Capitulo 75.

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Sabina:
Acordo e percebo que o Bailey não está na cama, provavelmente já foi trabalhar. Levanto da cama e tomo um susto ao ver tudo ensanguentado no lençol branco da cama de casal.

-Merda!- Falo para mim mesma e pego rapidamente meu celular. Claro que Bailey não atende porque estava no trabalho, então resolvi ligar para minha casa.

-Alô?- A voz de Luna meio sonolenta surge na linha.

-Lu, chama a mamãe por favor!é urgente!- Falo completamente desesperada.

-Só estou eu em casa, eles foram trabalhar!- Ela fala bem mais desperta. -Posso te ajudar?

-Vem pra cá, por favor!- Falo começando a chorar e o sangue continua a descer pelas minhas pernas.

-Ta, to indo!- Ela fala e desliga o telefone. A casa da minha mãe fica a duas ruas daqui, ela não deve demorar.

Tiro o excesso do sangue no banheiro , coloco um absorvente para controlar e troco de roupa. Vou até o quarto das crianças e por sorte elas já tinham ido para a escola.
Ouço a campainha e desço o mais rápido que consigo para atender.

-Oque você tem?- Luna fala assustada assim que abro a porta.

-Muito sangue, tipo muito!- Falo chorando ainda e ela arregalo os olhos.

-Vem, vamos para o hospital!- Luna pega as chaves do carro e me puxa para fora da casa.

-Nao consigo dirigir! -Falo completamente fraca.

-Eu vou dirigir! O papai me ensinou algumas coisas e eu já treinei com o carro no sítio

-Enlouqueceu pirralha? Vou chamar um táxi. -Falo pegando meu celular da bolsa.

-Ele vai demorar, Sabina! - Ela fala, me puxa para o carro e começa a dirigir.

-Sou muito nova pra morrer, Deus! - Falo encostando meu ombro na janela. Por sorte, o hospital é muito perto daqui!

Em uns cinco minutos chegamos e várias enfermeiras chegam em cima de mim para ajudar.

Luna:
Eles levam a Sabina para uma sala de exames e me mandam esperar na recepção. Tento ligar para o Noah e cai direto na caixa postal, o mesmo com meus pais e Sina.

-Bailey?- falo assim que o mesmo atende. Ainda bem que pelo menos alguém nessa família atende o telefone!

-Luna?- Ele fala confuso pela ligação. Acho que essa é a primeira vez que ligo para ele na minha vida!

-Eu to com a Sabina no hospital, ela tá sangrando muito!

-Ela tá perdendo o bebê?-Ele fala desperadamente.

-Não sei! Mas vem logo, não sei oque tá acontecendo e tenho medo de ver tudo sozinha aqui.

-Já tô indo!

Desligo o telefone e sento na recepção, minha única opção é esperá-lo. Coitada da minha irmã, ela não merece passar por tudo isso de novo!

-Luna?- escuto a voz de Bailey e me viro. -Onde ela tá?

-Na sala de exames.- falo e ele assente, logo me abraça.

-A mamãe tá bem?- Percebo a presença de Sol e olho confusa para Bailey.

-Ela tava passando meio mal e a escola ligou para ir buscar. Assim que entrei no carro depois de ir pega-lá você ligou e não tem ninguém em casa porque a única pessoa tá lá dentro então eu trouxe! - Ele fala e eu assinto. Sem dúvidas, trazer Sol não foi uma boa ideia!

-Ela tá bem sim, pequena! Só precisa ver se tá tudo certinho com seu irmãozinho.- Falo e ela assente com a cabeça, sentando-se no meu colo.

-Acompanhantes de Maria Sabina Urrea Hidalgo May? - A enfermeira chega na sala e nós andamos apressados até ela.

Inevitável - sabiley. Onde histórias criam vida. Descubra agora