A Virginiana & O Zodíaco

Aquário x Virgem

Maria Sophia, costumo sussurrar no seu ouvido, a chamando de "marry Sophie". Porém, só Vinícius de Morais e Tom Jobim pra decifrar sua beleza,nome e versos indecifráveis entre linhas da sua pele. A aquariana carioca que migrou pra Santa Clarissa, em uma só música está tão explícita...por causa do amor...

Por causa do amor...

A garota de Ipanema tem nome, se é verdade ou mentira...não sei, não sou filósofa nem nada...sou Poeta dos nadas...

mas Sophie tem uma semelhança irreal, a garota de Ipanema...

Se ela soubesse que quando ela passa,

O mundo inteirinho se enche de graça...por causa do amor...

Olha que coisa mais linda...

Mais cheia de graça, é ela a menina

Que vem e o que passa

Com o doce balanço

Caminho do mar...

Moça do corpo dourado

Do sol de Ipanema...

A coisa mais linda que eu já vi passar...

Ah, se ela soubesse que quando ela passa...

O mundo inteirinho se enche de graça...

Por causa do amor....por causa do amor...por causa do amor...

Quarta, 26 de agosto 2023

Santa Clarissa, 02:21 

Era assim meus dias notórios, com a chegada da primavera no final do mês de agosto. Domingos, sem feira. A sexta-feira, o desdém desenfreado por um múltiplo feriado do amanhã. Esperando ansiosamente pelo domingo. E um novo setembro surgindo, primavera. O mês amarelo, isso me lembra de fato o mês das pessoas hipócritas, enchendo o Facebook e Instagram de textos desenfreados pela luta contra o suicídio, hipócrita? Sim, as pessoas passam o ano inteiro julgando a depressão, aí setembro chega, a primavera vem. E novamente acordamos do coma provisório. É tudo tão irraizado por uma esperança que uma hora todo esse caos epidêmico de 2020 acabasse. E tudo voltasse a ser tão azul Marinho quanto o meu patins, o amuleto que presenteará todas as minhas mortes simultâneas. Indo pra lá e pra cá, com seu rodopio único. A bissexualidade, a dupla face entre amar garotas e garotos. Sem confusões nem pautas. O preconceito irraizado desde muitos séculos atrás. E, por acaso; o mundo seria mais leve se tudo isso não fosse tão pesado. Seria mais leve se todo dia fosse primavera. A pauta. O peso de "ser" um alguém, como nós. Nunca foi dúvida, o amor, as amoras e amores das vidas, virá pelo doce olhar que transborda, o percurso feitichista que nos advertem antes do "eu te amo" clama por leveza. Se os dias fossem tão leves, como em 2012 quando o mundo iria acabar, se ele fosse tão leve ao ponto de voltar para meus olhos, exatamente na minha frente como um fantasma gritante, sem dó e com extrema precisão, sim,os olhos de mel,de Ely davys. O filósofo juvenil psicanálista das minhas expressões, passos, sentidos, e mais que isso; o amor com desfechos, como uma série, onde o fim não resultará até mesmo na última temporada. A faísca do depois, resultante a qualquer momento, batendo na porta como lembrente de tal época. A época que amei uma garota, mas por acaso a esqueci e amei um garoto, e por acaso o amor acabou e foi normalizado. E os esqueci. Como garotas héteros, que é tudo tão divino maravilhoso, Está tudo bem em ter 666 crushs diversos e serem vistas como simplesmente a garota, é hétero. Terminaram, fim. Pronto. O ápice disso tudo tão normalizado, porque é normal, de fato. o amor sem pautas. É Gritante a necessidade de uma problematização tão atual, onde submete a bissexualidade o tempo inteiro como "uma luta e meia". A luta começa com um desdém preconceituoso, e pior; quando a sigla transborda o horror daqueles que lhe criticaram, baseado nisso o ataque virá para aquele familiarizado com o que assemelha de certo lado a heterossexualidade, mas não é. E sim, uma pessoa bissexual, o direito de amar garotas ou garotos. Porém o amor não há semelhança. Se encontrar em determinada opção é inacreditável. Mas pautar é a aversão do inacreditável. Está tudo bem em amar garotos,e o amor uma hora acabar e de repente aparecer de certo uma Marry Sophie, que lhe fará transbordar de amor. O amor ...aí ai ai. Por causa do amor... Poxa, Vinícius de morais...