Capítulo 50

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Sabina:

Chego em casa depois de deixar as crianças na escola e assim que entro em casa, vejo o Bailey sentado no sofá com os olhos inchados de choro e Joalin tentando acalmá-lo.

-Bailey? Oque aconteceu gente? - deixo minha bolsa em cima de um móvel qualquer e corro para abraçá-lo. Ficamos abraçados por uns cinco minutos e Joalin já tinha ido embora quando paramos.

- Eu não sou o pai de Claire, Saby! - Bailey fala chorando e meu coração acelera ao mesmo tempo em que as lágrimas caem pelo meu rosto.

-Como assim, Bailey? - falo muito confusa e tento limpar suas  lágrimas com minhas  mãos.

-A Natasha disse que falsificou os testes e ela não é minha filha! - Ele fala entre soluços e eu lembro há 3 anos atrás, quando a vi pela primeira vez.

flashback on:

Eu pego a Claire dos braços do Bailey e acho estranho que ela não tem NENHUM traço dele, mas não falei nada!

flashback off.

-Oque me deixa mais aliviado é que agora a Natasha perdeu a guarda dela e ela vai ficar com a avó, que tem mais direito que eu por ser da família dela. Mas eu vou ver com minha advogada algum jeito de conseguir a guarda dela nem que seja apenas nos finais de semana- ele fala decidido e  eu assinto o abraçando forte mais uma vez.

-Você ainda vai na viagem da praia?- pergunto e ele assente.

-Tem algo especial lá que eu não posso faltar nem que o mundo acabe!-ele fala e eu arqueio a sobrancelha. - Nem adianta que eu não vou falar!- ele fala já adivinhando que eu iria insistir e eu bufo.

-Vou trabalhar, fica bem tá?!- Joalin fala passando pela porta da casa e Bailey assente.

-Vem, vou fazer um chocolate quente pra você- falo puxando o mesmo até a cozinha que apenas me deixa guiar

Preparo dois chocolates e nós vamos para o meu quarto (não pensem besteira haahhah) e só ficamos tomando nossos chocolates em silêncio ,não um silêncio ruim e sim confortante , eu estava sentada encostada na cabeceira da cama e o Bailey deitado com a cabeça na minha barriga, um pouco sentado para não derramar o chocolate quente dele.

O celular dele toca e ele dá um pulo da cama para atender como se fosse a ligação mais confidencial do planeta e vai para o corredor atender. Quando vou tentar escutar algo , ele desliga e só consigo ouvir um "ela vai amar", agora só falta o Bailey casar com uma menina naquela praia e eu nem estar sabendo.

-Vai casar é May?- pergunto porque eu sou afrontosa mesmo.

-Vou sim, porque?- ele fala e eu me engasgo com minha saliva mesmo porque o chocolate já tinha acabado há dois mil anos atrás.

-Isso é sério?- pergunto e ele ri, ou melhor, gargalha da minha cara.-Por acaso tenho  cara de palhaça? - pergunto emburrada.

-Relaxa, amor! Tá com ciúmes?- sinto meu coração errar as batidas com oque ele me chamou  e nego com a cabeça a pergunta como se nem ligasse. - É que eu comprei uma coisa pra Sol e acho que ela vai amar, só isso!- ele fala e fico aliviada enquanto assinto com a cabeça.

Ele pula em cima de mim e me abraça forte, quando soltamos percebo que estamos há milímetros de distância e ele me beija calmamente. Paramos depois de um tempo pela bendita falta de ar e ele me dá um selinho avisando que precisa ir trabalhar e eu preciso também então saímos juntos da casa e só nos separamos nos carros.

Inevitável - sabiley. Onde histórias criam vida. Descubra agora