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Briella

Sentimento de alegria, ansiedade e frustração tomam conta de mim. Estou acordada desde às sete da manhã, todos na casa ainda dormem.

Estou ansiosa para encontrar Dener. Nos beijamos por muitas horas no banheiro depois das melhores carícias da minha vida. Com outra pessoa tenho certeza que me sentiria envergonhada, mas com Dener foi tudo tão natural.

Ele me dá um selinho.

- Vou deixar você tomar um banho.

Diz, pega uma toalha, começa a se secar e sai.
Tomo banho ansiosa para encontra-lo no meu quarto.
Ao sair me decepciono. Olho para todos os lados e nem sinal de Dener ou das suas coisas. Ele se foi.

Fico chateada por alguns instantes mas penso positivo dessa vez. Ele deve ter ficado com medo de ser pego no meu quarto e causar uma confusão.

Agora estou na sala, inquieta esperando o momento que ele irá aparecer. 

Mexo no celular, deito, sento, fecho os olhos e levanto.

- Oi meu amor, bom dia...

Acho que cochilei um pouco. Acordo um pouco assustada, olhando para os lados.

- Ah, oi, pai. Bom dia.

Ele sorri e me analisa.

- Só isso? Que decepção é essa ao me ver?

Percebo minha grosseria.

- Não, paisinho lindo. Desculpa... Só acordei assustada. Desci muito cedo e todos ainda dormindo...

- Vem cá.

Ele me puxa para um abraço. Me solta um pouco e me olha.

- Está tudo bem, mesmo?

- Sim, paiii... Meu coração dispara!!! Ele chega na sala, ainda mais lindo, seu sorriso é discreto e seus olhos um pouco inchados.

Meu pai olha nos meus olhos e se vira.

- Bom dia, tio. Bom dia, Brie.

- Bom dia, filho.

- Buom diaa, Denn. Digo em meio a uma respiração pesada.

Quero tanto conversar com ele, saber como estamos, se estamos...

Meu pai me olha novamente e levanta.

- Temos muito trabalho, filho. Não quero passar o verão inteiro trabalhando, então, tomaremos café no escritório.

- Até mais tarde, minha linda. Ele beija minha cabeça e sai.

Dener se movimenta lentamente para acompanha-lo.
Respiro fundo.

- Dener?

Ele para e me olha naturalmente.

- Oii...

- Você está bem?

Ele não expressa nada em seu olhar.

- Sim. Estou bem.

Permaneço olhando para ele na tentativa de saber se lembra. Ele estava bêbado e não acordou no meu quarto.

- Preciso ir... seu pai está me esperando.

Ele se vira e sai.

Droga... o que acabou de acontecer? Dener não lembra... droga. Deito sem ânimo com as mãos no rosto.

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1 semana depois...

Meu celular toca. Corro para atender ainda com a escova na boca.

Irresistível TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora