Epílogo 2. Felicidade/Gratidão

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~~ pov. Rafaella ~~

Passei duas semanas no Rio de Janeiro a trabalho, duas semanas fora de casa, duas semanas longe das minhas meninas. Foi a primeira vez que fiquei esse tempo sem vê-las, geralmente era um ou dois dias, dessa vez fiquei mais tempo para resolver tudo de uma vez e não precisaria tão cedo voltar lá. Estava a caminho de casa, quase chegando, prometi a Gizelly que iria pegar o carro sábado de manhã, mas eu estava com tanta saudade que eu sai de madrugada, no mínimo ela ia ficar brava comigo, mas eu não me importaria, pois até da sua marra eu estava com saudades.

Cheguei por volta das oito horas, estava tudo em silêncio, subi pro quarto e sorri só de ver a cena das duas dormindo iguaizinhas, era tanto amor por elas que não cabia em mim. Eu que tinha mania de algumas vezes deixar Aylla dormir com a gente, Gizelly dizia que não era o certo pois ela acostumaria mal, mas vê-las ali juntas era a prova de que até ela cedia às vezes.

Fui até a cama e me deitei ao lado de Gizelly que se mexeu com os meus movimentos, mas não acordou. Passei o braço pela sua cintura me encaixando em seu corpo e enfiei meu nariz em seu pescoço inalando seu cheiro que eu estava com tanta saudade.

Rafa:amor. sussurrei em seu ouvido e ela resmungou manhosa o que me faz rir, ela abriu os olhos sonolenta e me olhou com a cara de sono mais linda desse mundo.

Gizelly:isso é um sonho? perguntou.

Rafa:não, é real. respondi e depositei um beijo em seus lábios, imediatamente ela se sentou na cama.

Gizelly:quantas horas?

Rafa:oito e pouco.

Gizelly:você viajou de madrugada Rafaella? perguntou já fechando a cara.

Rafa:sai de lá duas e meia, eu não aguentei.

Gizelly:não gosto que você dirige de madrugada sozinha.

Rafa:eu sei, eu também não gosto, mas fica brava comigo não, é que eu não tava aguentando de saudade. falei fazendo um drama e no mesmo momento ela desmanchou a cara de brava para um sorriso e me abraçou.

Gizelly:eu também tava com saudade meu amor.

Rafa:me explica o porquê da Aylla tá dormindo aqui com você, sempre reclama comigo quando eu deixo ela aqui com a gente.

Gizelly:com nós duas é diferente, agora você não tava aqui, deixei ela dormir comigo pra suprir sua falta.

Rafa:aham, sei. ela apenas riu.

Pulei por cima dela para chegar até Aylla.

Rafa:meu Deus que saudade que a mamãe tava. falei dando um cheiro nela que se espreguiçou esfregando os olhinhos começando a rir.

Rafa:cê tá rindo? Cê tá rindo? Que saudade meu Deus. enchi ela de beijos e ela abriu os olhinhos sonolenta.

Aylla:mamãe. falou com um sorrisinho e eu a peguei no colo e a abracei forte tentando matar toda a saudade que estava dentro de mim.

Gizelly:ela falou tanto em você esses dias que você tava fora, sentiu muito a sua falta.

Rafa:cê tava com saudade da mamãe meu amor? perguntei e ela mexeu a cabeça em afirmação.

Rafa:mamãe também tava morrendo  de saudade de você meu neném. continuei fazendo um carinho nela sentindo seu cheirinho.

Gizelly:vem cá, deita aqui. pediu e eu prontamente me deitei em seu colo com Aylla sobre mim.

Ficamos um tempo ali em silêncio só aproveitando nosso momento em família. Apesar de ter conversado todos os dias com elas, eu pudia imaginar a falta de Aylla, ela era uma criança muito amorosa e apegada à nós duas, sempre tínhamos um momento nosso nos finais da tarde quando chegávamos do trabalho, nós três, talvez ela tenha sentido falta disso e agora eu só queria passar o final de semana agarradinha nas duas.

Rafa:vou tomar um banho antes que eu caio no sono. falei me levantando e deitando Aylla na cama que ainda estava sonolenta.

Gizelly:resolveu tudo por lá?

Rafa:sim, não preciso voltar por um tempo graças.

Gizelly:acho bom, porque se tivesse não sei se ia deixar não, odiei ficar longe de você. disse fazendo um bico que eu fiz questão de morder.

Me levantei e fui pro banheiro tomar um banho pra descansar o corpo. Quando sai as duas ainda estavam na cama, me vesti e me juntei a elas e ficamos mais um pouco de chamego.

Depois de fazer bastante hora na cama, nos levantamos e descemos pra cozinha, enquanto Gizelly preparava o café, eu arrumei o leite e coloquei na mamadeira a entregando pra Aylla tomar.

Rafa:vamos lá fora? ela assentiu já me dando os braços pra pegar ela e assim o fiz.

Aylla era apaixonada pelos cachorros, mas tinha um certo receio de Alfredo e Troi por serem maiores, mas aos poucos ela ia se acostumando com os  dois, ela gostava mais de brincar com Luna e Jackinho.

Me encaminhei até a porta que dava pra varanda e abri sendo atacada por Alfredo, só não fui ao chão porque segurei na porta.

Rafa:Alfredo. chamei sua atenção sem sucesso que continuou pulando em mim.

Fomos pra varanda e os outros três vieram correndo, consegui conquistar até Jackinho. Me sentei no balanço pra que Aylla tomasse seu leite, enquanto isso fazia um carinho nos doguinhos que já estavam mais calmos.

Após uns minutos Gizelly veio até nós com uma bandeja e a colocou sobre a mesa.

Gizelly:vem tomar café. disse se sentando.

Me levantei do balanço e me sentei ao seu lado à mesa com Aylla no colo, me servi e começamos a comer.

Rafa:tava com saudade do seu café.

Gizelly:só do café? perguntou um sorriso de lado, senti um tom de malícia.

Rafa:saudade de outras coisas também que vamo tá matando mais tarde. respondi na mesma proporção e ela riu.

Acabamos de tomar café e ajudei Gizelly a levar as coisas pra cozinha. Voltamos pra fora e ficamos um tempo brincando na área verde com Aylla e os cachorros, às vezes ela corria de Troi e Alfredo pro meu colo ou pro de Gizelly dando alta gargalhadas, eu amava ter esses momentos nos divertindo, não era preciso de muito, apenas no olhar e no sorriso dava pra ver o amor, a felicidade e a gratidão que ali tinha.

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Gente esse era pra ser o último capítulo, mas ia ficar muito grande, então mais tarde volto com o epílogo final. É isto.  😙

The Intensity Of That LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora