Irresistível Tentação

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Já estamos todos na enorme mesa que o buffet organizou, meus tios estão próximos conversando, Max e sua mãe também estão presentes pois descobri a alguns dias que sua mãe estudou com meu pai assim como Max e Dener. Coincidência... Ambos são ótimos amigos.

Durante o almoço meu pai agradeceu a todos por estarem ali, me apresentou para os amigos que ainda não me conheciam, disse que estava muito realizado e feliz pela minha presença e por meus tios que são seus grandes amigos até hoje. Mindy está ao meu lado a vejo sorrindo discretamente em direção ao Max que está em nossa frente ao lado de Dener. Olho para Dener e ele pisca muito rápido para mim.

Agora todos já almoçaram e seguem curtindo a companhia de cada um em conversas e risadas típicas de dia de natal. Todos muito felizes.

Pego meu celular e dígito. Minha mãe atende a chamada de vídeo depois de vários toques.

- Oi mãeeeeee.... Feliz natal denovoooo, só que agora quase que pessoalmente já que estamos nos vendo.

Então me dou conta da cara da minha mãe. Ela está na cama, coberta e com rosto rosado.

- Feliz natal, filha.

Ela diz com voz de doente.

- Mãe, você está doente?

- Sim, filha. Estou resfriada.

Ela diz, mas seus olhos... Não sei... Parecem mesmo é que ela estava chorando muito.

- Você está bem, mãe? Quem está cuidando de você?

- Estou bem, Briella, não se preocupe. Só um resfriado bobo. Não preciso de ninguém agora, filha. Eu me viro sozinha por enquanto.

Olho para suas feições faciais. Minha mãe está tão estranha, seu olhar vago e suas expressões é de que esconde algo. Mas não vou pressiona-la.

- Tudo bem,.Mãe. Liguei mesmo para dizer que sinto sua falta e que te amo muito.

Seus olhos parecem encher de água.

- Obrigada. Brie... Eu te amo e você me faz, muita falta também... Agora preciso desligar, tenho que ir ao banheiro. Manda um abraço para todos. Tchau. Beijos.

Ela desliga. Que estranho. Minha mãe ultimamente sempre usa uma desculpa para desligar tão rápido.

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Já é final da tarde e ainda estamos em clima de festa, os convidados já foram, tio Alvin também  por que alguns dos familiares da sua esposa chata moram em Austin e iam visitá-los antes de partir amanhã. Tio Arnon vai dormir aqui com Mindy. Agora estamos todos sentados em uma conversa agradável. Mindy conversa comigo as vezes, mas dedica maior parte do seu tempo em seu celular, ao que parece ela quer ser uma influencer pois acabou de me mostrar que tem quase 300 mil seguidores no Instagram. Papai, tio Arnon e Dener falam agora sobre estudos e a conversa se volta para o nome de Mindy.

- Sim, Leopold. Mindy vai  seguir os passos do tio por querer literatura e línguas.

Ele faz cara de deboche por que o que tio Arnon sonhava com uma dedicada executiva para sua renomada empresa em San Antonio.

- Fico feliz minha sobrinha.

- Quero passar o verão com vocês, tio. Tudo bem?

- Estaremos a disposição Mindy. A família de Ava sempre será minha família.

Os olhos de papai brilham mas observo que existe uma tristeza ali.

A atenção de tio Leopold se volta para Dener.

- Vejo que Dener é um ótimo garoto não é mesmo? Ser um universitário muitas vezes afastam essa garotada de conversas de velhos como nós.

- Sou muito grato por um sobrinho como esse aqui.

Papai fala e puxa Dener para um abraço de lado e tio Arnon sorri com ternura.

- Esse é o filho que a vida não te deu Leopold.

Percebo Dener ficar um pouco incomodado com a expressão do tio Arnon. Ele fica um pouco sem graça também e Mindy percebe.

- Ei, Dener. Quero conhecer o resto da casa. Já que vou passar o próximo verão aqui. Essa casa nova é muito top, tio. Vou fazer um tour para meus seguidores, posso?

- Sim, minha querida. Fique a vontade.

- Vamos, Briella. Vem com a gente.

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Já é tarde da noite. Após dar uma volta na casa com Mindy com ela gravando e postando em seu Instagram, Dener foi para seu quarto e disse que não queria jantar. Após um banho jantei com meu pai, meu tio, Mindy, Emma e tia Bet.

Agora já passa das onze e Dener ainda não apareceu. Ele ficou estranho depois do abraço do papai.

Fico impaciente por que sinto que Dener não está bem.

Agora estou em sua porta no corredor escuro, não sei se bato na porta, depois de meses ficando com Dener, nunca fui em seu quarto, ele sempre vai ao meu. Fico receosa por invadir o seu espaço, mas preciso saber por que ele não desceu para o jantar, por que não falou muito quando passamos o resto da tarde com Mindy e porque não respondeu minha mensagem agora pouco perguntando se ia me ver.

Suspiro fundo e toco na maçaneta, abro devagar para verificar se está trancada mas não está, abro e olho para dentro do quarto, está escuro, até a cortina está fechada. Procuro por Dener e ele não está. Entro mais um pouquinho para tentar entender como ele saiu e não me avisou?

Então a porta do banheiro é aberta e Dener sai de lá com a toalha na mão secando o cabelo e a parte de baixo nua.

AI MEU DEUSSSSSSSSSS.......
FICO SEM FALA... Coloco a mão na boca, Dener tira a toalha que cobria seu rosto e me vê.

- Aí meu Deus....... Me desculpa Denn....

Fico de boca aberta, andando de costas, procurando com as mãos para trás a porta para sair dali... Que vergonha.

Dener fica um pouco sem reação e começa a enrolar a toalha na cintura, mas um bendito tênis no chão me faz tropeçar e fico sem equilíbrio... Dener corre em minha direção, pega na minha cintura me impedindo de cair e seu corpo cola no meu.

Ele me olha no escuro e então sinto no meu fino pijama. Ambos olhamos para baixo entre nós e voltamos a olhar nos olhos agora, querendo achar engraçado.

- Opssss...

Digo apenas.

Dener quer sorrir, mas algo o impede.
Ele pega a toalha no chão e se afasta.
Em silêncio, vai até o guarda-roupa pega uma calça e vai até o banheiro. Não sei por que mais não consigo ir embora, Dener está muito estranho e preciso entender o que ele tem.

Meu Deus então me dou conta, eu vi Dener nu... Nu... Ai.... Se tem perfeição nesse mundo, aquela sim era uma... Faz calor nesse quarto meu Deus... Vou até a porta da varanda, abro as cortinas e um pouco da porta também.

- O que está fazendo, Brie?

- Abrindo as cortinas, Denn. Está calor aqui.

Ele não expressa nada.

- Desculpa invadir o seu quarto, amor.

Dener parece sentir dor. Seu olhar não é bom.

- Você não deveria ter vindo, Brie. Não estou em um bom momento.

Sinto sua frieza.

- Tudo bem, Denn. Já estou indo, desculpa.

Ele agora demonstra profunda tristeza.
Vou em direção a porta.
Então Denn me abraça pelas costas.

- Me desculpa, Brie. Não quero ser grosso com você. Só estou me sentindo muito culpado.

Me viro para olhar em sua olhos.

- Culpado? Por que Denn?

Continua....