É de manhã cedo, a cidade está despertando e poucos transeuntes estão na rua, apenas trabalhadores começando a sair de casa. Lily chega por trás do ex-noivo e, sem que ele perceba, coloca a lâmina em sua garganta. "Não diga nada! " Ela sussurra em seu ouvido enquanto o arrasta para um beco deserto. Casey Walsh apenas assente e deixa ser levado. A brutalidade e força da mulher era incomum e ele se assustou.
Quando ela finalmente o soltou, ele engasgou um pouco, mas apesar do susto inicial ele sorriu e falou com desdém.
CASEY: Brona? O que acha que está fazendo? – Ele levantou a mão para revidar a agressão, mas ela segurou seu braço.
LILY: Brona não, Lily. Não sou aquela que você conheceu.
CASEY: Então é assim que te chamam agora? Seu nome de puta? – Ele debocha. Mas ela o empurra contra a parede. Ele bate as costas com força. O baque o faz arfar. Ela aperta a garganta dele com a mão direita, enquanto a esquerda segura a lâmina com força, quase perfurando a pele. O rosto dele fica vermelho, o ar lhe falta, mas a pressão que Lily faz não é o suficiente para sufoca-lo até a morte.
LILY: Nunca mais você encostará um dedo em outra mulher. Nunca mais você abusará de nenhuma mulher. Tudo o que você me fez sofrer, tudo o que você fez sua mulher sofrer. Nunca mais vai acontecer, sabe, Casey? Porque ratos de esgoto como você sempre acabam caindo em uma ratoeira. – Ela para de pressionar o pescoço dele, mas comprime a lâmina com mais força, um pequeno filete de sangue começa a escorrer. Ela cospe em seu rosto. – E a morte em ratoeiras não é suave nem rápida, sabia? Os ratos sufocam e ficam se debatendo até perderem a força e morrerem sem ar. Às vezes pode demorar horas, às vezes a pressão do metal quebra alguns ossos, mas em geral eles sofrem. E é isso que farei com você agora. Te fazer sofrer, agonizar e implorar pela morte.
Ele não diz nada, apenas a olha assustado. Os olhos de Casey Walsh são a definição de pânico.
Lily afasta a lâmina da garganta do homem e com o joelho ela o chuta, atingindo-o no meio das pernas. Ele cai com a dor. Ela chuta o seu estômago e ele se contorce no chão. Ela o chuta de novo e de novo. Nem se o chutasse pelo resto da vida ele pagaria pelo o que fez com ela.
Os chutes fortes fazem Casey tossir sangue e só então ela para.
LILY: Isso não foi nada. Acha que isso é dor? Isso não é nada do que eu passei, não chega nem perto. – Ela se ajoelha perto dele e começa a golpeá-lo com a lâmina, que não é longa o suficiente para atingir os órgãos vitais e o mata-lo instantaneamente. Ela pensou nesse detalhe, queria vê-lo padecer aos poucos em sua frente. Por ela, por Sarah, pela mulher e as crianças que ela viu na janela, por cada vez que ela passou fome, frio e foi violentada ela o atingia com cada vez com mais raiva, as lágrimas brotavam em seus olhos.
Sangue respingava por todo lado, o homem estava caído e fraco, mas ainda consciente, ainda sentindo cada pancada e cada corte em seu corpo. Ele não reagia, não gritava, não chorava. A dor era aguda, mas ele não deixaria transparecer sua amargura. Ela não teria piedade e ele morreria sem fazer o que ela queria: pedir misericórdia.
Lily continua a atingi-lo, ela estava tão cega de ódio que nem percebeu quando ele parou de respirar. Os olhos permaneciam abertos, mas sem vida.
LILY: Seu desgraçado! Maldito! Apodreça no inferno! – Ela disse ao dar os golpes finais. Lily crava a lâmina na virilha do ex-noivo e se levanta, limpando as mãos nas partes do vestido que não estavam sujas de sangue.
Ela o chuta mais uma vez e cospe sobre o corpo inerte. Ao se virar para ir embora ela vê uma barra de ferro. Então ela a pega e dando um golpe final acerta a cabeça do homem. Agora ela podia ir embora.
Quando Vanessa acorda, Mr. Lyle está conversando com Sir Malcolm e Ethan na sala onde fica o grande mapa da África.
Eles só estavam esperando por ela. Vanessa não aguardava a visita de Mr. Lyle, então apenas jogou o robe preto por cima da camisola clara e desceu as escadas. Cabelos soltos e o rosto cansado da última noite. Ela entra na sala e os homens levantam com sua presença.
MR. LYLE: Ms. Ives! Que bom que acordou.
VANESSA: Que bom vê-lo, Mr. Lyle. Não o esperava hoje. – Responde ela com um sorriso surpreso.
MR. LYLE: Eu sei, mas achei que deveria vir o mais rápido que pude.
Ela assente. Sir Malcolm e Ethan aguardam ansiosamente pelas informações do pequeno homem.
VANESSA: E os outros? Cat e o Doutor?
MR. LYLE: Comunicarei a eles o mais breve possível. Terminei minas últimas interpretações noite passada. Ainda preciso chegar a algumas conclusões, mas por enquanto as informações que tenho devem bastar. Achei que você gostaria de ser a primeira a saber, minha querida.
VANESSA: Obrigada. – Ela gentilmente o beija nas mãos e senta-se na poltrona mais próxima.
MR. LYLE: Encontramos a sepultura de Imhotep, como já disse. Imhotep foi um homem mortal que arquitetou as pirâmides. Ele nasceu mortal, mas após sua morte passou a ser considerado um deus. – Ele estava começando a divagar quando se deu conta e voltou ao cerne da discussão. – Bom, na sepultura havia vários hieróglifos. Alguns deles estavam difíceis de interpretar por isso demorei um pouco na minha tarefa. Imhotep era um adorador e seguidor de Amon-Rá. Ele conhecia todos os segredos, pois Amon-Rá confiava nele seus mais profundos sentimentos. A sepultura de Imhotep, quando a encontramos estava intacta, nenhum sinal de violação humana. Os hieróglifos estavam desgastados com o tempo, mas com certeza não foi escrito por seres humanos. Quando encontramos o sarcófago e o abrimos nos surpreendemos ao perceber que ele estava vazio. A múmia que deveria estar lá dentro sumiu.
ETHAN: Não teria a chance da sepultura ser falsa?
MR. LYLE: Foi o que pensamos a princípio, Mr. Chandler, quando não encontramos a múmia, mas por cima dos hieróglifos antigos algumas inscrições pareciam recentes. Isso me confundiu um pouco. Inscrições novas por cima daquelas que estavam lá por séculos.
SIR MALCOLM: Mas o senhor não disse que a sepultura estava intacta, sem contato humano?
MR. LYLE: Exato, Sir Malcolm. Mas isso não quer dizer que outros seres não as tenham feito.
VANESSA: E o que diziam as inscrições.
MR. LYLE: Imhotep resolveu sair, por algum motivo muito forte, ele foi embora e deixou um bilhete de despedida.
VANESSA: E o que dizia?
MR. LYLE: Ele foi atrás de Amon-Rá.
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Após a escuridão abençoada
FanficTalvez houvesse luz após a escuridão abençoada. Talvez o amor ainda pudesse ser vivido. Ethan Chandler apertou o gatilho naquela noite sem fim, mas o alvo não foi Vanessa. Sou fã de Penny Dreadful e fiquei desolada quando a série acabou. Assisti tan...