Irresistível Tentação

- 66 -

Briella

O vento do carro conversível que Dener alugou me deixa com uma sensação de paz. Fecho os olhos e curto o momento.

Chegamos e a praia está tranquila, acho que a maioria das pessoas de férias nesse lugar acordaram de ressaca hoje. Sorrio dos meus pensamentos.

Dener carrega as cadeiras e uma bolsa que arrumei com algumas coisas que poderíamos precisar.

- O que é tão engraçado?

- Parece que a maioria das pessoas acordaram de ressaca hoje. Olha essa praia. Está praticamente vazia em pleno verão.

- Realmente. Ele sorri.

- Você não bebeu ontem? Por que não parece ter acordado com ressaca.

- E não acordei... não bebi muito. Como você eu sai cedo da festa. Ela ficou desinteressante depois que...

- Ali, Dener. Vamos ficar ali.

O corto evitando essa conversa.

Ele balança a cabeça sorrindo fracamente.

Arrumo as cadeiras e Dener abre o guarda-sol.

Sento, pego meu protetor e passo nos meus braços, Dener se aproxima tira a camisa e senta ao meu lado.

- Quer ajuda? Ele pergunta.

- Não precisa... digo me esforçando para passar em minhas costas.

- Vem, Brie. Deixa eu passar para você... ele diz sério como se quisesse me passar confiança.

Entrego o pote a ele e me viro. Suas mãos tocam minhas costas e uma onda eletrizante circula por todo meu corpo. Fecho os olhos por que quero sentir aquela sensação em um mundo que só existe nós dois. Suas mãos descem na altura da minha cintura e os movimentos me lembram tantas coisas... acorda Briella, não se entregue tão facilmente, sempre me decepciono depois...

Me viro rápido.

- Pronto. Já está ótimo. Digo rápido, colocando meu boné e deitando em seguida.

Não vejo a expressão dele por que fechei os olhos ao me encostar.

- Acho que também preciso de uma ajudinha aqui. Ele diz instantes depois.

Abro os olhos e ele está me estendendo o pote de protetor. Droga... isso é mais difícil do que eu pensava. Com certeza não foi uma boa idéia vir aqui sozinha com Dener.

- Eae? Vai me ajudar ou não? Ele olha de lado...

- Claro...

Ele olha para frente e eu analiso suas costas musculosa e linda.
Toco lentamente seus ombros o sinto enrijecer um pouco, faço movimentos lentos me aproveitando um pouco da situação. É tão bom toca-lo, é muito bom senti-lo. Certo que não foi boa idéia, mas até que gosto de estar com ele, não deveria gostar, mas...

Finalizo e volto para minha cadeira.

----

Almoçamos e cochilamos nas cadeiras, estávamos cansados da noite barulhenta e da manhã com os ressacados. Risos.