue verde verter por todos os lados.

Sirus: Os Outros Vampiros (Vencedor #TheWattys2020)Onde histórias criam vida. Descubra agora