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Any Gabrielly:

Minha cabeça latejava enquanto eu abria meus olhos. Minha boca estava completamente seca e eu estava me sentindo péssima, praticamente tudo doía.

A primeira coisa que notei quando me sentei na cama foi que eu não estava em casa.

A segunda foi a cômoda ao meu lado com um vaso preto de violetas.

Meu coração errou uma batida quando percebi aonde eu realmente estava.

O apartamento de Noah, eu conhecia aquele quarto, era o de visitas.

O que eu estava fazendo ali?

Eu não me lembrava.

Eu havia ido para o dormitório de Samantha, depois ela me ofereceu uma tragada daquele baseado e eu aceitei porque estava chateada e ela me prometeu que aliviaria a dor.

Cenas invadiram minha cabeça no próximo instante como flashes, preenchendo cada buraco que faltava em minha memória.

Nós nos beijamos. Eu beijei a Samantha.
Ela mandou um vídeo para o Noah.

Ele foi até lá.

Eu montei em cima dele, ele recusou então me levou embora.

Senti minhas bochechas arderem e me deitei novamente, querendo me esconder em baixo dos lençóis para sempre.

Depois de me recompor, resolvi me levar e ir até o banheiro que ficava no corredor. Eu lavei meu rosto e usei minha escova de dentes que ainda estava ali.

Meus cabelos estavam desgrenhados e eu tinha uma aparência péssima.

Me virei para sair mas acabei esbarrando no peito largo de Noah coberto de tinta.

Eu o encarei, os olhos verdes esmeraldas estavam surpresos, os cabelos castanhos apontados em todas as direção, eles pareciam maiores, ele bloqueou minha passagem, cruzando os braços.

- Bom dia, flor do dia.

- Bom dia - eu respondi desviando meus olhos para a parede e recuando alguns passos para trás, nós estávamos muito próximos.

Ele se aproximou novamente, franzindo a testa.

- Que foi? Por que você está se afastando?

Eu recuei novamente, batendo no vidro do box atrás de mim.

- Porque eu... Hum... É mais seguro - respondi por fim, pateticamente.

Ele sorriu arrogante, me deixando mais nervosa ainda.

- Eu gosto da proximidade. E aliás, eu não mordo.

Então ele se aproximou novamente, me encurralando completamente. Seus braços em cada lado de minha cabeça.

- Você pode me dar mais espaço? Por favor - eu pedi, tentando passar por ele numa tentativa falha.

- Não. Você não acha que já teve espaço demais? - ele perguntou, abaixando a cabeça e roçando o nariz pelo meu maxilar, até meu ombro. Quando seus lábios tocaram minha pele, ele a mordiscou levemente, enviando tremores por meu corpo.

- Talvez eu morda mesmo - ele concluiu, suas mãos deslizando por minha cintura, até os botões da minha calça jeans.

- Espera, Noah - eu pedi, o tom de voz ofegante. - Você não... Eu não quero.

Ele me encarou por alguns momentos e então se afastou.

- Está bem. Eu entendo. Mas se você não deixa eu te tocar, ao menos me deixe falar com você.

Apenas mais uma {NOANY}Onde histórias criam vida. Descubra agora