destiny | [AU] Adrinette

6

Um mês depois...

Tudo voltou a ser como era: ela tinha uma rotina de estudos à seguir, reuniões à comparecer, livros para ler e partidas de xadrez para ganhar.

Mas, era domingo. E, não era qualquer dia: era aniversário de Adrien, que estava, finalmente, completando seus dezessete.

Como surpresa, ela foi até seu quarto, levando um cupcake, que roubou da cozinha e um presente. Por ser filho do capitão da Guarda Real, ele e seus pais tinham seus quartos no segundo andar, que também continha vários cômodos para hóspedes.

Quando abriu a porta, ainda era seis e vinte da manhã, e o encontrou deitado em sua cama, de bruços, com o cobertor de sua cintura para baixo. E, a primeira coisa que reparou, é que ele estava sem camisa.

Suas costas tinham músculos definidos, que era, claramente, resultado de muitos anos de treino. Marinette pensou, enquanto tinha as bochechas vermelhas, que iria desistir da surpresa e poderia ir embora, mas se aproximou do loiro e sentou-se na beirada da cama.

Reparou na pele alva e em algumas pintas que tinha espalhada pela região nua. Também percebeu que havia uma série de sardas em suas bochechas, igual à dela, e que o cabelo dele nunca esteve tão bagunçado, mas também estava extremamente charmoso e atraente.

E, enfim, desistiu. Sabia que o relógio despertava as seis e meia nos domingos, que foi a informação que Nino Lahiffe lhe passou, para que ele fosse tomar café, treinar das sete até às oito da manhã, que era quando a princesa, normalmente, acordava nos finais de semana.

O admirou por mais um tempo, desejando poder ficar ali para sempre ou até que enjoasse de admirá-lo, mas aquilo parecia impossível ao seu olhar, e jurou que, com os detalhes que se esforçava para gravar, poderia desenhá-lo depois. Deixou o presente, que era uma espada nova, que era repleta de detalhes feito de ouro em seu punho, perto da antiga, a qual ele sempre usava, e o bolinho ao lado do relógio e saiu do quarto antes que o mesmo despertasse.

Encostou na parede na frente da porta, esperando que ele saísse do quarto e a visse o esperando. Depois de um tempo, do qual ficou repetindo a si mesma que poderia o ver daquele modo todas as manhãs, ouviu o despertador e sorriu. Se aproximou da porta e pousou a mão na maçaneta, mas se proibiu de girá-la e entrar.

Um tempo depois, ele saiu, dobrando uma das mangas da camisa branca, que usava para o treino, e tomou um leve susto ao vê-la. A princesa, sorrindo como uma boba, pulou nele e o abraçou fortemente, dizendo, alegre:

— Feliz aniversário, Adrien! — e lascou um beijo na bochecha do maior.

— Obrigado. — ele sorriu, sem jeito, e a abraçou. Então, ela voltou ao chão. — Então, foi você quem me deu a espada nova e deixou o bolinho perto do relógio?

—Você gostou? — perguntou, preocupada e se aproximou dele, terminando de dobrar a manga que o garoto começou e também fez o processo com a outra. — Eu pensei em várias coisas que pudesse dar à você, mas uma espada nova pareceu apropriado. Embora tenha pedido, também, uma roupa formal para que você possa usar nos bailes.

— A espada é perfeita, Marin. — ele a chamou pelo o apelido, do qual não usava a muito tempo, a deixando corada. Indicou para que começassem a andar e assim fizeram, lado a lado. — Vou usar para algo importante. Mas, a roupa?

— Sim! Eu achei que era bom te dar algo que você pudesse usar em uma noite importante. — ela olhou para seus pés por dois segundos, e então voltou à olhar por onde estava indo.  — Como o baile de aniversário do Príncipe Luka é no próximo mês...