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1 mês depois...

Ao todo, setecentos e trinta horas haviam sido completadas, fazendo com que quarenta e três mil e oitocentos minutos fossem, igualmente, concluídos. Ao pensar nisso, soube que havia passado dois milhões, quinhentos e noventa e dois mil segundos com Adrien à quilômetros de distância. Isso parecia a deixar cada vez mais deprimida, pois o tempo pareceu ter ficado mais longo e o vazio passou a se instalar por todo seu corpo.

Com Alya ao seu lado, que acabou ficando no palácio, e segundo a mesma seria por um tempo indeterminado, a felicidade vinha aos poucos, mas sempre desaparecia quando se encontrava sozinha. A morena sempre a mantinha ocupada, fazendo que os pensamentos se afastassem do guarda, mas não tinha outra conclusão: ela sentia falta daquele rapaz.

Determinada a tentar, pelo menos, fingir melhor que não estava se sentindo tão solitária quanto parecia, ela levantou de sua cama pela a manhã e se vestiu para a reunião que teria mais tarde. Ao ficar pronta, com um vestido simples de cotidiano, parou na frente de um tabuleiro de xadrez, do qual estava parado já havia um mês. Abriu um leve sorriso ao calcular, mais uma vez, os possíveis movimentos que poderia fazer quando o loiro voltasse. Tinha em sua mente quase todas as possíveis jogadas que seu adversário poderia realizar contra ela e todas terminavam com o xeque-mate do mesmo.

Prendeu o cabelo em um coque tradicional e colocou a pulseira que havia ganhado em seu aniversário de dezesseis antes de sair do quarto. Mais uma vez, encontrou Lila na porta, a desejou "bom dia" e saiu dali acompanhada por um guarda, que se curvou ao vê-la. Era a primeira vez que não se sentia muito desanimada pela a manhã e planejava cultivar isso.

Se dirigiu até o quarto onde Alya, sua melhor amiga, estava acomodada e entrou sem nem sequer bater, encontrando a morena terminando de se arrumar, que a olhou de modo assustado enquanto a mais baixa dizia, alegre:

— Bom dia, melhor amiga do mundo! Dormiu bem? — a Dupain abraçou a Césaire de modo animado e forte, fazendo a segunda rir, mas estranhando o humor de sua amiga.

— Estou bem, Mari. — respondeu, ainda no abraço da azulada. Quando a mesma soltou, ajudou a morena a arrumar o vestido. — Por que está tão animada?

— Porque hoje é um dia esplêndido. — respondeu, como se a informação fosse óbvia. Todo seu corpo dizia que era um dia especial e isso não deveria ser ignorado. — Hoje é dia vinte e seis de junho, ou seja, aniversário do... Adrien.

E a ficha caiu, assim como o entendimento do porquê o coração parecia estar tão aquecido desde quando acordara. Como poderia ter esquecido o aniversário de Adrien Agreste era a pergunta que não saia de sua mente. Se lembrou de como seus dias foram repletos de tarefas e dos quais sempre se encontrava desanimada e repleta de pensamentos, o que explicaria o fato de ter esquecido totalmente o aniversário do loiro.

— É hoje? — Alya perguntou, depois de um tempo em silêncio, do qual Marinette ficou absorta em seus pensamentos.

— Sim — respondeu, a palavra soando de forma solitária e um pouco fria. — Como eu pude esquecer algo dessa importância?

A morena segurou o rosto da princesa entre as palmas de suas mãos e a fez olhar para si. Naquele momento, as íris azuis tinham um brilho triste e Alya não queria que aquilo acontecesse, pois continuava sendo um dia feliz. Portanto, a mais alta abriu um sorriso gentil, que transbordava empatia, e disse:

destiny | [AU] AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora