~~ pov. Gizelly ~~
Cheguei no Rio por volta das 15 horas da tarde, parei em um restaurante e comprei algo pra forrar o estômago, não parei no meio do caminho, eu queria chegar aqui logo. Assim que acabei de comer, fui pra delegacia, o delegado e alguns policiais estavam presentes, avistei também os pais e o advogado de defesa.
- Estávamos esperando você chegar, o acusado já conversou com o advogado de defesa, já confessou tudo e disse que tem algo a mostrar somente na sua presença, agora quero que me acompanhe. o delegado disse e eu assenti.
Fomos até uma sala onde ele estava sentado na mesa e eu juro, quando nossos olhares se encontraram eu quis cometer um crime de ódio. Sentei a sua frente e o advogado de defesa ao seu lado.
- Senhorita Bicalho pode dirigir-lhe as perguntas para esclarecer os fatos. o delegado disse.
- Lembrando que ele não é obrigado a responder o que não quiser. falou o defensor, o que não era mentira.
Gizelly:muito bem, por que você fez isso Daniel? perguntei olhando em seu olho e ele desviou o olhar ficando em silêncio.
Gizelly:foi homem o suficiente para empurrar uma grávida de uma escada, mas não é homem suficiente pra me encarar? falei cuspindo as palavras apontando o dedo na sua cara.
- Eu não vou aceitar você tratar o meu cliente com essa grosseria. disse interferindo-se no meio.
- Mantenha a calma senhorita Bicalho, ou vamos ter que parar as perguntas por aqui. assenti e respirei fundo mantendo a calma.
Gizelly:vai começar a falar quando? me referi ao repugnante que estava na minha frente de cabeça baixa.
Daniel:eu fiz sem pensar, mas também não era o combinado, era pra ser pior, mas eu não tive coragem, então entrei na loja e quando percebi que ela estava sozinha, empurrei ela da escada. confessou sem olhar nos meus olhos, eu queria voar nele, mas precisava me conter.
Gizelly:que combinado? Então tinha um plano.
Daniel:o plano era matar a Rafaella. ele respondeu e eu senti meu sangue ferver, pra mim não voar nele, eu me levantei e me afastei, o ódio me consumia por completo. Olhei pro delegado que me falava pra manter a calma.
Gizelly:o delegado disse que você tinha alguma coisa pra me mostrar, o que é?
Daniel:pode pegar meu celular? perguntou referindo ao delegado, que saiu da sala por alguns minutos e voltou com o celular que estava dentro de um saco plástico lacrado.
Daniel:eu exclui as conversas, mas tirei print de tudo, se desse merda pra mim e deu, não vou pagar por isso sozinho, aqui está a mandante. disse me entregando o celular e minha suspeita foi concretizada.
Gizelly:Marcela.
Daniel:ela não superou te perder, quando você se casou com a Rafaella ela meio que criou um ciúmes doentio, como ela era a obstreta de vocês, ela fingia de boazinha pra ganhar a confiança das duas, mas como não deu certo, ela surtou e jogou o trabalho sujo pra mim, no qual eu não me orgulho de ter feito, mas eu fiz porque eu a amo, mesmo não sendo recíproco e ela tá pouco se fodendo pra mim, ela ama você, e como ela não conseguiu ficar com você e sabia que não iria ter chances, ela quis tirar as pessoas mais importantes da sua vida, sua mulher e sua filha. ele falou tudo de uma vez e eu pude sentir meu estômago revirar.
Gizelly:isso basta pra mim.
Daniel:me perdoa Gizelly, eu sou um idiota.
Gizelly:ainda bem que sabe, e não existe perdão pro que você fez, que você apodreça na cadeia. sai dali pisando firme e o delegado me acompanhou.
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The Intensity Of That Love
Hayran KurguTalvez a gente se encontre, talvez o amor nos encontre. Talvez...