destiny | [AU] Adrinette

20

Luka lhe dera um livro com uma clássica capa, o qual ela guardou com carinho, Alya lhe deu um belo diário e Gabriel e Emilie Agreste lhe deram um arco repleto de detalhes e uma aljava cheia de flechas. Quando estava indo para o quarto, Adrien lhe deu um pequeno vaso com um cacto extremamente adorável e lhe disse:

"Você sabe que é uma planta que requer pouca água. Pensei em lhe dar rosas mais uma vez, mas queria algo menos convencional. Agora você tem um cacto" ele disse, com um lindo e gracioso sorriso no rosto. Tanto a música, da qual ele havia tocado de uma forma linda para si, quanto a planta que ganhara, haviam sido os melhores presentes que poderia pensar em receber.

Agora, estava sentada em sua cama, olhando para o cacto, que se encontrava em cima de sua escrivaninha, de forma fixa, como se estivesse esperando algo que não iria vir de modo algum. Era uma planta especial que a fazia se recordar de Adrien e, talvez por esse motivo, ela amava tanto aquele presente.

Em um suspiro, se levantou e se arrumou sozinha, querendo fazer tudo sem a ajuda de Lila. Colocou um simples vestido, do qual não era repleto de detalhes e tinha a cor rosa claro e prendeu apenas as mechas frontais de seu cabelo em um rápido rabo de cavalo. Quando abriu a porta para sair, a criada havia acabado de chegar e, com o olhar repleto de espanto e um sorriso amarelo nos lábios, a desejou bom dia, o que foi retribuído por Marinette, que seguiu seu caminho, sendo acompanhada por um dos guardas que ficava na porta de seu quarto.

Não saia de sua cabeça que aquele dia, com um extremamente azul e limpo céu, demonstrando a primavera, estação preferida da princesa, com felicidade e esplendor, era o dia em que Adrien iria embora por um tempo indefinido; o céu não deveria esbanjar tanta alegria em um dia tão triste como aquele. Definitivamente, não queria que o guarda fosse embora e todo seu corpo parecia gritar e lhe dizer isso; já que, assim que o via ou olhava para sua mais nova planta, seu coração parecia parar, as mãos gelavam e ela sentia seu corpo imensamente vazio. Para si, já era dolorido o suficiente viver sem ele por perto, sendo que se encontravam no mesmo local; agora, ela viveria quilômetros de distância do mesmo e isso conseguia ser ainda mais assustador.

— Bom dia, Mari. — foi uma voz doce, harmoniosa e animada que a tirou de seus devaneios. Assim que olhou na direção da voz, encontrando Alya, sorriu aliviada. — Como se sente?

— Bom dia, Alya. — ela se esforçou para abrir um grande sorriso. — Me sinto bem e o que você está fazendo acordada nessas horas?

— Os dias são maiores quando acordamos as sete da manhã. — a morena piscou um dos olhos para a amiga, fazendo a segunda abrir um leve sorriso. — Na verdade, não tenho nenhum motivo especial, eu só quis fazer isso. É algo bom.

— De fato. — a princesa abriu um sorriso, escondendo o motivo pelo o qual havia acordado cedo para a melhor amiga, que na verdade já deveria saber, mas não iriam falar sobre esse assunto em voz alta em uma área tão perigosa, já que, normalmente, todas as conversas realizadas em escadas acabam se repassando para outras pessoas.

Mais uma vez, como sempre, se dirigiram para a sala de jantar, da qual tinha apenas o rei, a rainha, a duquesa Césaire e os guardas que iriam sair para a missão às oito da manhã. No instante em que entrou na sala, seus olhos procuraram por Adrien, que também encontrou os dela, e a menor abriu um leve sorriso de felicidade ao poder ver os olhos verdes, que tinham um certo brilho.

A menor seguiu para o seu lugar, cumprimentando-os e fez o mesmo com a Duquesa. Se esforçou para tomar café, pois estava sem fome, mas colocou em seu estômago duas torradas, enquanto bebia o líquido escuro que a manteria acordada sem se precisar se esforçar demais para isso. Enquanto comia, encontrou o loiro de olhos verdes a encarando mais uma vez e, quando seus olhos encontraram os dele, ele gesticulou com os lábios, o que Marinette compreendeu com certa dificuldade, a palavra "xadrez".