sagitário (Ely davys) x virgem

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Virgínia:Ely iniciou o estágio de psicologia analista mês passado. ele anda fascinado pelas minhas expressões, as vezes tenho impressão que ele tá tentando entrar na minha mente, tenho  que me acostumar, isso é só o início do estágio. Talvez eu devesse analisar mesmo meus pensamentos. Ando perdendo meus sentidos em segundos, e vem uma onda de melancólia monótona, aquela que paira todos os domingos a noite. Meus sentidos só se concentram quando minha mente está ocupada, tenho impressão que o mundo aqui fora me deixa em coma, meu cérebro pensa devagar. Momentos de Transe...
Um toque. Mãos geladas,E novamente me perco, em coma.
Ely: Virgínia! Acorda, bu. Vem comer uma pizza na última mesa. Pra meu pai não ver que tô te empanturrando de pizza, e de graça.

Virgínia: você é o fofucho mais lindo do mundo. É assim que me conquista Ely davys, pela barriga. Haha.

Minutos antes:
Lá fora Consigo escutar gonna hurry da Dolly Parton em algum smartphone, estico meu pescoço pra tentar acompanhar a melodia da minha infância infalível da melancolia. parece que na minha cabeça meus neurônios estão tendo uma guerra do que dói promeiro, meu corpo inteiro ou a dor agoniante que esquenta minha cabeça. Talvez seja algumas lembranças corroendo minha mente, lembro quando morei com a dinda Helena no fundamental depois que mamãe morreu,ela era platônica pela Dolly. Na época as rádios não paravam de tocar "jolene" e eu desejaria ser linda como ela, mas aquelas crianças ao meu redor pautavam minha cor, Dolly é branca, loira e literalmente rainha dos anos 80, eles me enxergavam como uma preta que jamais seria como a Dolly: fantástica.
Mas dinda de tanto ver meu rosto triste todos os dias, comprou a  peruca da Dolly, só que preta e com cachos. Como eu, não foi a peruca que a  madrinha Helena me deu que me salvou, foi a dinda provar que eu poderia sim, ser como a Dolly: fantástica. E eu sou.

Lembro que ela tinha deixado um bilhete que me fez chorar " Vamos dançar jolene, minha pequena Dolly".
não lembro de certo que sentimento a criança Virgínia sentiu, só que ela não apenas chorou naquele dia, Virgínia dançou. E nada mais importava, porquê a pequena Virgínia dançava sobre passos confusos e risos teatrais de felicidade, e naquele exato momento Virgínia se sentiu totalmente: Dolly Parton.

A Virginiana & O ZodíacoOnde histórias criam vida. Descubra agora