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Briella

- VOCÊ ESTÁ DOIDA, MINHA FILHA?

Harper grita no meu ouvido logo cedo.
Dormi em sua casa depois da festa e estamos indo para o colégio em seu carro.

- Max ficou apreensivo no começo quando disse o que eu planejava. Mas aceitou, amiga. Preciso ter aquele p. De gostoso de volta, e agora de corpo e alma... mas pra ser sincera, o corpo dele me interessa 99% a mais.

Harper bate a mão no volante.

- Você sabe que tem a chance de perder esse p. De gostoso com essa brincadeira. Sabe disso, não é?

Sorriu com minha amiga louca e intensa. Que está quase arrancado o volante.

- Calma, amiga. Eu não vou pegar muito pesado, só quero que ele tenha um tratamento de choque.

- Ah... cala a boca Briella. Estou enjoada... você, ressaca, sono, colégio....

Harper fica com cara que vai vomitar. Ela para rapidamente fazendo um carro passar muito rápido por nós buzinando.  Ela desce xingando e vai direto para a calçada que por sorte é perto de uma lixeira. Ela vomita ali e eu passo para o volante. Ela volta depois de uns cinco minutos vomitando até as tripas.

- Eu assumo por aqui.

Ela senta no banco passageiro.

- Por isso eu não bebo. Me sinto ótima  depois de qualquer festa.

- Cala a boca e dirige, amiga. Não estou bem.

Sorriu. Harper é mesmo um amor. Solto uma risada alta e Harper resmunga.

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Já estamos no mês de Março. Como o tempo passa rápido.
Meu pai ja me perguntou qual a faculdade que eu vou cursar e o que sempre sonhei, foi decidido e meu pai concordou.

Max concordou em fingir estar ficando comigo mas disse que nossos amigos precisavam saber de tudo, pois sozinhos não íamos conseguir muita coisa. Teríamos que estar sempre nos pegando na frente deles para ninguém achar estranho, e como não queremos estragar nossa amizade e nem complicar ainda mais a amizade de Max e Dener, fizemos nossos amigos de testemunhas futuras. Então agora, todos nossos amigos  sabem de Dener e eu, e estão nos ajudando com essa farsa.

Nos últimos dias eu fingia uma raiva de Dener que ia passando gradativamente, para ele não desconfiar.
Durante esse tempo, ele voltou a me chamar de pirralha. E nas duas vezes que se referiu a mim foi com insultos.

O primeiro dia foi na garagem no horário que saímos para colégio e faculdade.
Já estava dentro do meu carro, colocando a chave na ignição. Dener bate na minha janela. Desço o vidro e espero ele falar.

- Quando você chegar, coloca seu carro mais distante do meu, pirralha. Está quase batendo no meu carro todos os dias.

- Está certo. Estou mesmo colocando muito perto, vou pedi para o meu namorado me dar umas aulas particulares.

Dener entra no carro bufando, bate a porta e sai da garagem, acelerando com rapidez.

Sorrio descontroladamente.

A segunda e última vez que Dener falou  comigo foi na academia do papai.

- Que merda...

Dener entra na academia sem camisa e com bermuda de tecido fino. Aí meu pai... quase perco a noção das pernas na minha corrida na esteira.

Irresistível TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora