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Noah Urrea:
8//10
—☆—

Any estava distraída quando fui buscá-la em seu trabalho.

Já haviam se passado dez minutos que estávamos no apartamento em silêncio. Seu olhar estava perdido em um ponto fixo enquanto eu observava sua beleza.

- Any - a chamei após afirmar para mim mesmo que ela era a garota mais linda que eu já havia visto em toda minha vida.

- Oi - ela respondeu ainda encarando o nada. Dei risada e me sentei em seu lado no sofá.

- Você parece pensativa hoje.

Ela finalmente se virou para me encarar.

- Eu estou - ela afirmou, descansando suas costas no sofá.

- Sobre o que você está pensando? - perguntei esperando que fosse algo que envolvesse nós e poucas peças de roupas.

Nenhuma, na verdade.

Mas eu sabia que isso estava totalmente fora de cogitação.

- Sobre a faculdade. Eu preciso de mais um trabalho. - Ela suspirou, parecendo tensa.

- Pra quê? - perguntei franzindo as sobrancelhas.

Ela me observou como se a resposta fosse óbvia.

Ou como se eu fosse estúpido.

- Eu preciso de dinheiro pra pagar as mensalidades. Antes, eu só cobria metade delas e minha mãe, Amanda, a outra parte.

- Você sabe que pode me pedir dinheiro - eu comentei, puxando uma das mechas de seu cabelo.

- Eu não quero o seu dinheiro, Jacob.

Eu bufei.

- Eu sei, mas eu tenho o suficiente para pagar sua faculdade durante os próximos anos.

Desta vez, Any bufou. Eu nunca tinha visto ela fazer isso e eu quis dar risada.

Ela se virou para mim parecendo cansada e se levantou do sofá.

- Eu não quero depender de você. Eu não quero te usar para pagar as coisas para mim. Jacob, eu cresci em uma casa humilde, onde eu sempre tive que conquistar minhas próprias coisas e agora você está tentando simplesmente resolver tudo com a mágica do seu dinheiro. Eu sei que você tem bastante disso, e que provavelmente sempre teve tudo o que você quis, mas eu não tive nada disso - as palavras saíram de sua boca me acertando em cheio.

Eu fiquei em silêncio.

Eu realmente tinha tudo o que eu queria, eu nunca precisei pedir mais de duas vezes para ganhar alguma coisa de meus pais.

- Desculpa. Eu não sabia que você se sentia assim. Me desculpa - eu disse me levantando e indo em sua direção.

Passei meus braços ao redor de seus ombros e a abracei.

Ela estava tensa em meus braços e eu tracei uma linha imaginária em suas costas. Um momento depois ela relaxou e me abraçou de volta.

Eu nunca havia me sentido tão em casa.

IXI

- Cara, o que você fez? - Josh perguntou me balançando de um lado para o outro.
Me sentei na cama e observei o loiro parado ao meu lado. Suas sobrancelhas estavam erguidas, esperando uma resposta.

Eu estava com sono e Any havia dito que também queria dormir, mas em quartos separados. Não entendi, mas resolvi respeitar seu espaço.

- Como assim, porra?

Apenas mais uma {NOANY}Onde histórias criam vida. Descubra agora