Com sucesso, ele não pegou no sono em momento algum. Em algum momento, levantou e andou um pouco, tentando se manter acordado e, com isso, acabou tomando três xícaras de café, o que o manteve, definitivamente, acordado.
Às duas da manhã, quando seu braço já estava cansado se ficar esticado para alcançar o da garota, ele aproximou mais a poltrona e voltou a segurar na mão da menor que, por conta do calor da dele, estava quente.
— Você está voltando? — ele perguntou, de repente. — Não aguento mais te esperar. Volte para mim, princesa.
A última frase chegou a ser uma súplica e foi dita com todo o amor e carinho que existia dentro de Adrien. Não soube dizer se foi como resposta, mas sentiu a mão da menor apertar seus dedos, o que o fez dar um leve pulo.
— V-você apertou minha mão! — ele disse, animado, mas a garota não correspondeu. — Ela apertou minha mão! — dessa vez, ele disse em alto tom e uma ouviu passos indo até eles.
— Está tudo bem, Sr.? — uma mulher abriu as cortinas. — O que houve?
— Ela... apertou minha mão! — ele disse, sorrindo.
Então, foi nesse instante que ele notou quão estranho aquilo deveria ser para terceiros. Um guarda estava de mãos dadas com a princesa. Tentou formular algo em sua mente para explicar, mas não havia o que dizer.
Outro lado de sua mente o disse que era normal, até porque eles eram amigos de infância. Havia uma explicação para aquilo do qual não era segredo para ninguém no castelo, mas eles nunca demonstraram um carinho como dar as mãos na frente de outros.
— Ela responde? — a mulher perguntou, ignorando o fato deles estarem com as mãos unidas. —Alteza, aperte a mão de Adrien novamente.
Ela não o fez. Com isso, ele passou a se preocupar, pensando se havia sido fruto de sua imaginação. Aquilo era possível?
— Marinette, vamos. — ele disse para ela, agora em pé ao seu lado.
Como a garota não respondeu, a mulher disse que não sabia o que poderia ter levado à isso, mas acreditava nele. Então, ela trocou o saco de soro da garota e se certificou de tudo antes de ir. Mas, antes que a mulher passasse pela a cortina, ele lhe perguntou às horas e ela lhe respondeu que eram três da manhã.
Naquele momento, Adrien passou a contar para a garota algumas lembranças de infância da qual o fazia extremamente feliz. Mas, ela não voltou a reagir de qualquer forma.
Depois que ele contou a quarta memória, sendo que ele demorava para concluir cada uma, continuou a não ter reação alguma pela parte da menor. Então, levantou-se, determinado a pegar outro café ou algo para comer, murmurou que voltaria logo e soltou a mão da princesa.
A próxima cena pareceu ter sido tirada de um livro de perfeito drama: o loiro estava de costas, prestes a sair por um tempo, mas a mestiça abriu seus olhos lentamente, focando nas costas do maior e forçou-se a tentar dizer algo, enquanto sentia uma leve cócegas no nariz:
— 'drien? — a voz dela soou fraca e falhada, mas o loiro a ouviu e se virou no instante seguinte, se perguntando se havia, realmente, a ouvido dizer algo e a encontrou, com os olhos azuis voltados para ele. — Não vá.
Ele se aproximou dela, em choque e tocou em seu rosto. A garota havia acordado, bem no instante em que ele pensou em pegar algo para beber e ele se sentiu extremamente completo. Era como se tudo estivesse em suas mais perfeitas condições e nada mais importava
Seu olhar focou no loiro antes de tudo. Antes de conseguir abrir os olhos, sentiu o calor da mão dele e ouviu algumas frases desconexas que não fazia sentido algum em seu cérebro. Mas, quando finalmente conseguiu abrir os olhos e visualizou as costas dele, ela se sentiu aliviada e se esforçou para chamá-lo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
destiny | [AU] Adrinette
FanfictionOnde Marinette foi prometida em casamento à um príncipe. ou onde Adrien é guarda-real e seu dever é proteger a princesa. ALTERNATIVE UNIVERSE